Por um Novo Projeto Político – Diálogo de Montesquieu no encontro do Ágora da Democracia

by Francisco on quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 






“As leis, no seu sentido mais amplo, são relações necessárias que derivam da natureza das coisas.” (Montesquieu, “Espírito das Leis”, p.25)


 




No próximo dia 01 de janeiro de 2011, Dilma Rousseff assume o poder de Presidenta da Republica do Brasil. A soberania popular garantiu-lhe essa vitória. Anuncia-se um novo tempo de um Brasil cada vez forte e soberano. A reforma política será um dos pilhares para se produzir uma nova ordem constitucional, de uma Democracia com mais justiça social.

Nessa linha, a equipe do Recado da Pesquisa promove seu III Encontro no Ágora da Democracia, a ser realizado neste site a partir do dia da posse daquela primeira Mulher Presidenta da Republica do Brasil. Desta vez, no intuito de contribuir com o debate sobre reforma política – e motivar autoridades políticas -, proponho a temática: “Por um novo projeto político – Diálogo de Montesquieu no Ágora da Democracia’. Será uma fonte de inspiração para os representantes do Povo Brasileiro no Congresso Nacional, nos Estados da Federação, nas cidades em todos os recantos de nossa querida Pátria.


RESUMO DA PROPOSTA

Objetiva-se determinar as questões de ética e direito no saber filosófico de Montesquieu interligado com a Ciência Jurídica na História moderna, do século XVIII. Trata-se de buscar a fundamentação jusfilosófica da Ética e dos Direitos Civis, Sociais e Econômicos nas obras clássicas deste enciclopedista francês. Com ele, pensar as leis e os costumes, “como coisas necessárias que derivam da natureza das coisas” e, a partir daí, descobrir a racionalidade da Ética e dos Direitos Humanos.


INTRODUÇÃO

Charles Luis de Secondat, Barão de Montesquieu (1689-1755) é filho de uma época em que se inaugura uma nova forma de pensar e de agir do homem. Foi no Iluminismo do século XVIII, na França. Tempo de modernidade, do pensar livre e incondicional na razão, nessa inteligibilidade inerente à natureza e à própria realidade histórica. De um prodigioso desenvolvimento científico e cultural nascia uma nova postura de mundo, um brotar novo das idéias dos filósofos, da relação do homem com a natureza, entre o homem e o real, do ser natural e do ser histórico, na criação de novos valores morais e éticos, reconhecidos no novo desenho das razões e articulados entre o político e o social; entre a liberdade subjetiva e a sociedade civil; religiosa e outras instituições culturais da história humana.

Ao produzir um saber filosófico baseado no princípio da experiência dos sentidos como algo importante e seguro para se chegar à verdade - como pensar que se caracteriza pelo interrogar metódico da “natureza das coisas” - Montesquieu ocupa uma posição crítica entre o novo e o tradicional. Examinando os estudos teóricos experimentais realizados pelos pensadores clássicos da filosofia política, contemporâneos a Montesquieu, encontra-se a base para sustentar o desenvolvimento dessa pesquisa. Ele supera o jusnaturalismo de um Ugo Grózio (1583-1654), ou o de um Thomas Hobbes (1588-1679) ou aquelas outras fontes de pesquisa realizada por Jonh Locke (1632-1704), de uma Filosofia do Direito no “Tratado Teológico-político”e na “Ética” de Baruch Spinoza (1632-1677).

Montesquieu adota um conceito de “lei científica” (lei-relação) nas Ciências Humanas. Pensa o Direito. Pensa a História. Observa os costumes sociais, a ética e o direito dos regimes de governo do Estado moderno. Cria o modelo das Cartas Constitucionais. Pensa a sociedade como resultado da racionalidade humana no processo histórico.

Com isso pretende-se colocar em discussão os “princípios de ética e direitos civis, sociais e econômicos” na modernidade. A exemplo de outros filósofos do Iluminismo francês, século XVIII, de Denis Diderot, Jean D’Alenbert e Jean Jacques Rousseau, entre outros enciclopedistas, Montesquieu produz um saber filosófico intimamente relacionado com as Ciências Jurídicas na História. Em suas obras primas “Cartas Persas” (1721) e o “Espírito das Leis” (1748), entre outras, Montesquieu pensa a ética e o direito.

A antropologia jusfilosófica de Montesquieu não parte das essências de uma sociedade em geral, mas da realidade das práticas de todas as sociedades concretas da história. Cria um novo método de produzir o saber crítico-filosófico como um momento do saber jurídico, brotados das grandes revoluções científicas daquele tempo moderno. Faz da observação o princípio a partir do qual toda e qualquer ação humana - suas leis, valores, costumes, liberdade, moral, religião, direitos humanos, ética, política - deve ser julgada e compreendida à luz da razão, mesmo quando se defronta com o humanismo social, colocando a religião e moral dentro dos fatos da história, mantê-la à mesma ciência moderna: a lei-relação.


HIPÓTESE DE TRABALHO

Parece que o projeto filosófico de Montesquieu, em sua relação racional com as diversas ciências de seu tempo moderno, elege o homem como objeto de seu pensar. Parece produzir uma antropologia jusfilosófica a partir da observação dos princípios das “leis naturais”, dos PRINCÍPIOS DE ÉTICA E DE DIREITOS CIVIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS. E escreve:

“Coloquei princípios e vi os casos particulares submeterem-se como por si mesmos, as histórias de todas nações serem apenas seqüências e cada lei particular ligada a outra lei, ou depender de outra mais geral (...) Não extraí meus princípios de meus preconceitos mas da natureza das coisas” (Montesquieu, E.L. Prefácio, p. 19).

No Livro Primeiro, cap. II, p. 26 e 27, do “Espírito das Leis”, Montesquieu argumenta que “é preciso considerar o homem antes do estabelecimento das sociedades” para se perceber as “leis da natureza” como princípios da concepção moderna do homem. Das leis naturais, as sociedades concretas construiriam seus valores morais, éticos e direitos humanos. Nessa perspectiva se encontra o núcleo central da hipótese deste projeto integrado de pesquisa..

Segundo Montesquieu, a primeira “lei natural seria a paz”, com a qual os “homens selvagens” na busca do “seu ser antes de procurar sua origem” não destruiriam uma “vida feliz na paz”. A “segunda lei natural seria a que o incitaria a procurar alimentos”, por força mesmo de sua “fraqueza e de suas necessidades”. Os homens e mulheres levados ainda pelo medo ou prazer, atraídos pelo encanto dos sexos da mesma espécie, “e o pedido natural que sempre fazem um ao outro seria uma terceira lei”. No entanto, na mesma dimensão e por sua especificidade, o homem não é apenas um animal; tem a capacidade de “ter conhecimentos”. Pois, segundo Montesquieu, os homens “possuem um segundo liame que os outros animais não têm. Existe, portanto, um novo motivo para se unirem, e o desejo de viver em sociedade constitui a quarta lei natural”.


Da investigação dessas quatro leis naturais se descobre quatro PRINCÍPIOS DE ÉTICA E DIREITOS HUMANOS na crítica de Montesquieu à sociedade do século XVIII. Eis aqui o fio condutor da hipótese desse projeto de pesquisa: a paz entre os homens, a procura de alimentos, o encanto da amizade na prática da sexualidade e o acesso aos bens culturais - direitos de cidadania no “desejo de viver em sociedade” - “leis naturais”, agora, no projeto - pesquisa, pensadas como princípios de ética e direitos civis, sociais e econômicos em Montesquieu, de uma atividade da razão humana que se defronta com a totalidade do ser, do homem, da política, da religião, da história, dos valores morais e éticos, entre outras questões jusfilosóficas da justiça e da lei. Nessa linha, a hipótese da proposta de pesquisa se manifesta de suma importância para a compreensão do mundo de hoje em sua “globalização”: destruição da vida ética, violação dos direitos humanos; violência institucionalizada, crimes ecológicos entre outras problemáticas a seguir justificadas.


JUSTIFICAÇÃO

A razão primeira - e pensa-se a maior - desta proposta de pesquisa, se revela no próprio ponto de partida de Montesquieu: o estabelecimento dos princípios ontológicos fundamentais, das “leis naturais” pensados em confronto com as contradições e limites da modernidade, de um mundo histórico, social, político e de outros processos culturais da experiência humana.

Essa perspectiva incita os pesquisadores dos Departamentos de Filosofia, de Ciências Jurídicas e de História a discutirem as obras de Montesquieu em suas questões vitais: princípios morais e éticos dos regimes políticos, do humanismo cristão, do conceito de lei, etc..

A pesquisa integrada interessa, nesses termos, às Universidades – de modo especial nos Departamento de Filosofia que em seu projeto pedagógico, escolhe “eixos temáticos”, da Ética e da Antropologia como diretrizes do ensino, pesquisa e extensão, não tanto como produto do saber sem alma, sem “espírito”, mas como processo de aquisição constante da formação ética e antropológica do corpo docente e discente do Curso em questão. A partir dessa “filosofia prática”, do estudo e da pesquisa do pensamento montesquieuniano, que problemática se pode elaborar com relação à formação direcionada para habilidades profissionais, de valores humanos, religiosos a serviço do bem comum? Que discussão se pode fazer para se observar e refletir os problemas políticos e econômicos em meio à corrupção generalizada do Poder Público do país?

Neste mesmo sentido, numa coerência prática nos seu projeto pedagógicos, trabalho norteado pelas Universidades brasileiras, para contribuirem “na formação de pesquisadores no âmbito acadêmico, como na construção de uma cidadania, consciente de seus valores éticos de direitos humanos”.

O objeto do jurídico é interdisciplinar por ser alvo de estudo concomitante de todas essas ciências. Ao explicar que forma e conteúdo jurídicos são no mundo fático indissociáveis, as atitudes arraigadas e de auto-suficiência, sejam de formalismo, sociologismo, ou filosofismo é que, na verdade são fictícias, pois no mundo jurídico real forma e conteúdo não se separam. Observe-se que se é possível dizer, como o faz Souto, que as ciências jurídicas básicas não se opõem e não possuem fronteiras rígidas e ainda, se tais saberes em seu conjunto constituem uma unidade científica fundamentalmente harmônica colimando no vicejar da verdadeira teoria jurídica, é lícito dizer que este insigne professor propôs, ainda que de maneira implícita, uma teoria jus-tecnológica, ou seja, uma teoria do controle e análise do homem, de seu comportamento em seu convívio social, de suas reações aos preceitos normativos estatais formais e não formais. Isso nos parece ficar mais claro ainda quando trazemos à memória o seu ensinamento pugnando que, em época caracterizada pelo avanço da ciência e da tecnologia, não se poderia nominar de direito um fenômeno social com a prescindência de dados e mecanismos ofertados pela tecnologia.

