Por Gorete da Mata
Sou tudo aquilo que sinto,
e o que sinto, é tudo que tenho.
Alguém feita de sensações,
Pura abstração, pura emoção...
Vou de milionária à mendiga sem sair do lugar,
Sem mudar de roupa,
Sem, sequer, me mexer...
Pois minha riqueza não se acaba,
E minha sujeira, a água não lava.
O que mexe comigo vem de mim,
Sou eu quem sente, quem provoca.
Se decido amar, sou amor,
Se decido odiar, sou terror.
E agora, sou abandono,
Um barco à deriva,
Sem remo ou direção, vou aonde o vento me conduzir
Ao encontro de você, ou ao encontro de mim...
Imagem: John Morgan