Sarney: Tudo pelo Social no Plano Cruzado

by Francisco on sexta-feira, 26 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

Horizonte

 



Era preciso mais arte de manobrar as massas no regime ditatorial anterior em sua distensão militar.

À luz da filosofia política, vimos José Sarney aplaudir a valentia do povo na execução do Plano Cruzado contra a corrupção da ordem econômica e social. A fala do Presidente, no espelho das forças populares, se fez também em ciência e tecnologia, a serviço da população. A nova bandeira costurada na velha se percebia a expressão-chave do “Tudo pelo social”. Tornava-se a miragem da massa científica.

O “tudo pelo social” no Plano Cruzado se constituía compromisso de mobilizar todos os esforços no combate à pobreza e ao desemprego. Exigia-se uma política nacional de desenvolvimento científico e tecnológico. Urgia a participação popular no trabalho dos cientistas.

Com uma câmara escura nas mãos, o Governo Sarney camuflava o “o novo modelo de desenvolvimento econômico e social”; o marco fundamental do perfil da sociedade; da democracia recém conquistada; de fora, pelas massas na rua, nos sindicatos, nos templos religiosos, nas cidades universitárias, nos laboratórios de pesquisa, públicos e particulares. Com a mão direita no coração, Sarney eleva sua voz em defesa das metas sociais da democracia. Segundo ele, o sistema político social deve guiar-se pelo compromisso de resgatar amplas camadas da população brasileira.

Era a ambigüidade da conciliação conservadora, conservantismo civilizado esse, como prática e como padrão ideológico e político. Imperava a ideação do povo, cooptada por Tancredo-Sarney, em nível de discurso e germinada desde a “distensão de Geisel, passando pelos ruídos dos sinais de “abertura” de Figueiredo para a “transição”. Todos eles garantiram, com isso, a interceptação das massas em sua consciência coletiva e individual. Traçaram-lhes outras rotas para deter suas ondas ameaçadoras. Nelas atuaram e conseguiram barrar a força dos movimentos populares.

A esta altura, com o pai do plano cruzado, urge tomar a decisão de alterar o discurso político, outorgar-lhe o exclusivo controle do processo no qual toda comunidade está participando.

De outro, à luz da ideologia do Governo Sarney, era necessário construir um novo horizonte para uma mudança sem ruptura. Foi fácil apropriar-se das massas e subsumi-las sem agentes políticos. Pois, as massas transbordavam dos canais de repressão e rotina, criando órgãos paralelos de representação de demandas e formas diferentes de mobilização.

Jesus ora por si mesmo e pelos seus [Meditação 1]

by Francisco on domingo, 21 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

Jesus ora por si mesmo e pelos seus

 



Jesus falou estas coisas. Depois, olhou para o céu e disse: "Pai, chegou a hora: glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique [...] Rogo por eles: não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus; tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. É assim que sou glorificado neles" (Jô. 17, 1; 9).

Antes de partir para junto do Pai, Jesus reza por todos nós e o Evangelho de João registra essa oração. Jesus inicia esta oração rezando por si mesmo, uma vez que ele sabe que o sofrimento está chegando e que deve estar preparado para esse momento. Em seguida, Jesus diz ao Pai que cumpriu a missão aqui na terra, de modo que o Nome de Deus foi manifestado aos homens sendo que sua mensagem foi acolhida. Todos viram nele como Jesus de Nazaré, filho do casal José e Maria. Sua humanidade revelava-se tão divina que seus fiéis e o próprio Jesus, aceitaram ser o enviado do Pai na unidade do Espírito Santo. Em seguida, rezar por todos os que creram em suas palavras.

Essa, a espiritualidade bíblica, centrada na mensagem de Jesus. Assim, testemunha João ao escrever seu Evangelho. Jesus rogou ao Pai, primeiro para se mesmo; depois orou por todos os que creram em suas palavras. O Filho de Deus pensou nele e nos outros. Ele amou a si mesmo e ao seu próximo, seus discípulos. Esse, o significado profundo da espiritualidade.