A modernidade como entendemos hoje se constitui a partir dos fins do século XVII inteiramente associada ao conceito cristão de história, se seguirmos essa trilha perceberemos uma profunda preocupação dos pensadores dos séculos XVII e XVIII em estabelecer critérios claros em suas obras a respeito do que seria um Estado Cristão. Para eles era necessário associar os ventos de mudanças, que sopravam da Europa, à moral, valores e concepções cristãs construídas atentamente durante séculos. No que se refere a pensadores como Thomas Hobbes, Jean Jacques Rousseau sentimos como que deslocado do contexto central de suas obras a definição acerca do que deveria ser chamado de Estado Cristão; é quase uma satisfação que se dá a sociedade, é um passado tremendamente incômodo que se deseja readequar.

Quando tomamos as obras de Montesquieu percebemos que não é necessário construir artifícios, ele é capaz de redimensionar a questão religiosa; percebemos que a questão da moral, ética e direitos humanos e até, porque não dizer o sentimento religioso, se redefiniu perfeitamente à ordem da modernidade. É a idéia de lei-relação, é racional, é produto do homem em ação de sua práxis. Não o homem selvagem, mas aquele que percebe a dimensão do bem comum e que deseja construir um Estado onde deve estar associado o desejo do progresso material, porém respeitando os valores mais caros a civilização cristã.


Seus princípios éticos e morais construíram-se numa relação interna entre o geral e o particular. Percebe de forma incisiva a importância do particular, a história dos povos suas especificidades e pede em cada linha do “Espírito das Leis” respeito por essas características ou o caráter individualizado das civilizações sem, no entanto, abandonar uma concepção geral que poderia ser definida como princípios inerentes a todos os povos que seriam norteadores para buscar uma compreensão dos direitos humanos e da justiça social.

Montesquieu desenvolve um método para produzir um saber crítico sobre a história e a sociedade. Se seguirmos a trilha deixada pelo “Espírito das Leis” é possível inferir que Montesquieu antes de Karl Marx e Augusto Comte defende um status de ciência para a História e a Sociologia.


Estudar a inserção do pensamento de Montesquieu no universo das ciências humanas, de forma geral não poderia deixar de ser mais oportuno, pois percebe-se que foi na simetria do solitário pensador francês do século XVIII que colheram os pensadores responsáveis pelas grandes teorias do século seguinte, que mudaram a face da humanidade.

A realidade do tempo de Montesquieu aponta para profundas mudanças no que diz respeito à economia, estudo da sociedade, valores, etc.. Ele, com bastante lucidez, consegue perceber a necessidade da moderação para que não se percam as conquistas do passado e ao mesmo tempo se possa celebrar a modernidade ampliando os horizontes no que diz respeito a conquista da cidadania e dos direitos humanos. É justamente dentro da relação íntima entre a História, a Filosofia e o Direito que poderemos compreender os fundamentos que são os norteadores do novo Estado que emerge com a burguesia, e como são articulados na obra de Montesquieu os anseios que já no seu tempo são tão caros aos desprivilegiados da paz, da vida com qualidade, numa convivência social que seja permeada pela justiça.

Na verdade, a filosofia de Montesquieu é produzida na História, tecida com os traços culturais do tempo moderno. Sua tarefa não se restringiu apenas em observar “fatos” históricos, mas com eles pensar o século XVIII, refletir as sociedades concretas desta época. Na interpretação de Louis Althusser:

“Tal é a descoberta de Montesquieu: não consiste em habilidades e pormenores, mas no estabelecimento de princípios universais que permitem a inteligência de toda história humana e de todos os pormenores desta” (Louis Althusser “Montesquieu”: A Política e a História, p. 57, grifou-se).

Assim, num mesmo procedimento metodológico de Montesquieu, de observar a realidade histórica, a “Dialética da História”, como processo dinâmico da “lei-relação”, os pesquisadores do Departamento de História investigarão as variações dos “fatos” do século XVIII conectadas com o cultivar jusfilosófico de Montesquieu e refletido de modo integrado com os pesquisadores dos outros dois departamentos (Filosofia e Ciências Jurídicas), da Universidade Católica de Pernambuco.

A disciplina, Filosofia do Direito, do Departamento de Ciências Jurídicas, contém um programa que leva a um estudo ontológico do Direito, a pesquisa de seus elementos universais e necessários, da pesquisa axiológica, norteada por princípios éticos e de direitos humanos. Pensa-se ser esta uma tarefa retroalimentadora para a referida disciplina, e enriquecedora da produção do saber jurídico moderno.


OBJETIVOS

Pretende-se ainda atingir os seguintes objetivos específicos:

a) pôr em prática os objetivos dos cursos envolvidos, estimulando os alunos no domínio da leitura, análise e compreensão das obras filosóficas, jurídicas e de história, de formação científica, ética e humanista;

b) estender os resultados da pesquisa a serviço da sociedade civil e suas organizações institucionais na defesa da ética e dos direitos humanos;


METODOLOGIA

O projeto terá por base a análise interpretativa (hermenêutica) exegética dos textos principais, próprios de Montesquieu, e de outras fontes de apoio na compreensão de seus postulados, numa perspectiva dedutiva daqueles PRINCÍPIOS DE ÉTICA E DIREITOS HUMANOS, imanentes àquelas obras citadas. Essa postura vai permitir se ver o social, o político e as leis como um pensar humano em suas existências concretas na história, inclusive descobrir os valores das “leis religiosas” constituintes de seu humanismo ético cristão. Isso implica dizer que o procedimento metodológico desta pesquisa se constituirá o todo - as relações entre os costumes (Cartas Persas), as leis políticas, civis e religiosas, isto é, as particularidades (lei relação) com a universalidade do ser humano.

Para festejar o nascimento de Jesus em 2010 [Recados de Meditação]

by Francisco on domingo, 19 de dezembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Celebrar o aniversário de Jesus é descobrir o tesouro de uma espiritualidade sem religiões organizadas que nos engaiolam em prisões infernais de segurança máxima.

É Natal de 2010. Aniversário do Deus Menino. O Recado da Pesquisa lembra “Jesus nascido em Belém da Judéia” (Mateus, 2, 1), filho de “Maria e de seu esposo José” (Mateus, 18, 19). Neste instante, sigo a postura não mais de “uns magos do Oriente”, mas de “outros líderes do Ocidente”, que anunciam Deus sem religião. É possível? Olho para os céus e vejo novas estrelas que brilham com mensagens de espiritualidades de Frank Dick, Brian Tracy, Aloizio Gomes Barbosa, Alberto Caieiro, Ecléa Bosi, Gasparetto e Bob Proctor. Eles oferecem dicas de meditação para celebrarmos a boa nova de um broto divino, cidadão daquela cidade do Oriente. O Menino Deus nos liberta das cadeias eclesiásticas construídas nos mercados religiosos. Recomendo escolher um dia para olhar bem cada estrela que brilhar durante as os dias natalinos (Francisco Antônio de Andrade Filho).

Você é sua própria benignidade, confiança, respeito e alegria de viver. Descubra o poder de sentir-se bem com suas conquistas.



Ninguém neste mundo é melhor sendo você do que você mesmo. Não tente ser outra pessoa; tente apenas ser uma versão melhor de si mesmo. Este é o segredo de todo campeão (Frank Dick).




Pratique a lei da integridade



Você alcança a felicidade e o alto desempenho quando decide viver de maneira coerente com seus valores mais elevados e suas convicções mais profundas. Viva sempre de acordo com o que há de melhor em você (Brian Tracy)




Deus Menino é a expressão da arte de viver como criança igual a todas as outras



No céu era tudo falso, tudo em desacordo. No céu tinha que estar sempre sério. [...] A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar a para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente tem na mão. E olha devagar para elas (Alberto Caeiro).



O olhar de uma criança que brinca fora da jaula do estereótipo



A criança sofre, o adolescente sofre. De onde nos vêm, então, a saudade e a ternura pelos anos juvenis? Talvez, porque nossa fraqueza fosse uma força latente e em nós houvesse o germe de uma plenitude a se realizar. Não havia ainda o constrangimento dos limites, nosso diálogo com os seres em aberto, infinito. A percepção era uma aventura; como um animal descuidado, brincávamos fora da jaula do estereótipo (Cléa Bosi).



O que é a vida para você? Descubra seu segredo. Relaxe e medite nisso.



Esta é a sua vida, e está esperando que você a descubra! Até agora você talvez tenha pensado que a vida é dura, uma luta, e, portanto, pela lei da atração, deve ter sentido a vida como dura e uma luta. Comece imediatamente a gritar para o Universo: “A vida é tão fácil! A vida é tão boa! Todas as coisas boas vêm até mim!” (Bob Proctor).



Natal é paz interior, revelação da própria vida.



Ter a paz é sentir a expressão da própria vida, que é tão valiosa. Vibre mais uma vez nessa paz e irradie esse prazer para tudo. A paz é a luz que invade a escuridão e anula as ilusões. A paz cria a verdadeira realização. Sempre vou repetir a palavra paz dentro de mim e ela vai me levar a esse estado único de prazer. Quero me manter assim até conquistar todos os meus objetivos nesta vida (Gasparetto).



O aniversário de Jesus é um convite para se celebrar a boa nova do amor na alegria, na justiça, durante toda sua vida.



Nossa grandeza ou nossa mesquinhez se encontram - como semente ou flor - em nosso coração. E só há uma ordem; só pode haver uma ordem: render-se à doçura e à justiça do Amor.

O Amor é terrível contra os tiranos; é uma espada de luz contra os bajuladores; é a sarça que arde contra os corrompidos.

O Amor cega os que oprimem; abençoa a ternura dos amantes e lhes imprime alegria; incomoda os que atraiçoam; transtorna os que enganam a si mesmos e que, por isto, enganam os outros.

O Amor estende-se na relva e colhe a prata das chuvas; recolhe em seu seio os que foram humilhados, os que foram objeto de ironia e rejeição e os que enlouqueceram pelo desamor de tantos.

O Amor fecunda as flores e perfuma o mundo; estanca o sangue dos justos. Numa mão traz a cura, na outra, a justiça. Faz renascer a alma envelhecida, apaga os dissabores e as ilusões da mente.

