Mulher: virtudes e deslizes no Livro dos Provérbios de Salomão
by Francisco on sábado, 27 de setembro de 2008
Uma mulher virtuosa é o diadema de seu marido e a mulher impudica é a cárie nos ossos (Prov.12.4)
Estudiosos afirmam que alguns provérbios são dos tempos de Salomão(970-931 ) antes da era cristã. Ele importou a sua corte muitos escribas egípcios e de outras nações. Mais conhecido como “filho de Davi, rei de Israel” (Prov.1,1), Salomão se tornou o patrono atributivo de toda literatura sapiencial de seu tempo.
A metodologia do livro dos provérbios é o mesmo dos Salmos de Davi e da Lei de Moisés. Este gênero sapiencial, independente de toda religião, visa buscar práticas de virtudes, caminhos de vencer na vida com habilidade, fugindo dos perigos que ferem o corpo e a alma. O referido livro salomônico serve:
para conhecer sabedoria e disciplina, penetrar as palavras profundas, adquirir esmerada instrução – justiça, eqüidade, direito - , dar perspicácia aos simples, sabedoria e prudência aos jovens, entender máximas, frases obscuras e os ditos dos sábios e seus enigmas. Ouça o sábio e aumente sua cultura, e o entendido obterá a arte de se dirigir (Prov.1, 2 a 5).
Agora, leio e releio apenas os capítulos 11 e 12 dos 31 desse livro. Para quem quiser, destaco dois versículos, um de cada um desses capítulos. E encontrei profundas e vitais mensagens sapienciais para os dias de hoje. Nelas você, mulher, encontrará – quem sabe -, elogios e críticas; virtudes e deslizes para sua vida. Não a julgo. Quem sou eu para tanto? Estudioso na releitura da antiga sabedoria, eu desejo contribuir para uma meditação que faz bem à mulher em busca dos caminhos da felicidade.
No capítulo 12, versículo 4, você descobrirá sua qualidade e seu deslize – se for sua, essa atitude -, meditando com Salomão, assim: Uma mulher virtuosa é o diadema de seu marido e a mulher impudica é a cárie nos ossos. Fiquei pensando, e registro. O homem sem maldade se afirma com aquela mulher pura, e se corrói com a inconseqüente. Mesmo assim, toca sua vida prá frente. Ele não será abalado nem com uma nem com outra. E, indago no diálogo com você, mulher “moderna”: o que pensa disso? Faça aqui seu comentário.
De outro, destaco o capítulo 11, versículo 22: Anel de ouro em focinho de porco, tal a mulher bela, desprovida de senso. Passei alguns minutos a refletir esse provérbio. E me lembrei dos costumes existenciais de hoje. Como sabiamente confirma Gasparetto: a mulher moderna acha que usar a cabeça, é ir ao cabeleireiro para fazer mechinha ou pintar o cabelo. E eu acrescento: também o homem e a mulher que pensa usar bem a inteligência, é se encher de piercings. Que pensa disso o leitor? Seriam essas pessoas, desprovidas de bom senso? Ou elas estariam acabando com suas vidas? Preconceitos? Afinal, para que serve a cabeça? Aguardo suas reflexões neste site.
Por alguns desses instantes de meditação, senti a alegria integral. Corpo e alma, nadando nas águas da sabedoria antiga daqueles ditos de Salomão. E louvo a Deus com Carlos Drummond de Andrade:
Deus me deu um amor no tempo de madureza,/Deus – ou foi talvez o Diabo – deu-me este amor maluco,/ e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.
Um comentário
Professor, excelente texto. Mulheres e homens virtuosos são realmente boas companhias. A beleza em gente desprovida de sendo vale nada mesmo.
by Rosilda on 2 de fevereiro de 2017 às 16:46. #