Outros líderes espirituais, alinhados não apenas a religiões; mas também, de cunho filosófico ou de outras áreas científicas, a medicina, por exemplo; todos confirmam a mesma necessidade da dimensão espiritual do ser humano. É a integridade humana que está em jogo. Ademais, toda Natureza é a maior expressão dessa verdade.

Para exemplificar, eis as sábias palavras de dois mensageiros espirituais que, a exemplo de Jesus, anunciaram. Luiz Antônio Gasparetto fala: “Se eu me amo, estou preenchido.” “Se me considero, me sinto preenchido.” “Se me aceito, me sinto preenchido.”

É nesse sentido da fala espiritual do Gasparetto que se descobre a verdade. Na realidade, como se pode considerar o outro, quando você mesmo não se considera? Igualmente, amar o outro, quando não se ama? Quando você se quer ser preenchido por essas virtudes, seu próximo receberá a mesma recompensa, feliz com seu agir cristão a favor dele. Então, não é egoísmo amar primeiro a si mesmo; depois, será fácil preencher o outro com a mesma postura.

Enquanto isso, Dalai-Lama escreve o que pratica, nestes termos: “A essência de toda vida espiritual é a emoção que existe dentro de você, é a sua atitude para com os outros. Se a sua motivação é pura e sincera, todo resto vem por si. Você pode desenvolver essa atitude correta para com seus semelhantes baseando-se na bondade, no amor, no respeito, sobretudo na clara percepção da singularidade de cada ser humano”.

Aracaju, 20 de junho de 2009.

Sarney: O Presidente da República do Cruzado

by Francisco on quarta-feira, 17 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

José Sarney

 



Frágil e enfermo como aquela transição democrática, Tancredo Neves morre coroado “herói da Nova República”. Emocionado, com lágrimas nos olhos banhando a alegria de seu coração, assume o vice. Do nada – enquanto o esquife subia a rampa do Planalto em Brasília; ou descia à tumba em São João Del-Rey, Minas Gerais –, qual fantasma José Sarney já nasce presidente da república do cruzado.

O vice do Tancredo, agora, Presidente do Brasil, José Sarney promete continuidade ao projeto alicerçado pela Aliança Democrática. Mórbido em Funaro e molhado com as lágrimas de Conceição, o novo presidente tem o mesmo propósito de domesticação das massas. Faz do Povo, fiscal do Plano Cruzado, manobra fácil e mágica na palavra dos que mandam ou desejam dominar. À luz de sua ideologia, as massas manobradas são agentes de transformações políticas, sociais e econômicas sofridas pelo país.

Buscando força nos movimentos de rua que derrubaram o regime militar, José Sarney concitou o povo a usar de sua coragem. Numa postura de dominação, conclama-o para a guerra contra a inflação. Covardemente - à distância e com medo das massas -, projeta reverter o curso dos acontecimentos impulsionados pelos movimentos populares que inspiraram as primeiras iniciativas da Nova República.

Sentado à cabeceira da mesa, no Palácio da Alvorada – não mais nas praças públicas das cidades brasileiras; à distância e com medo das massas -, o substituto de Tancredo dita à sombra da ideologia camuflada em seu discurso para seus Ministros, nestes termos:

“Esta é uma convocação para que juntos, governo e povo tomemos uma decisão grave e difícil [...] O caminho que escolhi não é o caminho dos fracos [...] Mas, não bastará nossa firmeza, se faltar a coragem do povo que vai derrotar a inflação. Iniciamos hoje uma guerra de vida ou morte contra a inflação. A decisão está tomada. Agora, cumpre executá-la e vencer [...] Todos estaremos mobilizados nesta luta”.

