Por uma Nova Celebração do Ano 2012: Segredos de convivência entre oshumanos
by Francisco on sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Com seu livre arbítrio, você encontrará, aqui, alguns instantes de se viver bem. Bem-Vindo à arte de ler, falar, ouvir e escutar os segredos da convivência entre os humanos. De modo especial, a equipe do Recado de Pesquisa deseja para você um Feliz Ano Novo 2012
Você já percebeu que as organizações religiosas seguem regras – somente preceitos de um livro sagrado e ideologias deformadoras de seus dogmas e bulas institucionais? -, enquanto isso, a espiritualidade é divina, sem regras, busca o sagrado em todos os livros, inclusive nas escritas antigas. Celebre seu Ano Novo, com novos caminhos de vida (Francisco Andrade).
“A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas” (Dalai-Lama).
Escute Rubem Alves, teólogo e filósofo, na arte de orar:
“Muitas orações são produtos da insensatez das pessoas. Acham que o universo seria melhor se Deus ouvisse os seus conselhos. Pedem que Deus lhes dê pássaros engaiolados, muitos pássaros. Nisso protestantes e católicos são iguais. Tagarelam. E não se dão trabalho de ouvir. Não sabem que a oração é só um gemido. “Suspiro da criatura oprimida”: haverá definição mais bonita? São palavras de Marx. Suspiro: gemido sem palavras que espera ouvir a música divina, a música que, se ouvida, nos traria alegria”.
Feliz Ano Novo 2012! Escute também a voz da espiritualidade bíblica, em Isaias (Isaias, 58.8) E medite.
"Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda”.
Leia e escute o bilhete bíblico do profeta Amós. Pare e pense nisso:
“Eu detesto e rejeito as vossas festas, e não gosto de vossas reuniões festivas. Será questão de Me oferecerdes holocaustos? As vossas oblações não têm a minha aceitação, e vossos sacrifícios de bezerros gordos não atraem a minha atenção. Afasta longe de Mim o barulho de teus cânticos e que Eu não ouça o som de tuas harpas! Mas que o direito corra como as águas, e a justiça, como o rio que nunca seca”
Fonte: Bíblia. Edições Loyola, São Paulo, 1993. Amós 5, 21 – 24; 4,7; 5, 14 – 15; 3, 3- 5.
Neste Ano 2012, compartilhe comigo hinos de louvores a Deus ou Natureza, assim:
A Natureza é minha melhor amiga. Ela ou Deus é revelação do segredo de nascer e viver. Celebração da beleza e da alegria. Cada um dos humanos sente na pele que “água é vida”. A Natureza sopra ar para seus pulmões, oxigena seus cérebros, massageia suas colunas e navega por todo nosso corpo-mente. Inspira e expira. E o sopro divino, diurnamente, entra e sai do meu e do seu corpo É a sabedoria divina do oxigênio na Terra. Respira. Vive. E Deus é vida (Francisco Andrade).
Você finge ser o que é? Neste Novo Ano 2012, sincronize sua vida com Sérgio Britto.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=L3eiOMQVUqs?rel=0]
Epitáfio
Sérgio Britto/Titãs
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.
- Comente • Category: 2012, Amós, Ano Novo, fim de ano, Isaias, literatura, música, Réveillon, Rubem Alves, Sergio Brito, Sol, tudo, vídeo
- Compartilhe: Twitter, Facebook, Delicious, Digg, Reddit

por Francisco Antônio de Andrade Filho
Dedico estes instantes de meditação, de modo especial, a minha esposa, aos filhos, noras e netos. Igualmente, ofereço aos amigos e amigas do GEAP/Aeróbica/Aracaju/SE; e a todos os internautas visitantes do meu sítio.
Eu estou aqui e agora. Tempo de rituais natalinos. Falo de Deus, falo de mim mesmo. A sabedoria antiga já anunciava. No princípio era Deus e se tornou carne. Verbo, brotado do casal José e Maria. De Severina e Raimundo. De tantos outros seres do Universo, nascidos do Eros Divino. E você? O Recado da Pesquisa indica novas trilhas na celebração de Natal 2011. Se você quiser, juntos descobriremos caminhos possíveis que nos conduzem até a presença da vida divina em mim e, quem sabe, em você. Bem-vindo a esta nova celebração de um Feliz Natal 2011.
Trilha um -“Meditação: reduz a ansiedade, torna a respiração equilibrada e profunda e melhora a oxigenação. e a freqüência cardíaca. Escolha um ambiente tranqüilo, sem distrações, e sente-se com postura ereta, fechando os olhos. Expire todo ar pela boca, livrando-se de qualquer preocupação, e inspire, fazendo com que sua barriga cresça. Expire o ar suavemente, procurando deixar a mente livre de qualquer pensamento. Concentre-se apenas na respiração.
Nesse momento o corpo e a mente entram em sintonia em um estado de profundo relaxamento. Quando sentir-se preparada, abra os olhos; e lembre-se daquele lugar de paz e calmaria que reside dentro de cada um de nós” (Flávia Figueiredo).
Trilha dois - “Boa noite de sono: durante o sono nosso corpo produz melatonina, o hormônio que prepara e induz ao sono. Para uma boa produção de melatonina, durma sempre em ambientes escuros. Antes do repouso evite alimentos estimulantes, como café, chocolate e álcool, que inibem a produção do hormônio. Para alívio da tensão, prefira chás de camomila, melissa ou maracujá”(idem).