O Amor ilumina a algazarra das crianças; o Amor nos despe de nossa arrogância; não nos julga pela nossa aparência, mas nos conhece pela nossa essência.

Quando nos sentimos mutilados, o Amor nos cobre com seu manto; é como um menino, descalço, descobrindo novas trilhas na escuridão do mundo.

O Amor não censura. O Amor não se omite. O Amor respeita as diferenças, mas denuncia as injustiças.

O Amor não é complacente com os que trazem na boca o beijo e, na mão, o punhal.Assim, em seu caminho de Luz e Silêncio, de Som e Magia, o Amor cumpre o seu destino (Aloízio Gomes Barbosa).

Recados de Política e Cidadania

by Francisco on sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 




Primeiro Recado: Por um novo paradigma de Comunicação no Brasil (Lula)



O novo Ministério está diante de um novo paradigma de comunicação. Quero alertar vocês porque esse debate vai ser envolvente, tem muita gente contra e muita gente a favor. Certamente, o governo não vai ganhar 100% e quem é contra não vai ganhar 100%. Eu peço que vocês se preparem para esse debate. Se a gente fizer um bom debate conseguiremos encontrar um caminho do meio. Esse será o papel do novo Ministério de Comunicações [...] O que eu vi nessa campanha me assustou. Eu sempre fui vítima de preconceito, carreguei a vida inteira, e o preconceito deixa marcas profundas, quase que incuráveis. Eu não tinha noção de que eles seriam capazes de fazer uma campanha tão preconceituosa quanto fizeram com a Dilma… apenas porque era uma mulher candidata. Mas podem ficar certos de que a Dilma não veio de onde eu vim, mas ela vai para onde eu fui.




Segundo Recado: Duas citações do pronunciamento da Dilma Eleita 31 de outubro 2010, Presidenta da República do Brasil.



I - Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro, portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.

II - Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país: Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social (Dilma Rousseff).





Diálogo de Platão (428-347 a.C.) com seu discípulo Glauco sobre democracia nestes termos:




– A que bem te referes?

– À liberdade – repliquei. – Pois, numa cidade democrática ouvirás dizer que este é o mais belo de todos os bens; daí por que um homem; daí por que um homem nascido livre não poderia habitar alhures exceto nesta cidade.

– Sim, é uma linguagem que se ouve amiúde.






Terceira mensagem: comentário de política e cidadania sobre ética e justiça em Aristóteles

I - Segundo Aristóteles (383-322 a.C.), a sociedade político-democrática pode nos fornecer elementos para realizar as nossas competências, habilidades e desejos. Esse filósofo grego analisa uma virtude que é única e exclusiva da sociedade: a virtude da JUSTIÇA, isto é, a virtude da cidadania, de um bem para todos. Toda cidadania está ligada a um conceito de justiça. Então, não adianta que eu reivindique ao Estado direitos, se eu não convivo numa comunidade onde todos não se tratam com justiça. Dessa forma, nunca haverá tribunais suficientes para resolver nossas causas, porque cada um de nós trapaceia o outro assim que puder. Isso não é uma convivência justa.

II - A comunidade política é regida por uma única virtude, que é a da justiça. Reguladora das relações entre os cidadãos livres e iguais, que se respeitam a partir do conceito de justiça. Para Aristóteles, cidadão justo é aquele que cumpre a lei e respeita a igualdade entre os outros. A justiça é a virtude da cidadania, na qual, cada um, por sua própria formação trata todos igualmente. Se praticássemos essa virtude os tribunais teriam muito pouco a fazer. Se eles existem e são tão solicitados, é porque nós não estamos praticando a virtude da justiça, da cidadania (Francisco Antônio de Andrade Filho)

Convites de Jó, Rubem Alves, Dalai-Lama, Pierre Lévy e Santo Agostinho [Recados de Meditação]

by Francisco on quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dicas selecionadas por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Neste poema, Jó revela pureza de visão e de saber ouvir. Ele se valoriza primeiro, para respeitar o outro. Medite com ele e com você mesmo:



Eis o que vi com meus olhos, o que escutei com meus ouvidos e bem entendi. O que sabeis, eu sei também, em nada vos sou inferior (Jó, 13, 1-2).

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Questões Humanas na Escrita de Filósofos [Ágora da Democracia]

by Francisco on sexta-feira, 19 de novembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Neste segundo artigo do “Ágora da Democracia”, selecionei pensamentos de dois filósofos que se encontram para o debate em questões humanas. Cada um deles apresenta um toque especial, registrado aqui em nosso site, símbolo da democracia na internet. Faça seus comentários. Que discussões políticas e de cidadania brotariam nos comentários dos visitantes/internautas? Bem-Vindos à escrita destes pensadores:

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Conversas com Pedro Luiz - você é pedra preciosa a luzir

by Francisco on sábado, 13 de novembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Ao entardecer do dia 13 de setembro de 2010, no Hospital Santa Casa de Misericórdia/Maceió/AL, nasceu um reluzente menino. A médica obstetra, Cláudia Montenegro e outros profissionais de saúde - ao lado dos genitores, Tiago Gomes de Andrade e Luciana Sarmento Moreira -, cuidavam da vinda de uma criança. Parentes e amigos, entusiasmados com esta hora de magnanimidade, aguardavam, felizes, a presença de um novo broto da Natureza. Viam-se no semblante de seus pais, sinais de alegria. E num instante de luz e beleza, anunciaram: “Ele se chama Pedro Luiz”. E no Cartório está registrado: “Pedro Luiz Sarmento de Andrade”.

Pedro Luiz, você é pedra a luzir. Qual Sacrário, você é um cofre cintilante, dentro do qual se encontram pedras valiosas e outros objetos luzentes. Você, por si mesmo, é essa rocha, com sua luz interior própria – Sacrário divino -, a revelar artisticamente a beleza contida no abrigo de sua vida. A Natureza é sábia nesta criação. É invenção divina. Com ela, você descobrirá diamantes e outras pérolas guardadas lá dentro, no íntimo de seu coração. Elas refletem luz em seu corpo. Revela alma limpa. Indicam o resplandecer de sua vida material e espiritual. Consciente, você sentirá rocha viva a luzir o universo.

Livres, aproximamo-nos de você, Pedro Luiz. É um prazer conversarmos com você. Foi no mesmo dia do anúncio de seu nascimento. A boa nova foi divulgada rapidamente. Todos os seus sentimo-nos bem com sua vinda. Alegres, cantamos hinos de louvores. Escrevemos bilhetes e meditações com letras de ouro puro. Meditações de paz, benignidade e amor. Quais jóias de ouro puro, francas e verdadeiras, mensagens escritas e faladas foram ditas. Todos percebemos que você, Pedro Luiz, não é rígido como uma pedra morta. Suave como um botão a desabrochar nos jardins floridos, você abre a porta da casa, sua vida. E constatamos que não é um espaço vazio. É luz, beleza de se habitar. Sentimo-nos bem em casa.

Com esse olhar, afirmamos que é estimulante e agradável descobrir as pérolas de seu coração. Luciana, sua mãe, não deixava de olhar para você. Todo corpo e espírito materno no abraço da felicidade. E a bailarina dançava a música do amor com seu filho. Isso é tudo, dispensa fala. Enquanto isso, Tiago, seu pai, silenciosamente na sala do parto e nos corredores do Hospital, fotografava o tempo todo. As luzes de sua máquina não conseguiam ofuscar a pedra preciosa a luzir. Você é mais forte. É dotado de luz própria. Hábil, seu pai produziu retratos de pedras preciosas e as guardou naquele Álbum Divino – corpo e alma, coração íntegro de seu filho. Sacrário de ouro à vista. Com certeza, esses retratos revelam o olhar atento e cheio de amor que ele tem por você, Pedro Luiz.

À semelhança do ânimo de seus genitores, desejamos, também, tocar nessa rocha atraente para ver as pérolas cuidadosamente colocadas no seu interior. Nela, encontramos vários recados que luziam as palavras derramadas por seus amigos e parentes.

Foi assim que sua avó, Tânia Maria Gomes de Andrade, escreve: “Se ligue. Você é sua própria fortaleza, rocha de vida”. E mais, Tânia, rica de sentimentos verdadeiros e sempre observadora, lembra que, entre tantos outros elogios, “a Valderez só falava que Pedro Luiz é coisa mais linda do mundo; que ama demais esse neto e que Deus ouviu seu pedido de ser avó.” Além disso, com espírito de humor alegre, a Vó-Tânia confirma ainda que “a Valderez é uma uma avó toda revestida de virtudes! Basta observar os cuidados dela em não desgrudar os olhos de Pedro”. E assim, foi.

Por telefone, Lucas Gomes de Andrade, seu tio, fala.com seus pais. Diz que “se sente feliz com a vinda do sobrinho Pedro Luiz”. E Mateus, outro tio, percebe o brilho da rocha, ao dizer: “nas fotos, o Pedro parece tranquilo e centrado. Dá impressão que está só relaxando ou meditando. Lembrou até aqueles bonecos de bebês que fazem. Mas que bochechas rosadas hein”?

Outros parentes e amigos descobriram pedras preciosas nesta criança recém nascida. Seu tio-avô, Sérgio Gomes expressa: “Fiquei sabendo através da Didi, da sua alegria pelo nascimento do novo neto. Parabéns para todos vocês, principalmente para o Tiago e a esposa. Muita saúde para o bebê”. Didi, sua tia-avó, escreve: “Parabéns pela chegada do Pedro Luiz! Que Deus o abençoe com muita saúde e alegria para toda família. Felicidades e abraços para todos”. Da tia-avó, Irene: “É lindo, mesmo ! Bebezinho mais fofo esse !!! Deus o proteja sempre ! Também tem a quem puxar”!

Eugênia Cintra, ao ver uma foto, fica contente e envia uma mensagem: “Tânia, minha amiga, Pedro é grande. Que gracinha. Parabéns aos pais. Diga a eles que também tenho um filho Pedro. Que Jesus abençoe a todos vocês”.

Nessa trilha, seu avô paterno encontrou, dentro de seu Sacrário, alguns lindos diamantes com letras tremeluzindo e mostrando suas múltiplas cores. Pérolas maravilhosas a cintilarem no seu interior.

