Carta aos Formandos de Biologia 2010

by Francisco on terça-feira, 28 de setembro de 2010

por Prof. Dr. Tiago Gomes de Andrade*



 



2010! Ano internacional da Biodiversidade. Homenagem reconhecida pela Assembléia Geral das Nações Unidas.

Biodiversidade pode ser definida como a variedade de organismos vivos e a complexidade de interações que se estabelecem entre eles. Considera-se ainda conjunto, ou coletividade (quantidade e categorias) dos seres vivos existentes no planeta. É a diversidade genética de indivíduos e populações que interagem em uma cadeia histórica de eventos e inter-relações ecológicas.

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Bioética e Cidadania: Interface da Filosofia com o Direito [Cibercultura]

by Francisco on segunda-feira, 20 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Nos dias de hoje (ANDRADE FILHO, 2005: 383-403), questões são colocadas à luz dos atos das ciências e tecnologias. Com eles, o conhecimento do “tempo global” tem priorizado a dimensão tecnológica, em estreita sintonia com as relações de mercado. O saber e o conhecimento no mundo globalizado parecem perder muito de sua função de busca de sentido para a vida, o destino humano e a sociedade – do conhecimento esse não do “sentir e simbolizar” –, para tornar-se “produto comercial de circulação” orientado pelo novo paradigma da aplicabilidade.

Os paradigmas da pós-modernidade, que ensejam rotas previstas para o desenho do futuro humano, estão em crise. Por isso, é cedo ainda afirmar-se a prepotência da globalização em seu progresso de ciência e tecnologia.

É nesse ambiente que a Bioética nasce como um novo domínio da reflexão e da prática, que toma como seu objeto específico as questões humanas na sua dimensão ética, tal como se são formuladas no âmbito da prática clínica, jurídica ou da investigação científica, e como método próprio o conhecimento de diversos modelos bioéticos, articulados dialeticamente com saberes diferentes (método-relação), mas fortemente entrelaçados.

Assim, a Bioética e o Biodireito, hoje, se situam entre as duas formas do conhecimento humano: o saber simbólico e o saber científico. Ganham vitalidade como paradigmas da relação entre as ciências e as tecnologias; do saber científico e do saber simbólico em suas recentes descobertas. A Bioética e o Biodireito cuidam da dignidade da vida, procurando a convergência amistosa entre estes saberes. Vale ressaltar, entre Filosofia e Direito integrados com as ciências e tecnologias.

Nesta trilha de reflexão, Sartori (2001: 48-52) avança progressivamente no desafio da interdisciplinaridade do Direito com a Filosofia. E discute, assim:



“[...] pode-se definir a Ciência Jurídica como ciência normativa que verifica os fatores que determinam expressamente as condutas em normas. Sob essa orientação, a Ciência Jurídica se aproxima da Ética, ou seja, a primeira examina normas jurídicas e a outra, normas morais [...] Seus elementos constitutivos são: ideais de justiça por alcançar, instituições normativas por realizar, ações e reações dos homens frente a esses ideais e instituições [...]

[...] Opondo-se ao Direito positivo, está o Direito Natural que pode ser definido como o pensamento jurídico que concebe a lei (a norma) quando esta esteja de acordo com a justiça. A pretensão do jusnaturalismo é a de conhecer como Direito o que é justo, ou seja, justiça como verdade evidente e demonstrável, dentro de um sistema de valores universais e imutáveis. Decorrente desses preceitos, a função do Direito não é comandar, mas, sim, qualificar as condutas como boas ou más [...]

[...] A velocidade do avanço das ciências da vida e a consequente necessidade de uma nova ética exigem uma resposta do Direito, ou seja, uma criação jurídica para positivar, regular e/ou reconhecer os Novos Direitos. Atualmente , são necessários princípios axiológicos que atendam à produção do conhecimento das últimas décadas do século XX e que se projetem no século XXI [...].”




É nesse ambiente que a Bioética nasce como um novo domínio da reflexão e da prática, que toma como seu objeto específico as questões humanas na sua dimensão ética, tal como se formulam no âmbito da prática clínica, jurídica ou da investigação científica, e como método próprio o conhecimento de diversos modelos bioéticos articulados dialeticamente com saberes diferentes (método-relação), mas fortemente entrelaçados.

