Tudo que tenho

by Francisco on quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Por Gorete da Mata

Sou tudo aquilo que sinto,
e o que sinto, é tudo que tenho.
Alguém feita de sensações,
Pura abstração, pura emoção...

Vou de milionária à mendiga sem sair do lugar,
Sem mudar de roupa,
Sem, sequer, me mexer...
Pois minha riqueza não se acaba,
E minha sujeira, a água não lava.

O que mexe comigo vem de mim,
Sou eu quem sente, quem provoca.
Se decido amar, sou amor,
Se decido odiar, sou terror.

E agora, sou abandono,
Um barco à deriva,
Sem remo ou direção, vou aonde o vento me conduzir
Ao encontro de você, ou ao encontro de mim...


Imagem: John Morgan

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