Relembrando Moisés na antiga escrita (Números, 20: 3 – 5), Este seu avô, Francisco Antônio de Andrade Filho, com o cajado filosófico na mão, toca na pedra a luzir. De repente, generosa, ela se abre e jorra diamantes. É você, Pedro Luiz; Vejo lá dentro, mais pérolas, entre outras, as letras “O Sol e a Terra são fontes de vida”. Eu as leio com atenção e reverência. Sua mensagem, Pedro Luiz, despertou em mim um forte desejo de descobrir o segredo das fontes da vida. Consciente, percebo que posso viver feliz aqui, integrado e confortado com nossa Mãe-Terra, mesmo ferida pelos seus inimigos. E perguntei a você, Pedro Luiz: como construir uma sociedade bem ordenada e justa, garantindo o equilíbrio entre natureza e produtos técnicos & científicos na atual “aldeia global”?

Meditando com você, amável neto, sinto o sol com sua luz a nos oferecer uma energia nova capaz de renovar desde a menor célula até nosso corpo inteiro. Ele ilumina nossa vida emanada de Deus. Verdade, vovô, “O sol é obra da Natureza. Faz o homem feliz e bom. É vida. E Deus é vida”.

Pedro Luiz, eu desejo olhar para outra pedra-viva, guardada aí no Sacrário de sua vida. Posso? Em torno deste diamante, bem antes de você ser gerado, já ficou postada a mensagem espiritual de Dalai-Lama. Posso ler e escutar, vovô, este recado do líder espiritual? Está escrito e gravado no meu coração: “A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas”.

Querido neto, de novo eu volto o meu olhar para esta terceira pedra preciosa, a garantir sucesso em sua vida. Depois, por favor, você me conta como descobriu O SEGREDO de Ronda Byrne. Tenho interesse de entendê-lo. De antemão – curioso isto -, sinto agora raios de luzes ondulando em direção ao meu Cérebro. Capto o forte significado deste Segredo:

”Todos nós lidamos com um poder infinito e nos guiamos exatamente pelas mesmas leis. As leis naturais do Universo são tão precisas, que não há dificuldade em construir espaçonaves. Podemos enviar pessoas à Lua, marcando a hora do pouso com a precisão de frações de segundo. Tudo o que entra em sua vida é você quem atrai, por meio de imagens que mantém em sua mente. É o que você está pensando. Você atrai para si, o que estiver se passando em sua mente [...] O Segredo é a lei da atração!”

Desta vez, vovô, desejo mostrar-lhe duas jóias, entre tantas outras da minha vida. Olhe para esta aqui: “Carta aos Formandos de Biologia 2010”. Autoria de meu pai, Tiago Gomes de Andrade. Fiquei maravilhado diante desta escrita com letras de ouro puro. Escolhi um parágrafo para agora. Pai escreve: “Biodiversidade pode ser definida como a variedade de organismos vivos e a complexidade de interações que se estabelecem entre eles. Considera-se ainda conjunto, ou coletividade (quantidade e categorias) dos seres vivos existentes no planeta. É a diversidade genética de indivíduos e populações que interagem em uma cadeia histórica de eventos e inter-relações ecológicas”.

A segunda jóia preciosa, vô, é da minha prima e sua neta, Sofia Brito de Andrade. Guardei na pasta de meu coração. Está aqui: “Sofia – Você é a sabedoria divina”. Leia comigo, vô, os destaques seguintes:

E Sofia, iluminada, integrada e vivida na sabedoria divina, abre o livro Transparências da Eternidade, de Rubem Alves. E medita: “Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com olhos de criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar [...]

E, contente, resolvi conversar com você, Sofia. Quero registrar nesta página os sentimentos de amor, confiança, benignidade, lealdade e compaixão. Espero não aprisioná-la em gaiolas de palavras. Você é você. Livre para voar como pássaros nas verdes florestas de seu mundo e de sua vida [...].

Assim, Sofia, você é a sabedoria divina. Beleza inefável e pura naquele seu olhar inocente, atento e risonho frente às portas da casa. Quando se diverte com seus brinquedos e se relaciona com os seus, você é sábia sem palavras. Simplesmente, você é vida na alegria de seus lábios. Expressão da menina do “reino dos céus” (Mt. 19.13), no movimento de seu corpo e de sua alma. E Deus é vida, paz das crianças. [...]

Sofia continua com a palavra: sinto na pele que “água é vida”. A Natureza sopra ar para meus pulmões, oxigena meu cérebro, massageia minha coluna e navega por todo meu corpo-mente. Inspiro e expiro. E o sopro divino, diurnamente, entra e sai do meu corpo É a sabedoria divina do oxigênio na Terra. Do Respirar. Viver”.

Pronto, Pedro Luiz. Confesso que eu me senti tão bem, conversar com meu neto. Agradeço-lhe a descoberta da pedra preciosa a luzir no universo. É você. Cuide-se. Aquele abraço.

Obrigado, vô.

Diálogo com Leonardo Boff [Ágora da Democracia]

by Francisco on quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Comentado por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



O Recado da Pesquisa abre uma nova pasta, cognominada “Ágora da Democracia”. Em Atenas, Grécia Antiga, os cidadãos se reuniam no Fórum público, onde se realizavam seus negócios e outras atividades. Inspirado nesta cultura grega, eu vi no meu site algo semelhante: é espaço virtual, celeiro cibernético, símbolo da democracia na internet. Aqui, a liberdade de expressão será fortalecida nas discussões políticas e de cidadania.

Para exercer este novo espaço - “Ágora da Democracia”-, escolhi Leonardo Boff. Desejo dialogar com ele, estimular os leitores com destaques especiais sobre a mesma crítica. Com as manchetes em negrito e em itálico, questiono o que ele afirma em seu excelente artigo “A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma”, in: Agência Carta Maior

A liberdade de expressão vivida pelo escritor é massacrada pelos poderes sacros da Igreja Católica e do poder político na Ditadura Militar. Autoridades podres e hipócritas, das religiões organizadas e dos golpes aos regimes constitucionais no Brasil?



Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.





Abuso da liberdade de imprensa contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff seria baixaria do PIG? Quem está censurando o direito de se comunicar?



Esta história de vida me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.


A vez e a voz de Jean-Jacques Rousseau que, numa nova leitura nos dias de hoje, provoca Leonardo Boff: “Na política, como na moral, é um grande mal não se fazer de algum modo o bem e todo cidadão inútil pode ser considerado pernicioso (...) Os antigos políticos falavam constantemente de costumes e virtudes, os nossos só falam de comércio, de dinheiro e de poder (...) Avaliam os homens como gado. Segundo eles, um homem só vale para o Estado pelo seu consumo”



Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.




Montesquieux contribui também com esse diálogo sobre a liberdade política: “A liberdade política num cidadão, é esta tranqüilidade de espírito que provém da opinião que cada um possui de segurança ; e, para que se tenha esta liberdade cumpre que o governo seja de tal modo, que um cidadão não possa temer outro cidadão [...] A liberdade é um bem tão apreciado que cada qual quer ser dono até da alheia”.




Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.




Platão dá seu recado sobre democracia em diálogo com Glauco
“– A que bem te referes?
– À liberdade – repliquei. – Pois, numa cidade democrática ouvirás
dizer que este é o mais belo de todos os bens; daí por que um homem
nascido livre não poderia habitar alhures exceto nesta cidade”





Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.




E Aristóteles diz que ética é justiça na cidade. “[...] a cidade feliz é a melhor e a mais próspera, mas é impossível ser próspero sem agir bem, e nem os homens nem as cidades agem bem sem qualidades morais e bom senso; então a coragem, a justiça e o bom senso presentes numa cidade têm o mesmo efeito e forma daquelas qualidades morais cuja posse confere a cada homem os títulos de justo, sensato e sábio”.


Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.



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Leia mais: Agência Carta Maior

Viver é uma Grande Benção [Recados de Meditação]

by Francisco on sexta-feira, 5 de novembro de 2010

por Luiz Antonio Gasparetto



 





“Trago hoje uma técnica de defesa contra possíveis influências energéticas. Pratique-a todas as noites ou quando surgirem situações difíceis. Vamos lá? Feche os olhos e imagine que o astral é algo escuro que fica logo atrás e acima de você. Vamos mandar tudo o que é do astral para o astral. Você pode até perguntar: “Mas, Gasparetto, não sei o que é astral!”. Não importa: o seu corpo sabe e vai mandar embora só o que tem que sair. Se você propuser isso, ele vai fazê-lo.

Imagine, agora, a energia que vem debaixo da terra, passando pelo seu corpo e sendo jogada para esse escuro. Para que esse caminho da energia seja realizado rapidamente, use a respiração: inspire profundamente e expire rapidamente. Dá até uns arrepios…

Concentrada, diga: “sai de mim. Quero que saia tudo isso de mim. Não interessa o quê. Eu quero que saia”. Fale com raiva. A energia da raiva é energia de domínio. Estamos chamando nossa força para limpar nosso campo energético. Trata-se de uma força poderosa, pois é severa. O corpo inteiro ouve e faz o que você manda.

Continue a mentalizar: “sai, sai, sai’. Observe como seu corpo vai tendo sensações. Às vezes, a gente chega até a tremer. Se você sente que, em determinado local, a dor aumenta, é porque tem alguém grudado ali. Encosto mesmo! “Esse corpo é meu e pronto”. Aos poucos você sente que vai acalmando, até experimentar uma descontração, um relaxamento.

Vamos agora fazer uma captação positiva. Leve as mãos ao alto e puxe o prana. Agora suas mãos são antenas parabólicas que estão voltadas para o universo infinito. E diga: “Quero me abrir para esse infinito. Me vejo no meio dos astros, das estrelas, um lugar superluminoso”.

Mentalize, porque o corpo vai para onde a mente sintoniza. Um lugar lindo, cheio de paz. Traga as mãos para o peito e sinta que você é da paz. Pense que você é forte e boa, mas não boba. Que aprende a dizer não, que se responsabiliza por si mesma.

Abençoe-se! Que parta de você mesma um carinho, um elogio, um gesto de amor. Olhe para si como se olhasse para o próprio filho. Abençoe-se por todas as vitórias e pelos fracassos também, porque eles foram grandes tentativas. É abençoando-nos que somos abençoados. E essa benção é profunda”.




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Medite mais: coluna Gasparetto e Você

A Arte de Escutar [Recados de Meditação]

by Francisco on domingo, 31 de outubro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 





“Sabendo ouvir sua mente você se voltará para a fé e para a devoção. Você poderá cultivar a alegria em seu íntimo e conseguirá manter o equilíbrio de sua mente.

...

É através da arte de escutar que seu espírito enche de fé e devoção e que você se torna capaz de cultivar a alegria interior e o equilíbrio da mente. A arte de escutar permite alcançar sabedoria, superando toda ignorância. Então, é vantajoso dedicar-se a ela, mesmo que isto lhe custe vida.