À exemplo de seu antecessor, Sarney já havia acompanhado o povo na rua, percebido ao estilo da obra Massa e Poder, de Elias Canetti ¨que escreve: ”a massa, uma vez formada, quer crescer rapidamente – ela sente como limitação toda e qualquer coisa que se opuser ao seu crescimento”.

Por isso, sabendo que “O ataque exterior à massa somente pode fortalecê-la”, Sarney aplaude e se apropria da valentia do povo na execução do Plano Cruzado contra a diluição da ordem econômica. E o pior, esse plano político-econômica já havia decidido nos porões do Palácio da Alvorada no Brasil e da Casa Branca dos Estados Unidos; sem ouvir “os brasileiros e as brasileiras”; nem americanos; sem nenhuma participação da sociedade civil.

Essa fala, no espelho das forças populares, era a câmara escura, invertida e pronunciada “Nova República” pelo herdeiro do “Estado Novo”, agora, República do Cruzado – em sua essência desenhada pelo Sarney na maquete da “Velha” -, se fez presente nas posturas políticas de seu governo.

Ideologia Política da Nova República do Brasil [Parte 3]

by Francisco on sábado, 13 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

Protesto

 



Manobradas pela ideologia política do neoliberalismo, as massas exigiam a realização de eleições pelas “INDIRETAS COM TANCREDO – JÁ”. Uníssonas, de mãos dadas, repudiavam o golpe militar de 1964. Às caladas da noite, o “herói da Nova República” falece e é coroado “o mártir da democracia”.

Entusiasmadas pelos discursos neoliberais, as massas exigem a realização de eleições pelas “Diretas - Já” e depois, pelas “Indiretas com Tancredo - Já”, ou pelo “Muda Brasil”. Repudiavam a República dos Generais. Nela, os tiranos produziram a história da negação das liberdades humanas pela repressão militar, amparada com a bênção divina dos capelães, pastores católicos, evangélicos e outras forças míticas e ecumênicas. Eram os deuses-homem, profanos e sagrados, com desejos de mando.

Em contrapartida, ludibriadas pelo mesmo sistema – poder civil acoplado ao poder sacro –, as massas ovacionam o paladino mineiro, depositário de todas as esperanças do povo. A esta vivacidade popular, iniciada desta vez, pelo Partido dos Trabalhadores/PT, em comício, frente ao Estádio do Pacaembu, na Cidade São Paulo, incorporam-se todos os partidos políticos com exceção da Aliança Renovadora Nacional, ARENA que dá sustentação ao governo agonizante.

Contudo, ao invés de provocar-se a precipitação da queda do regime, essa mobilização serviu como meio de sustentação de um acordo político que viabilizou a eleição de Tancredo Neves a Presidência da República. Ficou instalado o apaziguamento dos ânimos militares com respeito ao primeiro governo civil. Os trabalhadores não perceberam a força das massas, suas formas de expressão na busca de metas sócio-econômicas. O herdeiro de Getúlio Vargas, com sua sensibilidade humana e política, conseguiu desintegrar as massas. Preservou a República velha ou o Estado novo, costurada na nova República.

Antes de tomar posse, porém, Tancredo Neves cai gravemente enfermo. E morre. No palanque, o poder, o “herói da Nova República” não fez história. Nada de real, apenas aparências. Na terra, finito, instável e frágil como a transição democrática, apregoada do alto de seus palanques políticos às massas populares.

Coroado “o mártir da democracia”, a morte firmou-se soberana, reconhecida por todo o povo, que rezou com fé em Deus e amor ao enfermo no Hospital de Base ou pelo defunto, quando a esquife subia a rampa do Planalto, Brasília; ou descia à tumba em São João Del - Rey, Minas Gerais.

Eram as multidões, que rezavam na esperança de vida ou morte do nobre ou do tirano. Massas que, na marcha de sua liberdade, riram de seus ditadores e choraram a mentira de seus representantes-tutores. Do povo em oração, pondo-se em contato com o destino, contra ele, no apelo à divindade; e ao infinito, a solução dos problemas reais.

