Dia do Profissional de Educação Física: uma homenagem à professora Josélia Santana
by Francisco on sábado, 4 de setembro de 2010
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Querida Jô,
Prezados Colegas.
Privilegiado e agradecido, recebi o convite das colegas Maria da Conceição Machado e Maria José Santos, para com os demais alunos e alunas, homenagearmos nossa professora Josélia Santana. Hoje, quarta-feira, primeiro de setembro de 2010. Dia do Profissional de Educação Física (Lei nº 11.342, de 18 de agosto de 2006).
Dedicamos a você, Jô, este recado de meditação: “Dia do Profissional de Educação Física - Uma homenagem à professora Josélia Santana”.
Permitam-me. Filósofo, indago: é possível alinhar Educação Física com Ética e Espiritualidade? Uni-las? Nas atividades físicas, aqui no GEAP/Aracajú, qual o significado desta meditação no cuidado com a saúde humana? A professora Jô, profissional de saúde, na dimensão psicossomática, estaria revestida da “arte clínica”? Com ética e espiritualidade, ela cuida da saúde de seus alunos?
Com certeza! Por isso, esta sincera homenagem. Descobrimos respostas passíveis de observação de uma profissional de saúde. Você nos indicou princípios e valores: caminhos de felicidade nos cuidados com nossa saúde, do corpo e da alma. Sentimo-nos bem no GEAP.
Nesse dia especial, testemunhamos que você, Jô, consegue, com sucesso, inserir Educação Física com ética e espiritualidade. Com seu agir, nos limites da condição humana, revela ser possível unir atividades físicas com outras dimensões humanas. Trabalha com corpos humanos, com o divino, com o sagrado, com o espiritual.
Assim, nossa homenagem é bem merecida. Reflete “O Banquete” de Platão, assim: “Da mesma forma que não se cura os olhos sem a cabeça, ou a cabeça sem o corpo, também não se deve tentar curar o corpo sem a alma. Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem”.
Nessa mesma linha, seiscentos anos depois, Jesus (Lucas, 18, 35 - 43 apresentou uma dica multidimensional, curando o mendigo de Jericó. Esse cego, pelo ouvido, percebeu “o barulho da multidão que passava” ou pelo tato quando “Jesus parou e mandou que o trouxesse”.
O homem-Deus chamado Jesus, filho do casal Maria e José, cheio de compaixão e ternura, confiança, doação, enternecimento, conquista a experiência espiritual de sentir-se Filho de Deus. O mendigo cego, nesse momento, viu seu médico, sentiu sua saúde integral. Observou a multidão em caminhada, fazendo atividades físicas. Alegrou-se com as belezas da Natureza. Sua alma não dói mais. Agora, ouvia, escutava e via. Sentiu-se feliz e vivo. E enxerga tudo. Que emoções transformadoras de vida. O cego encontrou seu caminho espiritual. Sentiu seu corpo.
Por isso, com a professora Josélia Santana, celebremos nossas vidas sem medo, sem suspeita e dúvida. Alegremo-nos com nossas atividades físicas e espirituais: no amor, no respeito, na bondade e na singularidade de cada ser humano.
É um convite de seus alunos. Festeje este seu dia. Medite o Cântico dos Cânticos, 6.10. Veja e descubra o elogio divino à beleza da mulher com estes termos poéticos e verdadeiros: “Quem é essa que se eleva como a aurora, bela como a lua, resplandecente como o sol, temível como batalhões”.
Ainda, outro brinde dessa turma. Presenteamos-lhe o Livro de Salomão (Prov.1, 2 a 5). Aqui, independente de religiões organizadas, visa buscar práticas de virtudes, caminhos de vencer na vida com habilidade, fugindo dos perigos que ferem o corpo e a alma. Na escrita salomônica; “Serve para conhecer sabedoria e disciplina, penetrar as palavras profundas, adquirir esmerada instrução – justiça, equidade, direito –, dar perspicácia aos simples, sabedoria e prudência aos jovens, entender máximas, frases obscuras e os ditos dos sábios e seus enigmas”.
O que mais nos interessa em você, Jô, é a beleza de seu espírito. Usar maquiagem, entre outros adornos, nos homens e nas mulheres, é apenas para realçar a beleza que já existe dentro de si. Da sua alma, flui uma nova roupagem do belo num corpo saudável. Ser bela é revelar a ética de suas virtudes: autoconfiança, generosidade, tolerância, espírito alegre, concentração e sabedoria. Beleza é vida do corpo integrada com seu estado de espírito em paz; alma cheia de ternura e livre da tortura dos preconceitos civis e religiosos, do mundo de hoje. Com corações vibrantes, neste Dia do Professor de Educação Física, uma salva de palmas para Jô.