A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas.

...

Olhe para a pessoa que lhe causa aborrecimento e tire proveito da oportunidade para controlar a própria ira e desenvolver a compaixão. Entretanto, se o aborrecimento for muito grande ou se você achar a pessoa tão desagradável que seja impossível agüentá-la, talvez seja melhor sair correndo”.




Escute mais: Dalai-Lama. Palavras de Sabedoria. Rio de Janeiro: Sextante, 2001, p.60; 61; 74

Descubra o Segredo com Rhonda Byrne [Recados de Meditação]

by Francisco on segunda-feira, 25 de outubro de 2010

trecho selecionado por Francisco Antônio de Andrade Filho



 






“O que é o Segredo?

Você provavelmente está se perguntando: ‘O que é O Segredo’? Eu vou lhe contar como passei a entendê-lo.

Todos nós lidamos com um poder infinito e nos guiamos exatamente pelas mesmas leis. As leis naturais do Universo são tão precisas, que não há dificuldade em construir espaçonaves. Podemos enviar pessoas à Lua, marcando a hora do pouso com a precisão de frações de segundo.

Onde quer que você esteja – Índia, Austrália, Nova Zelândia, Estocolmo, Londres, Toronto, Montreal ou Nova York -, todos nós lidamos com um único poder, uma única Lei: a atração!

O Segredo é a lei da atração!

Tudo o que entra em sua vida é você quem atrai, por meio de imagens que mantém em sua mente. É o que você está pensando. Você atrai para si o que estiver se passando em sua mente”.





Leia mais: Byrne, Rhonda. The Secret – O Segredo / Ronda Byrne; tradução Marcos José da Cunha, Alexandre Martins, Alice Xavier. – Rio de Janeiro: Ediouro, 2007, páginas 3, 4

Recado de meditação: Escute a voz da espiritualidade bíblica

by Francisco on segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Versículos escolhidos por Pedro Ramos Botelho



 



“Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.” (Isaías 58.8)

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“Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o sustenta com a sua mão.” (Salmos 37.24)

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“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate”. (Provérbios de Salomão, cap. 15, verso 13)

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“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.” (Prov. 14:30)

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“O amor é sofredor, é benigno: o amor não é invejoso: o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
(1 Coríntios 13: 4-7)

Dilma Rousseff no Segundo Turno [Recados de Política e Cidadania]

by Francisco on domingo, 10 de outubro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Dilma diz que o segundo turno é um ótimo momento para as propostas de desenvolvimento e inclusão social. Enquanto isso, o projeto do PSDB é volta ao passado.




“Nosso objetivo principal no segundo turno é deixar o eleitor me conhecer melhor e deixar cada vez mais claro que se trata de uma disputa de dois projetos. Um projeto que é volta ao passado, porque o exemplo do que foi o governo do PSDB no Brasil tem que ser lembrado. É a única carta de referência que o eleitor pode ter ao considerar o que significa concretamente os compromissos do meu adversário".

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Maquiavel: uma Religião Corrupta Corrompe a Sociedade

by Francisco on quarta-feira, 6 de outubro de 2010

por José Luiz Ames*



 





Maquiavel constata a intrínseca relação entre religião e política. A história dos grandes Estados mostra que a fé religiosa foi fundamental para incutir os bons costumes, o devotamento ao bem comum e à pátria, o cumprimento das leis e o respeito sagrado às autoridades, a coragem dos soldados e a fidelidade dos cidadãos. Na avaliação de Maquiavel, é tarefa dos dirigentes políticos zelar pela pureza e sinceridade da crença religiosa: “se os Estados quiserem manter-se incorruptos devem manter incorruptas as cerimônias de sua religião e ter esta sempre em grande veneração” (Discursos Livro I, cap. 12).

A Itália no tempo de Maquiavel conhece o domínio absoluto da Igreja Católica. Ele a acusa de culpada pelo atraso e divisão do país. Na sua avaliação, o povo italiano perdeu os valores religiosos dos antigos romanos. Isso explica sua apatia em relação à grandeza do Estado e a ausência do amor pátrio. O cristianismo, diversamente do que as antigas religiões romanas, parece inspirar aos homens o desprezo por este mundo e o desejo da glória celeste. Cultivou nos homens uma dupla cidadania: sentem-se cidadãos deste mundo e de um outro que os aguarda depois da morte. As antigas religiões romanas, afirma Maquiavel, “estimavam as honras mundanas e tinham-nas como sumo bem” (Discursos Livro II, cap. 2). Além disso, continua, “a religião antiga só beatificava os homens cheios de glória mundana, como os chefes militares e de Estados. A religião cristã, ao invés disso glorifica os homens humildes e contemplativos. Além disso, enquanto o cristianismo colocou o sumo bem na humildade e desprezo das coisas humanas, as religiões romanas o colocavam na grandeza de espírito e na fortaleza corporal” (Discursos Livro II, cap. 2).

Maquiavel parece denunciar uma incompatibilidade essencial entre a fé cristã e a finalidade da vida política. Na medida em que os cristãos se sentem cidadãos de dois mundos, o terreno e o celeste, e sacrificam o primeiro em favor do segundo, o cristianismo se mostra incapaz de servir à construção de uma vida humana boa na terra. Por isso Maquiavel critica impiedosamente o cristianismo: “quando a religião cristã nos exige que sejamos fortes é para suportar os males, não para enfrentá-los. Parece que esta moral nova tornou os homens mais fracos, entregando o mundo à audácia dos celerados, pois estão dispostos a suportar todos os ultrajes na esperança de conquistar o paraíso” (Discursos Livro II, cap. 2).

Podemos compreender a severidade do julgamento de Maquiavel a partir do contexto renascentista em que viveu. Uma Igreja corrompida, cujas cabeças estavam voltadas para o conforto mundano e que haviam voltado as costas para a miséria do povo e a cobiça dos grandes. A veracidade de seu diagnóstico se confirmou com a Reforma protestante: foi justamente o quadro de corrupção moral denunciado por Maquiavel o mesmo alegado pelos reformadores.

Difícil é concordar com a idéia do florentino de que há uma incompatibilidade essencial entre cristianismo e vida política. Apesar do esforço do papa João Paulo II em combater a politização da religião (a condenação da Teologia da Libertação é um exemplo), é inegável a força transformadora inerente à religião cristã. Não houve nenhum movimento social na história do Brasil em que religião não tenha sido a força mobilizadora principal. O mais visível dos movimentos sociais atuais, o MST, tem na fé cristã sua inspiração e é também ela que oferece a base da coesão do grupo.

Observamos em nosso meio que a religião cristã permanece cheia de vitalidade, apesar da exploração privada que muitos membros de sua hierarquia fazem dela nos processos político-eleitorais. Parece que o homem de hoje não espera gozar uma vida boa somente no Paraíso, como pensava Maquiavel. A fé cristã mobiliza muitos num processo de construção de um mundo terreno melhor para se viver. E nesse processo nem sempre interpreta a fé no mesmo sentido que a hierarquia da Igreja. Talvez por isso seja revolucionária. A religião limitada à ortodoxia oficial é estéril politicamente. Produz conchavos, mas não transformações sociais.

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* José Luiz Ames é doutor em Filosofia e professor da Unioeste, campus de Toledo.

Soberania do Povo Brasileiro [Recados de Política e Cidadania]

by Francisco on sábado, 2 de outubro de 2010

Escolhidos e comentados por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Lula e Dilma com a soberania do povo no comício em São Paulo

Nessa segunda-feira, à noite, 28 de setembro de 2010. Lula e Dilma, entusiasmados e com sábias palavras, faz um comício em São Paulo. O presidente e sua candidata sentem que o povo deste Estado descobriu o “Segredo” da lei da atração. Com corações vibrantes querem eleger Aloizio Mercadante (PT), Governador e seus aliados; Senadores, deputados estaduais e federais. É a beleza da alma soberana dos paulistas e seu amor pelo Brasil. E a feiúra dos tucanos não poderão mais voar, nem comer com seus grandes e gulosos bicos. E as sábias palavras de Lula ecoam no coração da soberania do povo, assim:

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Carta aos Formandos de Biologia 2010

by Francisco on terça-feira, 28 de setembro de 2010

por Prof. Dr. Tiago Gomes de Andrade*



 



2010! Ano internacional da Biodiversidade. Homenagem reconhecida pela Assembléia Geral das Nações Unidas.

Biodiversidade pode ser definida como a variedade de organismos vivos e a complexidade de interações que se estabelecem entre eles. Considera-se ainda conjunto, ou coletividade (quantidade e categorias) dos seres vivos existentes no planeta. É a diversidade genética de indivíduos e populações que interagem em uma cadeia histórica de eventos e inter-relações ecológicas.

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Bioética e Cidadania: Interface da Filosofia com o Direito [Cibercultura]

by Francisco on segunda-feira, 20 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Nos dias de hoje (ANDRADE FILHO, 2005: 383-403), questões são colocadas à luz dos atos das ciências e tecnologias. Com eles, o conhecimento do “tempo global” tem priorizado a dimensão tecnológica, em estreita sintonia com as relações de mercado. O saber e o conhecimento no mundo globalizado parecem perder muito de sua função de busca de sentido para a vida, o destino humano e a sociedade – do conhecimento esse não do “sentir e simbolizar” –, para tornar-se “produto comercial de circulação” orientado pelo novo paradigma da aplicabilidade.

Os paradigmas da pós-modernidade, que ensejam rotas previstas para o desenho do futuro humano, estão em crise. Por isso, é cedo ainda afirmar-se a prepotência da globalização em seu progresso de ciência e tecnologia.

É nesse ambiente que a Bioética nasce como um novo domínio da reflexão e da prática, que toma como seu objeto específico as questões humanas na sua dimensão ética, tal como se são formuladas no âmbito da prática clínica, jurídica ou da investigação científica, e como método próprio o conhecimento de diversos modelos bioéticos, articulados dialeticamente com saberes diferentes (método-relação), mas fortemente entrelaçados.

Assim, a Bioética e o Biodireito, hoje, se situam entre as duas formas do conhecimento humano: o saber simbólico e o saber científico. Ganham vitalidade como paradigmas da relação entre as ciências e as tecnologias; do saber científico e do saber simbólico em suas recentes descobertas. A Bioética e o Biodireito cuidam da dignidade da vida, procurando a convergência amistosa entre estes saberes. Vale ressaltar, entre Filosofia e Direito integrados com as ciências e tecnologias.