Assim, a Bioética e o Biodireito, hoje, se situam entre as duas formas do conhecimento humano: o saber simbólico e o saber científico. Ganham vitalidade como paradigmas da relação entre as ciências e as tecnologias; do saber científico e do saber simbólico em suas recentes descobertas A Bioética e o Biodireito cuidam da dignidade da vida, procurando a convergência amistosa entre estes saberes. Vale ressaltar, entre Filosofia e Direito integrados com as ciências e tecnologias.

Nesta linha de reflexão, Sartori (2001: 48-52) avança progressivamente no desafio da interdisciplinaridade do Direito com a Filosofia. E discute, assim:



“[...] pode-se definir a Ciência Jurídica como ciência normativa que verifica os fatores que determinam expressamente as condutas em normas. Sob essa orientação, a Ciência Jurídica se aproxima da Ética, ou seja, a primeira examina normas jurídicas e a outra, normas morais [...] Seus elementos constitutivos são: ideais de justiça por alcançar, instituições normativas por realizar, ações e reações dos homens frente a esses ideais e instituições [...]

[...] Opondo-se ao Direito positivo, está o Direito Natural que pode ser definido como o pensamento jurídico que concebe a lei (a norma) quando esta esteja de acordo com a justiça. A pretensão do jusnaturalismo é a de conhecer como Direito o que é justo, ou seja, justiça como verdade evidente e demonstrável, dentro de um sistema de valores universais e imutáveis. Decorrente desses preceitos, a função do Direito não é comandar, mas, sim, qualificar as condutas como boas ou más [...]

[...] A velocidade do avanço das ciências da vida e a consequente necessidade de uma nova ética exigem uma resposta do Direito, ou seja, uma criação jurídica para positivar, regular e/ou reconhecer os Novos Direitos. Nos hodiernos, são necessários princípios axiológicos que atendam à produção do conhecimento das últimas décadas do século XX e que se projetem no século XXI”.




Suporte Bibliográfico

ANDRADE FILHO, Francisco Antônio de. “Bioética e cidadania: Interface da Filosofia com o Direito”, capítulo-livro, publicado in: Bioética e Biodireito: uma introdução crítica/Organizador Arthur magno e Silva Guerra – Rio de Janeiro: América Jurídica, 2005: 383-403

SARTORI, Giana Lisa Zanardo. Direito e Bioética: O desafio da interdisciplinaridade. Erechim RS: EDIFAPES, 2001

Filosofia da Religião na América Latina – Agência de controle social? [Cibercultura]

by Francisco on terça-feira, 14 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Foi em 1978, durante a III Conferência do Episcopado Latino-Americano, em Puebla-México. Em 1981, eu defendi minha Dissertação de Mestrado, na Universidade Federal de Minas Gerais sobre Igreja e Ideologias na América Latina. Respondi a questão: o que a Igreja nos propõe como práxis de libertação? Seria a Igreja, uma instituição que funciona como agência de controle social? E justificava a hipótese, segundo a qual ela reflete e dinamiza o impacto político da religião no processo social na América Latina.

Na perspectiva dialética, tanto numa linha antropológico-psicanalítica quanto marxista, a posição da Igreja adquire maior clareza como aparelho ideológico de Estado. Aos olhos de Freud e Marx, a religião cristã estaria sacralizando normas socialmente necessárias, tornando-se condição de baluarte da ordem estabelecida. Ela estaria compromissada com os grupos dominantes.

É que para o pai da psicanálise e para o pai da ciência da história, as religiões sempre foram importantes para as classes dominantes na medida em que reproduzem a ideologia burguesa.

Em Freud, por exemplo, a religião aparece como expressão social de uma ilusão, uma forma de infantilismo, a neurose obsessiva da humanidade. Nasce fundamentalmente de uma recusa, por parte da consciência, em aceitar a “realidade”. É ela um ato de rebelião pelo qual o princípio do prazer nega à realidade seu status de realidade, substituindo-a por um mundo imaginário que realmente represente os impulsos eróticos reprimidos pela civilização, mundo este que passa a funcionar, para a consciência, como realidade.

