por Francisco Antônio de Andrade Filho
Escute-se. Conheça-se. Corra!
“Olhe para a pessoa que lhe causa aborrecimento e tire proveito da oportunidade para controlar a própria ira e desenvolver a compaixão. Entretanto, se o aborrecimento for muito grande ou se você achar a pessoa tão desagradável que seja impossível agüentá-la, talvez seja melhor sair correndo” (Dalai-Lama).
As coisas da vida são irreversíveis. Serão assim com você? Medite.
“Toda vez é uma primeira vez. O amado nunca parece um velho conhecido – ainda que seja. A sensação jamais é como as anteriores – mesmo que tenhamos amado muitas vezes [...] Por isso mesmo não há fase da vida para amar mais ou menos, com maior, ou menor intensidade ou verdade. Sempre reservamos, para um amor, para aquele amor, quando ele chega, um trecho de canção nunca ouvida, um pedaço de praia ainda por conhecer”. (Lya Luft).
Vibre com seus sentimentos, assim, se quiser seguir Rubem Alves:
“Afirmar que a vida tem sentido é propor a fantástica hipótese de que o universo vibra com nossos sentimentos, sofre a dor dos torturados, chora a lágrima dos abandonados, sorri com as crianças que brincam. Tudo está ligado. Convicção de que, por detrás das coisas visíveis, há um rosto invisível que sorri, presença amiga, braços que abraçam, como na famosa tela de Salvador Dali. E é essa crença que explica os sacrifícios que se oferecem nos altares e as preces que se balbuciam na solidão”.
A arte de ler, ouvir e escutar, segundo Rhonda Byrne:
“É através da arte de escutar que seu espírito enche de fé e devoção e que você se torna capaz de cultivar a alegria interior e o equilíbrio da mente. A arte de escutar permite alcançar sabedoria, superando toda ignorância. Então, é vantajoso dedicar-se a ela, mesmo que isto lhe custe vida”.
Vibre com a Democracia conquistada por seu poder interior e de cidadania. Medite como Lao-Tsé:
A presença de um verdadeiro chefe de Estado é sentida pelo povo como ausência.
Os maiores são amados e louvados. Os medíocres são ignorados, os ambiciosos são desprezados.
Quando um soberano confia no seu povo, o povo confia nele.
Os chefes sábios são ponderados em suas palavras;
O que eles fazem é bom. Desempenham a sua tarefa –
Mas o povo tem a impressão de se guiar a si mesmo.
Fonte imagem: Leah Love
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Filosofia Política da Igreja no Brasil – Tese de Doutorado em Resumo
by Francisco on sábado, 21 de abril de 2012
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Foi em 1994. Defendi minha Tese de Doutorado, titulada e aprovada: O Problema da Modernidade no Pensamento político da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1952 - 1988). Foi no Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP/SP, sob a orientação do Prof. Dr. José Luiz Sigrist. Esse, o objetivo da tese relacionada com tradição desta instituição eclesiástica.
Tomou-se o pensamento político como objeto de análise para investigar a reação moderna da Igreja – CNBB, entendida aqui, com maior ênfase, sociedade humana, visível em sua totalidade. De outro - no rastreamento de seus escritos-, não se menosprezou a outra face invisível, por ela sustentada divina.
Esta pesquisa se pautou por um referencial teórico que se inspira na vertente histórico-dialética de Georg Wilhelm Friedrich Hegel e, principalmente, de Karl Marx. Mesmo assim - não como verdades acabadas e incontestes -, mas para melhor compreender as leis de transformação do processo histórico; pesquisar e esclarecer os problemas, ainda hoje, não superados, fundamentais da sociedade capitalista, na qual a Igreja está inserida.
Tomando Marx como base, foi possível entender por modernidade o real movimento da vida social esse de ascensão e decadência da sociedade regida pelo capital. Embora de forma aberta, deixou-se claro que é um movimento contraditório, uma realidade que reúne, inseparavelmente, aspectos positivos e negativos. Porém, mais do que isto, é um movimento que encontra, em seu próprio interior, limites inseparáveis, movimento incapaz de conduzir a Humanidade à autêntica liberdade.
Na verdade, ventilou-se nesta tese ser o capital uma relação contraditória. Ao mesmo tempo foi configurando o projeto da modernidade regido pelo capital e hegemonizado pela burguesia – desta fazendo parte a Igreja como sociedade humana -, também ganhou corpo, matizado pelo mesmo capital, mas contra ele. Neste plano, tem à frente a classe trabalhadora, um projeto que propôs a construção de uma ordem societária regida pela perspectiva do trabalho. Dois projetos humanos que expressam uma nova postura do mundo, relação entre o homem e o real, do ser histórico produzido pela sociedade.
Nos dois projetos dispensou-se a hipótese da causa primeira. Deus foi substituído pelo homem. Uma era moderna da atividade humana, da consciência de sua capacidade de conhecer e transformar a natureza e a sociedade.
Para superar esses planos modernos, de emancipação humana, a CNBB, com dou trina social específica, elabora outro, humano-divino, cognominado, projeto-cristão. Aqui Deus se destacou centro de todas as coisas e ela própria centro do mundo. Projeto cristão, também pautado na dimensão do trabalho, mas de origem divina, mística e supersticiosa, dependen te das potências e interferências celestiais.
Dentro desse quadro, criou-se uma diversidade de possibilidades para, “via colonial”, nesta tese, se abordar o entendimento do discurso político da Igreja, enraizada no mundo material e no mundo espiritual da sociedade humana.
Envolvida com essa mesma modernidade – nela exercendo sua tarefa-, a CNBB utilizou-se, de modo ambíguo, as expressões do tempo e a ela se opôs, para se auto-reproduzir em suas relações com outros homens. Condicionada, assim, ao movimento histórico, a Igreja é permeada, inevitavelmente, pelas contradições e conflitos por conta mesmo da formação social em que está inserida.
A tese foi desenvolvida em quatro partes, delineadas em onze capítulos. Atêm-se especialmente ao nível da análise imanente, a insistência maior percorrida em todos os momentos da tese: ser a ação política da CNBB uma relação dialética porque- numa certa perspectiva -, se deu num movimento real de conflitos e contradições.
De outro, é uma relação efetivada sem deixar de evocar a tradição de sua infinitude, sem esvaziar-se de sua invisibilidade. De Deus. Assim, de acordo com novos acontecimentos da História, a CNBB não conseguiu falar da modernidade – do capitalismo e do socialismo-, sem o transcendente, sem a tradição. Ela não ultrapassou a modernidade.
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