Era força popular que, no fundo do seu sofrimento, contra o arbítrio militar, do poder coercitivo-físico que se insurgia contra as multidões desenfreadas no caminho da história, na conquista da liberdade.

Corpus Christi

by Francisco on quinta-feira, 11 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

Corpus Christi

“Afasta para longe de Mim o barulho de teus cânticos. E que Eu não ouça o som de tuas harpas! Mas que o direito corra com as águas, e a justiça, como o rio que nunca seca” (Amós, 5, 23.24).

 



O Povo de Deus celebra a tradicional festa do Corpo de Cristo. Neste dia, os seguidores de Jesus meditam páginas vitais da Sagrada Escritura: Amós, 5, 21-24; Gen. 14, 18-20; 1 Cor. 11, 23-26; e Lucas 9, 11-17. Anunciam que Deus compartilha a sua presença conosco naquele encontro que nos une na essência da espiritualidade, de uma atitude correta para com nossos semelhantes baseando-nos na bondade, no amor, no respeito, sobretudo na clara percepção da singularidade de cada ser humano.

Ao comemorar esta festa, a comunidade dos cristãos indaga: pode-se ter de um lado a celebração do Corpus Christi, e de outro, viver na injustiça? Que sentido tem celebrar esta festa numa comunidade onde oprimidos e opressores se encontram lado a lado? Nesta atual situação política do Congresso Nacional, de assalto oficial – ainda bem de uma minoria de Deputados e Senadores -, aos cofres públicos, é responsável celebrar o Dia do Corpus Christi e deixar que tudo corra como estar?

A Bíblia responde: “odeio, desprezo vossas festas e não gosto de vossas reuniões. O altíssimo não se compraz nas oferendas dos ímpios... Imola o filho na presença do pai quem oferece sacrifício com os bens dos pobres... é assassino do próximo quem lhes rouba os meios de subsistências e derrame sangue, quem priva o assalariado de seu salário”.

Filósofo e teólogo, eu também tenho resposta em diálogo: a celebração da festa do Corpus Christi não é simplesmente ir à Igreja para rezar a missa e se dirigir a outro culto religioso; ou acompanhar vaidosa e triunfalmente a procissão pelas ruas das cidades e dos campos. Não é simplesmente entendida simbolicamente na transformação do corpo e sangue de Cristo. É bem mais forte e cristão do que isso. Essa celebração é instrumento de transformação libertadora das estruturas injustas do capitalismo selvagem.

Nesse sentido, a festa do Corpus Christi, no Brasil, torna-se, na dimensão política, celebração da Soberania popular em busca de melhores dias de vida. É a celebração dos iguais nas igrejas, nos palácios, no Congresso, nas residências, nas ruas, no campo. Na Blogosfera com seu poder ético Na doação da capacidade de crítica, de suas conquistas, suas dores.

Deste modo, o feriado do Corpus Christi não é alienação, nem alienante. Para quem acredita, torna-se força de libertação, instrumento de denúncia contra a corrupção, a mentira, as CPIs opressoras e hipócritas de uma minoria de senadores e deputados; a má distribuição de renda nacional. Que os bispos, sacerdotes, pastores e fiéis fiquem em seus Palácios e residências; não se reúnam nos Templos, se antes “não soltar as algemas injustas, desatar as brochas da canga, libertar os oprimidos e despedaçar todo o jugo, vestir o homem roupa e não recusar a ajudar o próximo”. Sem isto, é hipocrisia, narcótico espiritual. Que a festa do Corpus Christi seja antecipação do Reino de Deus na transformação material-espiritual da história do Brasil hoje.