Rubem Alves, analisando o texto de Sigmund Freud, Totem and Taboo (1912 – 13), discute:



“É em nome da desta exigência que Freud proclama, em O Futuro de Uma Ilusão, que a religião precisa ser destruída, por ela uma ilusão psíquica, criada pela capacidade humana de imaginar um estrado de coisas em que os desejos se realizariam. Por meio dela o homem evita a confrontação com a dura realidade que o resiste. A eliminação da religião seria assim uma tarefa indispensável num programa de “educação para a realidade” – uma educação que levaria o homem a substituir o seu Deus-ilusão pelo Logos científico, pois só assim ele poderá conhecer, dominar e transformar o seu mundo. Freud vê a tarefa de libertação do homem como o exorcismo de uma ilusão, como uma luta no campo psicológico”.




Enquanto isso, em Karl Marx, em A Ideologia Alemã (1845 – 46), religião é o produto de uma sociedade irracional e opressiva, um conjunto de ilusões necessárias para que o homem possa suportar as correntes que o escravizam. “A religião é o suspiro da criatura oprimida”. Para ele, a religião não liberta o homem. É uma falsa consciência, força conservadora, acrítica. É uma forma de alienação. É necessário destruir a ponte religiosa que liga os céus para que se possa construir a terra. Assim, a religiões organizadoras se tornam agências de controle social.

Lula em Defesa da Democracia [Recados de Política e Cidadania]

by Francisco on terça-feira, 7 de setembro de 2010

selecionados por Francisco Antônio de Andrade Filho




 



Lição de Democracia para o adolescente mimado



“Acho que o Serra precisa saber uma coisa. Uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos de ditadura militar. Em tempos de democracia, o ‘seu’ Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer pelo nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial...”




Serra de ladeira abaixo grita por socorro



“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que possa pedir que eu censure a internet. Não, ele não alertou. Ele se queixou do que estava acontecendo com ele na internet. Como eu sou vítima disso há muito tempo, sempre achei que a internet livre tem coisas extraordinariamente sérias e tem coisas levianas”




Lula contra a censura na internet



“Não tem nada demais o que a internet publicou sobre a filha de Serra. Há insinuações como há contra o presidente Lula, contra a família do presidente Lula, contra vocês jornalistas individualmente. Se escrevem alguma coisa que o internauta não gosta, tomam cacete o dia inteiro”.




A dor de cabeça do ex-governador



“Hoje, ele deve estar com dor de cabeça porque o PIB vai crescer acima daquilo que os mais pessimistas previam que ia crescer”




Viva o Brasil no momento de ouro! Que o Serra se ame primeiro para amar o outro



“O Brasil vive um momento de ouro e eu não vou permitir que nenhuma ‘futrica’ menor - porque não tem nenhuma acusação grave contra o Serra... Tem as coisas de internet contra o Serra e contra todo mundo. O Presidente da República tem coisa mais séria para cuidar do que cuidar das dores de cotovelo do Serra”.




Leia mais: Carta Maior

Dia do Profissional de Educação Física: uma homenagem à professora Josélia Santana

by Francisco on sábado, 4 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Querida Jô,
Prezados Colegas.

Privilegiado e agradecido, recebi o convite das colegas Maria da Conceição Machado e Maria José Santos, para com os demais alunos e alunas, homenagearmos nossa professora Josélia Santana. Hoje, quarta-feira, primeiro de setembro de 2010. Dia do Profissional de Educação Física (Lei nº 11.342, de 18 de agosto de 2006).

Dedicamos a você, Jô, este recado de meditação: “Dia do Profissional de Educação Física - Uma homenagem à professora Josélia Santana”.

Permitam-me. Filósofo, indago: é possível alinhar Educação Física com Ética e Espiritualidade? Uni-las? Nas atividades físicas, aqui no GEAP/Aracajú, qual o significado desta meditação no cuidado com a saúde humana? A professora Jô, profissional de saúde, na dimensão psicossomática, estaria revestida da “arte clínica”? Com ética e espiritualidade, ela cuida da saúde de seus alunos?

Com certeza! Por isso, esta sincera homenagem. Descobrimos respostas passíveis de observação de uma profissional de saúde. Você nos indicou princípios e valores: caminhos de felicidade nos cuidados com nossa saúde, do corpo e da alma. Sentimo-nos bem no GEAP.

Nesse dia especial, testemunhamos que você, Jô, consegue, com sucesso, inserir Educação Física com ética e espiritualidade. Com seu agir, nos limites da condição humana, revela ser possível unir atividades físicas com outras dimensões humanas. Trabalha com corpos humanos, com o divino, com o sagrado, com o espiritual.