Nesta trilha de reflexão, Sartori (2001: 48-52) avança progressivamente no desafio da interdisciplinaridade do Direito com a Filosofia. E discute, assim:



“[...] pode-se definir a Ciência Jurídica como ciência normativa que verifica os fatores que determinam expressamente as condutas em normas. Sob essa orientação, a Ciência Jurídica se aproxima da Ética, ou seja, a primeira examina normas jurídicas e a outra, normas morais [...] Seus elementos constitutivos são: ideais de justiça por alcançar, instituições normativas por realizar, ações e reações dos homens frente a esses ideais e instituições [...]

[...] Opondo-se ao Direito positivo, está o Direito Natural que pode ser definido como o pensamento jurídico que concebe a lei (a norma) quando esta esteja de acordo com a justiça. A pretensão do jusnaturalismo é a de conhecer como Direito o que é justo, ou seja, justiça como verdade evidente e demonstrável, dentro de um sistema de valores universais e imutáveis. Decorrente desses preceitos, a função do Direito não é comandar, mas, sim, qualificar as condutas como boas ou más [...]

[...] A velocidade do avanço das ciências da vida e a consequente necessidade de uma nova ética exigem uma resposta do Direito, ou seja, uma criação jurídica para positivar, regular e/ou reconhecer os Novos Direitos. Atualmente , são necessários princípios axiológicos que atendam à produção do conhecimento das últimas décadas do século XX e que se projetem no século XXI [...].”




É nesse ambiente que a Bioética nasce como um novo domínio da reflexão e da prática, que toma como seu objeto específico as questões humanas na sua dimensão ética, tal como se formulam no âmbito da prática clínica, jurídica ou da investigação científica, e como método próprio o conhecimento de diversos modelos bioéticos articulados dialeticamente com saberes diferentes (método-relação), mas fortemente entrelaçados.

Assim, a Bioética e o Biodireito, hoje, se situam entre as duas formas do conhecimento humano: o saber simbólico e o saber científico. Ganham vitalidade como paradigmas da relação entre as ciências e as tecnologias; do saber científico e do saber simbólico em suas recentes descobertas A Bioética e o Biodireito cuidam da dignidade da vida, procurando a convergência amistosa entre estes saberes. Vale ressaltar, entre Filosofia e Direito integrados com as ciências e tecnologias.

Nesta linha de reflexão, Sartori (2001: 48-52) avança progressivamente no desafio da interdisciplinaridade do Direito com a Filosofia. E discute, assim:



“[...] pode-se definir a Ciência Jurídica como ciência normativa que verifica os fatores que determinam expressamente as condutas em normas. Sob essa orientação, a Ciência Jurídica se aproxima da Ética, ou seja, a primeira examina normas jurídicas e a outra, normas morais [...] Seus elementos constitutivos são: ideais de justiça por alcançar, instituições normativas por realizar, ações e reações dos homens frente a esses ideais e instituições [...]

[...] Opondo-se ao Direito positivo, está o Direito Natural que pode ser definido como o pensamento jurídico que concebe a lei (a norma) quando esta esteja de acordo com a justiça. A pretensão do jusnaturalismo é a de conhecer como Direito o que é justo, ou seja, justiça como verdade evidente e demonstrável, dentro de um sistema de valores universais e imutáveis. Decorrente desses preceitos, a função do Direito não é comandar, mas, sim, qualificar as condutas como boas ou más [...]

[...] A velocidade do avanço das ciências da vida e a consequente necessidade de uma nova ética exigem uma resposta do Direito, ou seja, uma criação jurídica para positivar, regular e/ou reconhecer os Novos Direitos. Nos hodiernos, são necessários princípios axiológicos que atendam à produção do conhecimento das últimas décadas do século XX e que se projetem no século XXI”.




Suporte Bibliográfico

ANDRADE FILHO, Francisco Antônio de. “Bioética e cidadania: Interface da Filosofia com o Direito”, capítulo-livro, publicado in: Bioética e Biodireito: uma introdução crítica/Organizador Arthur magno e Silva Guerra – Rio de Janeiro: América Jurídica, 2005: 383-403

SARTORI, Giana Lisa Zanardo. Direito e Bioética: O desafio da interdisciplinaridade. Erechim RS: EDIFAPES, 2001

Filosofia da Religião na América Latina – Agência de controle social? [Cibercultura]

by Francisco on terça-feira, 14 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Foi em 1978, durante a III Conferência do Episcopado Latino-Americano, em Puebla-México. Em 1981, eu defendi minha Dissertação de Mestrado, na Universidade Federal de Minas Gerais sobre Igreja e Ideologias na América Latina. Respondi a questão: o que a Igreja nos propõe como práxis de libertação? Seria a Igreja, uma instituição que funciona como agência de controle social? E justificava a hipótese, segundo a qual ela reflete e dinamiza o impacto político da religião no processo social na América Latina.

Na perspectiva dialética, tanto numa linha antropológico-psicanalítica quanto marxista, a posição da Igreja adquire maior clareza como aparelho ideológico de Estado. Aos olhos de Freud e Marx, a religião cristã estaria sacralizando normas socialmente necessárias, tornando-se condição de baluarte da ordem estabelecida. Ela estaria compromissada com os grupos dominantes.

É que para o pai da psicanálise e para o pai da ciência da história, as religiões sempre foram importantes para as classes dominantes na medida em que reproduzem a ideologia burguesa.

Em Freud, por exemplo, a religião aparece como expressão social de uma ilusão, uma forma de infantilismo, a neurose obsessiva da humanidade. Nasce fundamentalmente de uma recusa, por parte da consciência, em aceitar a “realidade”. É ela um ato de rebelião pelo qual o princípio do prazer nega à realidade seu status de realidade, substituindo-a por um mundo imaginário que realmente represente os impulsos eróticos reprimidos pela civilização, mundo este que passa a funcionar, para a consciência, como realidade.

Rubem Alves, analisando o texto de Sigmund Freud, Totem and Taboo (1912 – 13), discute:



“É em nome da desta exigência que Freud proclama, em O Futuro de Uma Ilusão, que a religião precisa ser destruída, por ela uma ilusão psíquica, criada pela capacidade humana de imaginar um estrado de coisas em que os desejos se realizariam. Por meio dela o homem evita a confrontação com a dura realidade que o resiste. A eliminação da religião seria assim uma tarefa indispensável num programa de “educação para a realidade” – uma educação que levaria o homem a substituir o seu Deus-ilusão pelo Logos científico, pois só assim ele poderá conhecer, dominar e transformar o seu mundo. Freud vê a tarefa de libertação do homem como o exorcismo de uma ilusão, como uma luta no campo psicológico”.




Enquanto isso, em Karl Marx, em A Ideologia Alemã (1845 – 46), religião é o produto de uma sociedade irracional e opressiva, um conjunto de ilusões necessárias para que o homem possa suportar as correntes que o escravizam. “A religião é o suspiro da criatura oprimida”. Para ele, a religião não liberta o homem. É uma falsa consciência, força conservadora, acrítica. É uma forma de alienação. É necessário destruir a ponte religiosa que liga os céus para que se possa construir a terra. Assim, a religiões organizadoras se tornam agências de controle social.

Lula em Defesa da Democracia [Recados de Política e Cidadania]

by Francisco on terça-feira, 7 de setembro de 2010

selecionados por Francisco Antônio de Andrade Filho




 



Lição de Democracia para o adolescente mimado



“Acho que o Serra precisa saber uma coisa. Uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos de ditadura militar. Em tempos de democracia, o ‘seu’ Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer pelo nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial...”




Serra de ladeira abaixo grita por socorro



“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que possa pedir que eu censure a internet. Não, ele não alertou. Ele se queixou do que estava acontecendo com ele na internet. Como eu sou vítima disso há muito tempo, sempre achei que a internet livre tem coisas extraordinariamente sérias e tem coisas levianas”




Lula contra a censura na internet



“Não tem nada demais o que a internet publicou sobre a filha de Serra. Há insinuações como há contra o presidente Lula, contra a família do presidente Lula, contra vocês jornalistas individualmente. Se escrevem alguma coisa que o internauta não gosta, tomam cacete o dia inteiro”.




A dor de cabeça do ex-governador



“Hoje, ele deve estar com dor de cabeça porque o PIB vai crescer acima daquilo que os mais pessimistas previam que ia crescer”




Viva o Brasil no momento de ouro! Que o Serra se ame primeiro para amar o outro



“O Brasil vive um momento de ouro e eu não vou permitir que nenhuma ‘futrica’ menor - porque não tem nenhuma acusação grave contra o Serra... Tem as coisas de internet contra o Serra e contra todo mundo. O Presidente da República tem coisa mais séria para cuidar do que cuidar das dores de cotovelo do Serra”.




Leia mais: Carta Maior

Dia do Profissional de Educação Física: uma homenagem à professora Josélia Santana

by Francisco on sábado, 4 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Querida Jô,
Prezados Colegas.

Privilegiado e agradecido, recebi o convite das colegas Maria da Conceição Machado e Maria José Santos, para com os demais alunos e alunas, homenagearmos nossa professora Josélia Santana. Hoje, quarta-feira, primeiro de setembro de 2010. Dia do Profissional de Educação Física (Lei nº 11.342, de 18 de agosto de 2006).

Dedicamos a você, Jô, este recado de meditação: “Dia do Profissional de Educação Física - Uma homenagem à professora Josélia Santana”.

Permitam-me. Filósofo, indago: é possível alinhar Educação Física com Ética e Espiritualidade? Uni-las? Nas atividades físicas, aqui no GEAP/Aracajú, qual o significado desta meditação no cuidado com a saúde humana? A professora Jô, profissional de saúde, na dimensão psicossomática, estaria revestida da “arte clínica”? Com ética e espiritualidade, ela cuida da saúde de seus alunos?

Com certeza! Por isso, esta sincera homenagem. Descobrimos respostas passíveis de observação de uma profissional de saúde. Você nos indicou princípios e valores: caminhos de felicidade nos cuidados com nossa saúde, do corpo e da alma. Sentimo-nos bem no GEAP.

Nesse dia especial, testemunhamos que você, Jô, consegue, com sucesso, inserir Educação Física com ética e espiritualidade. Com seu agir, nos limites da condição humana, revela ser possível unir atividades físicas com outras dimensões humanas. Trabalha com corpos humanos, com o divino, com o sagrado, com o espiritual.

Assim, nossa homenagem é bem merecida. Reflete “O Banquete” de Platão, assim: “Da mesma forma que não se cura os olhos sem a cabeça, ou a cabeça sem o corpo, também não se deve tentar curar o corpo sem a alma. Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem”.