Trilha três – Com Rubem Alves, descubra O infinito na palma de sua mão. Se você quiser, siga os caminhos possíveis, indicados pelo autor com a beleza dos poemas. Deus é uma criança.
[...] O Natal, antes de ter acontecido em Belém, se formou no coração de Deus. O Natal nasceu da tristeza de Deus. Ele olhou para os homens e os viu tão perdidos, tão loucos, tão fora do caminho: “Andavam desgarrados como ovelhas, sem saber que caminho tomar” (Is 53,6).
[...] Mais que festa, o Natal é ritual. Os rituais são repetições de um passado perdido, para o qual gostaríamos de voltar. Eles nos reconduzem às fontes donde brotam as águas da vida.
[...] Para isso aconteceu o Natal. Já que os homens não percebiam com os olhos da alma, quem sabe perceberiam com os olhos do corpo? Deus, então, se deu aos olhos dos adultos. E o que eles viram foi o assombroso, o espantoso, o jamais pensado, o insólito, o escandaloso. Deus é uma criança.
[...] Para quem quer um Deus assim, o Natal é uma decepção. O nenezinho não é gênio poderoso de garrafa. É uma criancinha fraca e sem defesa. José e Maria até tiveram de fugir para o Egito, para escapar de um adulto sanguinário que queria matá-la. Se ele fosse gênio de garrafa, com um simples piscar de olhos transformaria Herodes num gafanhoto.
[...] Aí eu entendi: Natal não é festa para crianças. Elas já sabem que Deus é criança. É festa delas para os adultos. São os adultos que estão perdidos. Por isso eu sugiro que no Natal as crianças façam coisa que nunca fizeram: que elas dêem brinquedos como presentes para os seus pais, mesmo que sejam brinquedos velhos. Ai - quem sabe -, o milagr
e acontece. Os adultos viram crianças de novo; e os filhos ganham então o melhor de todos os presentes, companheiros de brinquedos”
Deus Menino é a expressão da arte de viver como criança igual a todas as outras.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo. No céu tinha que estar sempre sério. [...] A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar a para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente tem na mão. E olha devagar para elas (Alberto Caeiro).
Escute as sábias palavras da escrita antiga. Elas nos animam:
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate” (Provérbios de Salomão, cap. 15, verso 13).
........
“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos”. (Prov. 14.30)
Neste Natal, homenageie a mãe de Jesus com Paula Fernandes em "Ave-maria Natureza".
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=klEHP24pXv8?rel=0]
Ave Maria
mãe das estrelas, mãe do céu.
Alma doce da natureza
Oh seiva viva que nutre esse chão
dá tua luz a tudo que vive e respira
leva a dor do coração.
Oh doce mãe estende teu manto
pra essa terra que tanto precisa de ti
transforma os corações dos homens
pra que o paraíso aconteça aqui.
Santa Maria.
Fonte da imagem
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Mais um convite ao diálogo de estudos e pesquisas em Filosofia integrada com a Teologia. Aqui, em negrito, provoco o debate com meus amigos internautas. Estaríamos no Ágora da liberdade de pensar assim? De falso moralismo ou de verdades de Filosofia e Teologia políticas?
Até onde vai o desrespeito ao Homem e à Natureza, criados à imagem e semelhança de Deus? Leonardo Boff abre o diálogo filosófico-teológico, nestes termos:
“Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um salto para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros. O respeito, como o mostrou bem Winnicott, nasce no seio da família, especialmente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primeiro limite a ser respeitado. Um dos critérios de uma cultura é o grau de respeito e de auto-limitação que seus membros se impõem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposição sobre os demais. Respeito supõe reconhecer o outro como outro e seu valor intrínseco seja pessoas ou qualquer outro ser (Leonardo Boff).
Citando o médico e teólogo, Albert Schweitzer (1875-1965), Boff confirma:
"O que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos, mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum sentido. O que importa mesmo é, tornar-se um simples ser humano que, no espírito de Jesus, faz alguma coisa, por pequena que seja”.
No meio de seus afazeres de médico, encontrou tempo para escrever. Seu principal livro é: "Respeito diante da vida”, que ele colocou como o eixo articulador de toda ética. "O bem”, diz ele, "consiste em respeitar, conservar e elevar a vida até o seu máximo valor; o mal, em desrespeitar, destruir e impedir a vida de se desenvolver”. E conclui: "quando o ser humano aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante; a grande tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive” (Boff).
E existem outros caminhos de se crer em Deus? Crimes políticos e econômicos de religiões organizadas são práticas de Jesus há dois mil e dez anos e de outros poderes sacros nos dias de hoje? Assim, quando é quando é possível buscar Deus sem religião?
“A raça humana experimentou uma longa história de matança por causa dos interesses políticos e econômicos de religiões organizadas. O uso de Deus para santificar conflitos sobre a terra e a soberania, que começaram em tempos bíblicos, continuou com a conquista da Arábia por Maomé, a invasão de Genghis Klan da Magnólia, as Cruzadas, a Inquisição, as guerras Francesas de Religião e a fixação da América colonial. Desde então, os monarcas, os generais e os papas, perdoaram a brutalidade por meio de decreto divino, se servisse aos seus interesses. Também, líderes religiosos rezaram pela vitória militar e raramente defenderam a nocividade social da guerra interrogativa, enquanto casas de adoração, antecipando recompensas financeiras do conflito armado, falaram repetidamente em promover benevolência e paz na Terra. Orientada por ambições políticas e econômicas, as religiões organizadas continuam subvertendo os princípios éticos e defendendo a violência em nome de Deus-uma contradição óbvia” (Sankara Saranam).