Irvin D. Yalom, Karl Marx e Rubem Alves [Destaques de Leitura]
by Francisco on quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Notas de Friedrich Nietzsche sobre o doutor Breuer de 6 de dezembro de 1882. Filosofia, integrada com a Psicanálise, é descoberta.
"Às vezes, é pior para um filósofo ser compreendido do que ser mal compreendido. Ele tenta me compreender bem demais; ele me adula na tentativa de obter orientações específicas. Ele quer descobrir meu rumo e usá-lo também como seu rumo. Ele ainda não compreende que existe um rumo meu e um rumo seu, mas que não existe 'o' o rumo. Ele não pede orientações diretamente, mas me adula e finge que sua adulação é outra coisa. Ele tenta me persuadir de que minha revelação é essencial que ao processo de nosso trabalho, de que o ajudará a falar, nos tornará mais 'humanos' juntos, como se chafurdar na lama juntos significasse ser humano! Tento ensinar-lhe que os amantes da verdade não temem águas tempestuosas ou turvas. O que tememos são águas rasas!" (Irvin D.Yalom, p.247).
Karl Marx, ao filosofar, discute que a noção de história, a sociedade se dá por meio de contradições, antagonismos e conflitos. E que ela não ´´e linear, não é espontânea, não é harmônica. É consequência das contradições, criadas dentro dela, e é fruto da ação dos próprios homens. Diz ele:
"Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado". (p. 1)
O que acontece, quando se “LER POUCO” Com os livros de arte
se degusta com arte.
"Jovem,
eu sonhava ter uma grande biblioteca. E fui assim, pela vida, comprando os
livros que podia. Tive de desenvolver métodos para controlar minha voracidade,
porque o dinheiro e o tempo eram ler de
novo. Com os livros de arte acontece diferente. Cada vez que os abrimos é um
encantamento novo! Creio que meu amor pelos livros de arte tem a ver com
experiências infantis [...]. Bem reza a Adélia Prado: 'Meus Deus me dá cinco
anos, me cura de ser grande [...] Essa coisa de 'amor universal aos livros'
fez-me lembrar um texto de Nietzsche sobre o filósofo Tales de Mileto, em que
ele recorda queA palavra grega que designa o sábio se prende, etmologicamente, a sapio, 'eu saboreio', sapiens, 'o degustador' syphos 'o homem de gosto mais apurado'; um apurado degustar e distinguir, um significativo discernimento, constitui, pois [...] a arte peculiar do filósofo. [...] A ciência sem essa seleção, sem esse refinamento do gosto, precipita-se sobre tudo o que é possível saber, na cega avidez de querer conhecer a qualquer preço; enquanto o pensar filosófico está sempre no rastro das coisas dignas de serem sabidas..." ( Rubem Alves, p.96,97, 98, passim) .
Você é você para, no silêncio, escutar as falas de sua voz interior:
Fala 1 - “Deus é a razão de toda alegria no mundo. Cada vez que a beleza emerge, Deus se manifesta no mundo. É muito fácil encontrar Deus. Ele está no mais íntimo da alegria de existir, de respirar, de sentir” (Pierre Levy)
Fala 2 – “Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade”(Georges Bernanos). “A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira” (Léon Tolstoi).
Fala 3 – “A gratidão de quem recebe um benefício é bem menor que o prazer daquele de quem o faz”. “A gratidão é a virtude das almas nobres” ( Machado de Assis).
Fala 4 - “Coragem é o que é preciso para ficar de pé e falar; coragem é também o que é preciso para sentar e ouvir. "( Sir Winston Churchill ) "Quem tem a coragem de rir é senhor do mundo, quase tanto como quem está preparado para morrer." ( Giacomo Leopardi )
Fala 5- “As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz." (Machado de Assis) “O que mais nos agrada nos nossos amigos é a atenção que eles nos dedicam” (.Tristan Bernard) "Olhe o mundo com a coragem do cego, entenda as palavras com a atenção do surdo, fale Versucom a mão e com os olhos, como fazem os mudos!" (Cazuza)
DESTAQUE MAIS: Yalom, Ivrin D. Quando Nietzsche chorou. – Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.”
Marx, K. “O Dezoito Brumário de Luiz Bonaparte”. In: Marx. São Paulo, Abril Cultural, 1985, col. Os Pensadores.
Alves, Rubem. Educação dos sentidos e mais... 6ª ed.-Campinas, SP: Verus Editora, 2010.