Assim, nossa homenagem é bem merecida. Reflete “O Banquete” de Platão, assim: “Da mesma forma que não se cura os olhos sem a cabeça, ou a cabeça sem o corpo, também não se deve tentar curar o corpo sem a alma. Pois a parte nunca pode ficar boa se o todo não estiver bem”.

Nessa mesma linha, seiscentos anos depois, Jesus (Lucas, 18, 35 - 43 apresentou uma dica multidimensional, curando o mendigo de Jericó. Esse cego, pelo ouvido, percebeu “o barulho da multidão que passava” ou pelo tato quando “Jesus parou e mandou que o trouxesse”.

O homem-Deus chamado Jesus, filho do casal Maria e José, cheio de compaixão e ternura, confiança, doação, enternecimento, conquista a experiência espiritual de sentir-se Filho de Deus. O mendigo cego, nesse momento, viu seu médico, sentiu sua saúde integral. Observou a multidão em caminhada, fazendo atividades físicas. Alegrou-se com as belezas da Natureza. Sua alma não dói mais. Agora, ouvia, escutava e via. Sentiu-se feliz e vivo. E enxerga tudo. Que emoções transformadoras de vida. O cego encontrou seu caminho espiritual. Sentiu seu corpo.

Por isso, com a professora Josélia Santana, celebremos nossas vidas sem medo, sem suspeita e dúvida. Alegremo-nos com nossas atividades físicas e espirituais: no amor, no respeito, na bondade e na singularidade de cada ser humano.

É um convite de seus alunos. Festeje este seu dia. Medite o Cântico dos Cânticos, 6.10. Veja e descubra o elogio divino à beleza da mulher com estes termos poéticos e verdadeiros: “Quem é essa que se eleva como a aurora, bela como a lua, resplandecente como o sol, temível como batalhões”.

Ainda, outro brinde dessa turma. Presenteamos-lhe o Livro de Salomão (Prov.1, 2 a 5). Aqui, independente de religiões organizadas, visa buscar práticas de virtudes, caminhos de vencer na vida com habilidade, fugindo dos perigos que ferem o corpo e a alma. Na escrita salomônica; “Serve para conhecer sabedoria e disciplina, penetrar as palavras profundas, adquirir esmerada instrução – justiça, equidade, direito –, dar perspicácia aos simples, sabedoria e prudência aos jovens, entender máximas, frases obscuras e os ditos dos sábios e seus enigmas”.

O que mais nos interessa em você, Jô, é a beleza de seu espírito. Usar maquiagem, entre outros adornos, nos homens e nas mulheres, é apenas para realçar a beleza que já existe dentro de si. Da sua alma, flui uma nova roupagem do belo num corpo saudável. Ser bela é revelar a ética de suas virtudes: autoconfiança, generosidade, tolerância, espírito alegre, concentração e sabedoria. Beleza é vida do corpo integrada com seu estado de espírito em paz; alma cheia de ternura e livre da tortura dos preconceitos civis e religiosos, do mundo de hoje. Com corações vibrantes, neste Dia do Professor de Educação Física, uma salva de palmas para Jô.

Seleção de recados de política e cidadania: Dilma no Paraná

by Francisco on sexta-feira, 3 de setembro de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Dilma fala sobre qualidade da Educação

“O Brasil agora é o país da oportunidade, mas nós precisamos de profissionais capacitados. E para que possamos dar um salto em direção a um país desenvolvido, nós precisamos de educação. Precisamos ter clareza que a redução da desigualdade também se dá pela ampliação das oportunidades”, afirmou Dilma, sob o olhar atento do presidente Lula, que também participou do encontro com empresários.

“A progressão continuada significa pura e simplesmente que você passa o aluno sem avaliar as necessidades do aluno. Temos de aprofundar as avaliações”, disse Dilma, acrescentando que manterá a política educacional do governo Lula, ampliando os investimentos em escolas técnicas.

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“Um dos maiores orgulhos que eu terei de continuar é o ensino profissionalizante. Não viveremos um apagão de mão de obra”.

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“Vocês sabem perfeitamente quantas vezes chegamos a acreditar e éramos interrompidos por uma queda na produção e no consumo, e uma crise se alastrava pela economia e pela sociedade. Mas o que esperávamos há muitos anos chegou e de forma estável. E isso nós devemos a uma pessoa: ao presidente Lula, que conduziu o país por uma era de prosperidade.”




Leia Mais: Presidente Dilma