Nessa mesma linha, seiscentos anos depois, Jesus (Lucas, 18, 35 - 43 apresentou uma dica multidimensional, curando o mendigo de Jericó. Esse cego, pelo ouvido, percebeu “o barulho da multidão que passava” ou pelo tato quando “Jesus parou e mandou que o trouxesse”.

O homem-Deus chamado Jesus, filho do casal Maria e José, cheio de compaixão e ternura, confiança, doação, enternecimento, conquista a experiência espiritual de sentir-se Filho de Deus. O mendigo cego, nesse momento, viu seu médico, sentiu sua saúde integral. Observou a multidão em caminhada, fazendo atividades físicas. Alegrou-se com as belezas da Natureza. Sua alma não dói mais. Agora, ouvia, escutava e via. Sentiu-se feliz e vivo. E enxerga tudo. Que emoções transformadoras de vida. O cego encontrou seu caminho espiritual. Sentiu seu corpo.

Por isso, com a professora Josélia Santana, celebremos nossas vidas sem medo, sem suspeita e dúvida. Alegremo-nos com nossas atividades físicas e espirituais: no amor, no respeito, na bondade e na singularidade de cada ser humano.

É um convite de seus alunos. Festeje este seu dia. Medite o Cântico dos Cânticos, 6.10. Veja e descubra o elogio divino à beleza da mulher com estes termos poéticos e verdadeiros: “Quem é essa que se eleva como a aurora, bela como a lua, resplandecente como o sol, temível como batalhões”.

Ainda, outro brinde dessa turma. Presenteamos-lhe o Livro de Salomão (Prov.1, 2 a 5). Aqui, independente de religiões organizadas, visa buscar práticas de virtudes, caminhos de vencer na vida com habilidade, fugindo dos perigos que ferem o corpo e a alma. Na escrita salomônica; “Serve para conhecer sabedoria e disciplina, penetrar as palavras profundas, adquirir esmerada instrução – justiça, equidade, direito –, dar perspicácia aos simples, sabedoria e prudência aos jovens, entender máximas, frases obscuras e os ditos dos sábios e seus enigmas”.

O que mais nos interessa em você, Jô, é a beleza de seu espírito. Usar maquiagem, entre outros adornos, nos homens e nas mulheres, é apenas para realçar a beleza que já existe dentro de si. Da sua alma, flui uma nova roupagem do belo num corpo saudável. Ser bela é revelar a ética de suas virtudes: autoconfiança, generosidade, tolerância, espírito alegre, concentração e sabedoria. Beleza é vida do corpo integrada com seu estado de espírito em paz; alma cheia de ternura e livre da tortura dos preconceitos civis e religiosos, do mundo de hoje. Com corações vibrantes, neste Dia do Professor de Educação Física, uma salva de palmas para Jô.

Seleção de recados de política e cidadania: Dilma no Paraná

by Francisco on sexta-feira, 3 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Dilma fala sobre qualidade da Educação

“O Brasil agora é o país da oportunidade, mas nós precisamos de profissionais capacitados. E para que possamos dar um salto em direção a um país desenvolvido, nós precisamos de educação. Precisamos ter clareza que a redução da desigualdade também se dá pela ampliação das oportunidades”, afirmou Dilma, sob o olhar atento do presidente Lula, que também participou do encontro com empresários.

“A progressão continuada significa pura e simplesmente que você passa o aluno sem avaliar as necessidades do aluno. Temos de aprofundar as avaliações”, disse Dilma, acrescentando que manterá a política educacional do governo Lula, ampliando os investimentos em escolas técnicas.

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“Um dos maiores orgulhos que eu terei de continuar é o ensino profissionalizante. Não viveremos um apagão de mão de obra”.

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“Vocês sabem perfeitamente quantas vezes chegamos a acreditar e éramos interrompidos por uma queda na produção e no consumo, e uma crise se alastrava pela economia e pela sociedade. Mas o que esperávamos há muitos anos chegou e de forma estável. E isso nós devemos a uma pessoa: ao presidente Lula, que conduziu o país por uma era de prosperidade.”




Leia Mais: Presidente Dilma

Recado de meditação: Escute Rubem Alves na arte de orar

by Francisco on segunda-feira, 30 de agosto de 2010

escolhidos por Francisco Antônio de Andrade Filho



 






“Acontece que eu sei que o que as pessoas desejam, ao procurarem a terapia, é reaprender a esquecida arte de rezar. Claro que elas não sabem disso. Falam sobre outras coisas, dez mil coisas. Não sabem que a alma deseja uma só coisa, cujo nome esqueceu.”

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“A terapia é a busca desse nome esquecido. E, quando ele é lembrado e é pronunciado com toda a paixão do corpo e da alma, a esse ato se dá o nome de poesia. A esse ato se pode dar também o nome de oração”.

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“Para começar, abra bem os olhos! Veja como este mundo é luminoso e belo! Tão bonito que Nietzsche até mesmo lhe compôs um poema:



Olhei para este mundo – e era como se uma maçã redonda se oferecesse à minha mão, madura dourada maçã de pele de veludo fresco... como se mãos delicadas me trouxessem um santuário, santuário aberto para o deleite de olhos tímidos e adorantes: assim este mundo hoje a mim se ofereceu..."




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“Mas isso não é tudo. Além das necessidades vitais básicas a alma precisa de beleza. E a beleza – o mundo a serve a mancheias. Está em todos os lugares, na lua, na rua, nas constelações, nas estações, no mar, no ar, nos rios, nas cachoeiras, na chuva, no cheiro das ervas, na luz que cintila na água crespa das lagoas, nos jardins, nos rostos, nas vozes, nos gostos”.

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“Além da beleza estão os prazeres que moram nos olhos, nos ouvidos, no nariz, na boca, na pele. Como no último dia da criação, temos que concordar com o Criador: olhando para o que tinha sido feito, viu que tudo era muito bom”.

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“Muitas orações são produtos da insensatez das pessoas. Acham que o universo estaria melhor se Deus ouvisse os seus conselhos. Pedem que Deus lhes dê pássaros engaiolados, muitos pássaros. Nisso protestantes e católicos são iguais. Tagarelam. E não se dão trabalho de ouvir. Não sabem que a oração é só um gemido. ‘Suspiro da criatura oprimida’: haverá definição mais bonita? São palavras de Marx. Suspiro: gemido sem palavras que espera ouvir a música divina, a música que, se ouvida, nos traria alegria”.




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Fonte: Alves, Rubem. Transparência da eternidade. Campinas: Verus, 2002. Páginas 53 a 57, passim.

Recado de Meditação: Escute o profeta Amós

by Francisco on quinta-feira, 26 de agosto de 2010

selecionado por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



“Eu detesto e rejeito as vossas festas, e não gosto de vossas reuniões festivas. Seria a questão de Me oferecerdes holocaustos? As vossas oblações não têm a minha aceitação, e vossos sacrifícios de bezerros gordos não atraem a minha atenção. Afasta longe de Mim o barulho de teus cânticos e que Eu não ouça o som de tuas harpas! Mas que o direito corra como as águas, e a justiça, como o rio que nunca seca”.

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“Ai daqueles que transformam o direito em veneno e jogam por terra a justiça”

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“Procurais o bem e não o mal, para que possais viver e que assim Javé, Deus dos exércitos, esteja convosco, conforme dizeis! Odiai o mal, amai o bem, e restabelecei o direito nos tribunais. Talvez Javé, Deus dos exércitos, terá compaixão do José”

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“Andam juntos dois homens sem ter combinado? Ruge o leão na floresta sem ter uma presa? Rosna o leãozinho em sua toca sem ter uma caça? Cai um pássaro por terra ao laço sem a armadilha”?

Fonte: Bíblia. Edições Loyola, São Paulo, 1993. Amós 5, 21 – 24; 4, 7; 5, 14 – 15; 3, 3- 5.

Seleção de recados de política e cidadania: Democracia e Igualdade Social

by Francisco on segunda-feira, 23 de agosto de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho





Democracia com o Estatuto da Igualdade Racial

Neste dia 20 de junho de 2010, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona o Estatuto da Igualdade Racial. E dá o recado político e de cidadania: “A democracia brasileira parece mais justa e representativa com a entrada em vigor do Estatuto da Igualdade Racial. Estamos todos um pouco mais negros, um pouco mais brancos e um pouco mais iguais”.

Fonte: Agência Brasil

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Dilma em Garanhuns, Pernambuco



“Agora, venho aqui como candidata à Presidência da República e posso olhar vocês nos olhos. Vocês e nós aqui conseguimos transformar esse país num país diferente. Nós experimentamos um Brasil estagnado, que não olhava para os 190 milhões (habitantes), um Brasil muito desigual. E hoje, eu volto aqui para conversar com vocês sobre tudo que tenho vontade de fazer, que é dar continuidade ao governo do presidente Lula”.

“Desde 1989, em toda eleição, vimos que entre a esperança e o medo, os nossos adversários sempre escolheram o medo. Os empresários temiam o Lula. Em 89, eles diziam que o País ia se afundar se Lula fosse eleito. Em 2002, eles foram a televisão e disseram que, se Lula ganhasse a eleição, o Brasil seria um fracasso. Hoje, o Brasil cresce a 7% e nunca se criou tanto emprego, que abriu mais de meio milhão de vagas no ensino universitário”.




Leia mais: Diario de Pernambuco; Terror do Nordeste.

Consciência na América Latina [Ciberespaço do Recado]

by Francisco on sexta-feira, 20 de agosto de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 




Os países latino-americanos proclamaram sua independência. Conquistaram-na com luta e sangue. Com a criação do MercoSul, trabalham por uma nova autonomia. É um novo desafio.

Mas, não se libertaram ainda das dominações internas e externas. São ainda dependentes de outros países dominantes. Têm sua economia condicionada pelo desenvolvimento e expansão de outra economia. Sua vida política e religiosa é alienígena e opressora. A América Latina, de modo geral, é mantida e privada de sua palavra. Sua estrutura comum de dependência, em algumas dimensões, mutila o homem como responsável de seu desenvolvimento econômico, político e cultural. É o homem latino-americano profundamente alienado de seu desempenho histórico.

De outro, ocorre na América Latina um eficiente esforço científico de nossa história e de nossa realidade, particularmente intensificado na década de 60. A descoberta de consciência da situação de dependência na América Latina é decorrente de sua realidade opressora. As injustiças, a miséria e a exploração praticadas pela classe dominante, naquela década, levam a América Latina a tomar consciência própria de si e a uma conseqüente exigência de libertação.