Ideologia Política da Nova República do Brasil [Parte 2]

by Francisco on sábado, 6 de junho de 2009

por Francisco Antônio de Andrade Filho

Brasil

 



O Pai da Nova República com a Colcha de Retalhos da Velha

O neoliberal conservador estava em Vitória do Espírito Santo. Foi em 1985. Vi de perto. Na sua habilidade carismática, própria dos autocratas, Tancredo de Almeida Neves decidiu, projetou e sutilmente anunciou “a construção de uma Nova República [...] a grande oportunidade de nosso povo”. E no espelho da multidão, tornou-se o Pai da Nova República do Brasil com a colcha de retalhos da Velha.

Foi nessa capital capixaba que Tancredo Neves percebeu a ação das massas. Com sua retórica verbal, o pai se transforma para elas no símbolo de emancipação humana, num herói de guerra sem combate; num protagonista da história de escravos; no reprodutor da Nova República. Embora não repetido, essa criação política tornou-se sinônimo de Estado Novo de Getúlio Vargas, com traços novos construídos pelo trabalho humano.

De um lado, o mérito do genitor desse novo tempo, se resume na astúcia de ouvir a voz do povo, de tramar mecanismos para controlar as mesmas massas. De outro, domesticá-las, com a linguagem de um novo discurso ideológico – a mentira maquiavélica -, como se fosse capaz de realizar a felicidade do povo.

E revestido com o manto sagrado da política – todavia profanado com remendos falseadores da velha –, Tancredo afirma: “Temos um povo com a consciência de uma força e de seu destino. Os duros sacrifícios transformaram-se, pelo milagre da fé, na impetuosidade cívica dos últimos meses. Não há quem possa fazer recuar”. E com gesto ameaçador, grita para as multidões: “Ai dos que pretenderem violar esta unidade, manchar esta bandeira de esperança”.

Além disso, mais ingredientes ideológicos são colocados pelo mineiro de São João Del Rei, na construção da Nova República do Brasil. Desta vez, é a participação popular que deve ser respeitada no sentimento de solidariedade da cidadania, de sua consciência política. Porém, sua preocupação central, é a tarefa de mandar nas massas, sem deixar de fermentá-las para atingir outros objetivos, outras metas.

Para ele, os problemas graves são aqueles que ferem o povo no que ele tem de essencial, nos anseios de profundas transformações sociais e econômicas, de demandas da sociedade civil. E qual Messias, numa paródia do profeta Isaias, Tancredo adverte: ”Chega de proclamarmos, para aplacar a consciência, o direito de todos ao trabalho. É hora de transformar tais intenções em fatos concretos. E é hora também de pagar salários justos aos que produzem”.

É tempo de edificar um Estado brasileiro - pensa ainda o Tancredo da Imaginária Nova República -, não outorgado pelas elites do poder, mas que erga da consciência coletiva, como resposta a anseios e necessidades. De leis que sejam a organização social da liberdade, a solução dos problemas do povo. De normas e leis exigidas pela moralidade e eticidade da sociedade humana.

Esse agir do pai da Nova República merece ser comentado pelos internautas dos blogs Desabafo e Dilma, entre outros. A parte dois, discutida aqui, sugere trilhas em busca da tarefa ideológica do neoliberal Tancredo de Almeida Neves:

 



1. Desta vez, percebe-se que a voz do genitor da Nova República teme as massas. Com Elias Canetti, reconhece a impetuosidade das massas em silencia, no primeiro momento; e com ruídos, no segundo passo. Caminha ou corre. Para as massas, não existem “portas fechadas”. Ataca a todos. E “destrói uma hierarquia que deixou de ser aceita”.

2. Parecia ser a massa cansada de “apenas contemplar o Brasil do “milagre econômico”. Mesmo sem as reais condições históricas,, queria “transformá-lo”. E, assim, “de todos os lados, pessoas começam a afluir como se todas as ruas tivessem uma mesma direção”.

3. É a massa que se abre, porque “quer crescer até o infinito”, mas por outro, se fecha, porque encontra obstáculos internos e externos. É sua fraqueza na força, a calma na violência de massas.