Texto escolhido e meditado por Francisco Antônio de Andrade Filho
Fonte: Levy, Pierre. O Fogo Liberador. Com a colaboração de Dárcia Labrosse; tradução Lilian Escorel. – 2.ed. – São Paulo: Iluminuras, 2007, p. 141/142.
A vida é feita de segundos que se sucedem. Cabe somente a nós fazer com que esses segundos sejam felizes ou infelizes.
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Somos a primeira coisa de que devemos cuidar. Nosso ser está sob a nossa mais direta responsabilidade, muito mais do que nossos filhos, pais, companheiro (a), amigos, nação, empresa ou a sorte do mundo. Se não cuido de mim mesmo, como poderei cuidar dos outros? A qualidade de nosso ser comanda a qualidade de nossa ação junto ao outro. É por isso que nossa primeira preocupação deveria ser a textura íntima de nossa própria vida.
Cuidar de si não significa de modo algum perseguir uma certa aparência física ou moral, correr atrás de dinheiro, posses, poder, títulos, prestígio, reconhecimento, amor, etc. Significa que temos de desenvolver nossa capacidade de sentir nossas próprias emoções e as dos outros, pensar de modo justo e perceber a beleza do mundo.
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Com grande freqüência, a vontade de ajudar e curar os outros nada mais é do que uma projeção de nossa própria necessidade de cura. Antes de pensar em transformar o mundo, entenda primeiro o que você deve melhorar em si mesmo.
Se todos fossem naturalmente para o lugar onde se sentem melhor, se satisfizesse realmente a própria felicidade, se tomasse consciência de que são donos da própria vida, de que são a própria vida, muito menos infelicidade, opressão e injustiça haveria no mundo.