Percebe-se, cada vez mais claramente, que a situação de subdesenvolvimento é o resultado de um processo, e, portanto, deve ser estudada à luz de uma ciência da história. A análise científica da realidade, associada a uma prática concreta em prol dos interesses e humanização das classes trabalhadoras, facilita tornar efetiva uma hipótese fecunda e evitar pseudo-interpretaçôes e soluções fáceis e ineficazes.

No próximo ciberespaço do Recado da Pesquisa, pretendo discutir com os internautas algumas buscas, pertinentes ao assunto. Por enquanto, façam seus comentários de um trecho de Gustavo Gutiérrez, em sua obra Teologia da Libertação, 2ª Ed., Vozes, Petrópolis, 1975: 83. Escreve:



[...] Conhecer para Marx será algo indissoluvelmente unido à transformação do mundo por meio do trabalho. Partindo dessas primeiras intuições, irá construindo um conhecimento científico da realidade histórica. Analisando a sociedade capitalista em que se dá concretamente a exploração de uns homens por outros, de uma classe social por outra, e assinalando as vias de saída para uma etapa histórica em que possa o homem viver como tal, Marx cria categorias que permitem a elaboração de uma ciência da história [...]




Leia Mais: Andrade Filho, Francisco Antônio de. Igreja e ideologias na América Latina, segundo Puebla. São Paulo: Paulinas, 1982.

Recado de meditação: Assim eu me amo para amar o outro

by Francisco on segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Escolhido por Francisco Antônio de Andrade Filho

foto por Alexander Potapov

 





“Não se incomode com o amanhã: o hoje é suficiente. Alguém ama você... Deixe que este seja um dia de alegria, um dia de celebração. Deixe-se ficar hoje tão totalmente no amor que sua totalidade e seu amor serão suficientes para que a outra pessoa não se afaste de você. Seu ciúme a afastará de você. Só o amor pode fazer mantê-la com você.”

“Não pense no amanhã. No momento em que você pensa no amanhã, sua vida de hoje fica meio desanimada. Contente-se em viver o hoje e deixe que o amanhã se resolva por si mesmo – ele tomará seu próprio curso. E lembre-se de uma coisa: se seu dia de hoje for uma bela experiência, uma bênção, desse hoje brotará o amanhã. Então, para que se preocupar?”




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“Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento. O amor é relacionar-se. Ele é sempre um rio, fluente, sem fim. O amor não sabe o que é ponto final. A lua-de-mel começa, mas nunca acaba. Os amantes têm um fim, o amor continua. É um verbo, não um substantivo”.

“E por que reduzimos a beleza do relacionar-se a um relacionamento? Por que temos tanta pressa? Porque o relacionar-se é inseguro e o relacionamento é uma forma de segurança. Relacionamento dá uma certeza. Relacionar-se é só um encontro entre dois estranhos, talvez só por uma noite, e, pela manhã, dizem adeus. Quem sabe o que vai acontecer amanhã?”




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Fonte: Faça o seu coração vibrar. Osho. Tradução de Denny Zuca. Rio de Janeiro, 2005, p.42 e 78.

Seleção de recados de política e cidadania: as Duas Caras da Oposição

by Francisco on sexta-feira, 13 de agosto de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho





Dilma em Porto Alegre (RS) sabiamente fala



“Hoje os nossos adversários defendem a educação com qualidade e o Prouni, mas foram eles mesmos que quando, fizemos a legislação do Prouni, foram os primeiros a querer decretar a ilegalidade do Prouni...

... eles entraram contra nós no STF pedindo a ilegalidade do Prouni. Eles têm duas caras. Uma na eleição, e outra na hora de governar. Na hora de governar, eles governam para apenas um terço da população. Muitas vezes chamaram o Bolsa Família de ‘Bolsa Esmola’...

... Eles diminuem a transferência de renda para os mais pobres, e quando chega eleição, dizem que vão multiplicar o Bolsa Família..."


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Dilma proclama a verdade do presidente Lula



“... foi o maior presidente do País... governou para todo mundo... Eu trabalhei com o presidente Lula e sei que para mim vai ser duro ele descer a rampa do Planalto.”


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Leia mais: Os Amigos do Presidente Lula

Recado de Meditação: Por uma nova vivência espiritual

by Francisco on sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Selecionado por Francisco Antônio de Andrade Filho



 





“A essência de toda vida espiritual é a emoção quer existe dentro de você, é a sua atitude para com os outros. Se a sua motivação é pura e sincera, todo o resto vem por si. Você pode desenvolver essa atitude correta para com seus semelhantes baseando-se na bondade, no amor, no respeito e sobretudo na clara percepção da singularidade de cada ser humano”.

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“O poder de cura do espírito segue naturalmente o caminho do espírito. Não reside entre as paredes dos prédios luxuosos, nem no ouro que cobre as imagens, nem na seda com que se modelam as roupas, nem mesmo no papel dois documentos sagrados, mas vive na inefável substância da mente e no coração dos homens. Devemos sublimar os instintos de nosso coração e purificar nossos pensamentos”.

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“Quando conseguimos criar um ambiente espiritual através de rituais e obediência a certas regras, estes procedimentos têm um poderoso efeito sobre nossas vidas. Se nos falta a dimensão interior necessária para a desejada experiência espiritual, então os ritos tornam-se meras formalidades, artifícios externos. Perdem o sentido e transformam-se claramente em hábitos dispensáveis, servindo apenas como passatempo”.




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Fonte: Dalai Lama Xiv - Bstan-'Dzin-Rgya-Mtsho. Palavras de Sabedoria. tradução de Maria Luiza Newlands Silveira e Márcia Clúdia Alves – Rio de Janeiro: Sextante, 2001, p. 9; 10; 12.

Ética da Responsabilidade Social na Era Digital [Cibercultura]

by Francisco on domingo, 1 de agosto de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Como a ciência se revela poder da vida? E na era digital, qual a importância de se discutir responsabilidade no ciberespaço?

Trata-se de um saber eminentemente tecnicizado, governado de modo quase absoluto - "global", um gigantesco processo de produção racionalizado e industrializado.

Objetivo mostrar que, dado esse processo histórico, o conhecimento científico se torna cada vez mais um poder. E é este próprio poder que irá constituir nas sociedades industrializadas, a significação real da ciência. Deverá ser procurada no poder que o saber hoje em dia confere. É a verdade revelada, imposta e ensinada dogmaticamente, sem nenhum senso crítico nos dias de hoje. Torna-se um jogo político, um discurso político-ideológico da ciência e da tecnologia.

Existe o mito da ciência pura e neutra? Do mesmo modo a instituição, caracterizada sistema, assim a ciência não pode ser neutra nem pura. Basta pensar na "irresponsabilidade social" dos cientistas e, do outro lado, no fornecer ao Estado uma justificação da pesquisa científica alienada da política.

É verdade, não se pode negar, a dimensão social da Ciência e da Tecnologia. Quer queiramos, quer não, a ciência tem uma função social crescente no desenvolvimento da sociedade e no progresso tecnológico. De outro, constata-se a ausência da responsabilidade ética nos dias de hoje, resultados do desenvolvimento científico para o homem.

E existe hoje uma forte consciência dos problemas ecológicos frente à degradação das relações individuais nas sociedades industrializadas, dizer, hoje, sociedade da era digital, a utilização das pesquisas científicas para fins destruidores, a possibilidade de manipulação crescente dos indivíduos, a utilização maciça dos cientistas, de seus métodos e de seus produtos para fins repressivos e recessivos, a obsessão patológica pelo consumo.

Em destaque, evoco pensamentos favoritos de alguns especialistas em responsabilidade social no mundo da internet, assim:

Manfredo Oliveira enfatiza:

“Pela primeira vez na história mundial, torna-se claro, em decorrência dos perigos que dizem respeito à humanidade global, que os homens são interpelados pelo perigo comum a assumir, juntos, a responsabilidade moral: a civilização técnico-científica confronta todos os povos da Terra, independentemente de suas tradições morais específicas, com uma problemática ética comum: a responsabilidade solidária em escala planetária!"




Leonardo Boff focaliza três questões:

1. Responsabilidade pelo meio ambiente, que se traduz por um pacto do cuidado, de benevolência e de respeito para com a natureza, condição para todos os demais pactos.

2. Responsabilidade pela qualidade de vida de todos os seres, a começar pelos humanos e a partir daí, abrindo-se para os demais seres (florestas, rios, animais, microorganismos, ecossistemas), pois todos pertencem à comunidade biótica e terrenal, são interdependentes e, por isso, têm direito de ser e viver junto conosco...

3. Responsabilidade entre gerações: pacto com as gerações atuais que têm o direito de herdar uma Terra habitável, instituições político-sociais minimamente humanas, e uma atmosfera cultural e espiritual benfazeja com a vida em suas múltiplas formas, com uma fina sensibilidade para com todos os seres, companheiros de aventura terrenal e cósmica e para com a Fonte originária de tudo: Deus.

Neste sentido, sustenta-se, não só a existência humana é mutável e evolutiva, mas também, os princípios éticos. A ética, como a vida é uma contínua descoberta de sentido e de estilos de se viver com dignidade. As verdades éticas absolutas são incompatíveis com o processo temporal da existência, notadamente nesta época de extraordinárias e profundíssimas descobertas no campo das biotecnologias que obrigaram a repensar nossos modos tradicionais de conduta.


Baruch de Espinosa em sua obra “Ética”: “Mas como os homens no começo, com instrumentos inatos, puderam fabricar algumas coisas muito fáceis, ainda que laboriosas e imperfeitamente, feitas que, fabricaram outras coisas mais difíceis, com menos trabalho e mais perfeição, passando gradativamente das obras e instrumentos, para chegar a fazer tantas coisas e tão difíceis com pouco trabalho, também o intelecto, por sua forma nativa, faz para si instrumentos intelectuais e por meio deles adquirir outras forças para outras obras intelectuais, graças às quais fabrica outros instrumentos ou poder de continuar investigando, e assim prosseguindo gradativamente até atingir o cume da sabedoria.”

É verdade, não se pode negar a dimensão social da ciência e da tecnologia. Quer queiramos, quer não, a ciência tem uma tarefa social no desenvolvimento atual dessa sociedade tecnológica. É a ética da pesquisa em ciência e tecnologia. É ético, pensar e viver assim? Seria o agir dos que habitam no ciberespaço?