Convites de Jó, Rubem Alves, Dalai-Lama, Pierre Lévy e Santo Agostinho [Recados de Meditação]
by Francisco on quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Dicas selecionadas por Francisco Antônio de Andrade Filho
Neste poema, Jó revela pureza de visão e de saber ouvir. Ele se valoriza primeiro, para respeitar o outro. Medite com ele e com você mesmo:
Eis o que vi com meus olhos, o que escutei com meus ouvidos e bem entendi. O que sabeis, eu sei também, em nada vos sou inferior (Jó, 13, 1-2).
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Questões Humanas na Escrita de Filósofos [Ágora da Democracia]
by Francisco on sexta-feira, 19 de novembro de 2010
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Neste segundo artigo do “Ágora da Democracia”, selecionei pensamentos de dois filósofos que se encontram para o debate em questões humanas. Cada um deles apresenta um toque especial, registrado aqui em nosso site, símbolo da democracia na internet. Faça seus comentários. Que discussões políticas e de cidadania brotariam nos comentários dos visitantes/internautas? Bem-Vindos à escrita destes pensadores:
Conversas com Pedro Luiz - você é pedra preciosa a luzir
by Francisco on sábado, 13 de novembro de 2010
por Francisco Antônio de Andrade Filho
Ao entardecer do dia 13 de setembro de 2010, no Hospital Santa Casa de Misericórdia/Maceió/AL, nasceu um reluzente menino. A médica obstetra, Cláudia Montenegro e outros profissionais de saúde - ao lado dos genitores, Tiago Gomes de Andrade e Luciana Sarmento Moreira -, cuidavam da vinda de uma criança. Parentes e amigos, entusiasmados com esta hora de magnanimidade, aguardavam, felizes, a presença de um novo broto da Natureza. Viam-se no semblante de seus pais, sinais de alegria. E num instante de luz e beleza, anunciaram: “Ele se chama Pedro Luiz”. E no Cartório está registrado: “Pedro Luiz Sarmento de Andrade”.
Pedro Luiz, você é pedra a luzir. Qual Sacrário, você é um cofre cintilante, dentro do qual se encontram pedras valiosas e outros objetos luzentes. Você, por si mesmo, é essa rocha, com sua luz interior própria – Sacrário divino -, a revelar artisticamente a beleza contida no abrigo de sua vida. A Natureza é sábia nesta criação. É invenção divina. Com ela, você descobrirá diamantes e outras pérolas guardadas lá dentro, no íntimo de seu coração. Elas refletem luz em seu corpo. Revela alma limpa. Indicam o resplandecer de sua vida material e espiritual. Consciente, você sentirá rocha viva a luzir o universo.
Livres, aproximamo-nos de você, Pedro Luiz. É um prazer conversarmos com você. Foi no mesmo dia do anúncio de seu nascimento. A boa nova foi divulgada rapidamente. Todos os seus sentimo-nos bem com sua vinda. Alegres, cantamos hinos de louvores. Escrevemos bilhetes e meditações com letras de ouro puro. Meditações de paz, benignidade e amor. Quais jóias de ouro puro, francas e verdadeiras, mensagens escritas e faladas foram ditas. Todos percebemos que você, Pedro Luiz, não é rígido como uma pedra morta. Suave como um botão a desabrochar nos jardins floridos, você abre a porta da casa, sua vida. E constatamos que não é um espaço vazio. É luz, beleza de se habitar. Sentimo-nos bem em casa.
Com esse olhar, afirmamos que é estimulante e agradável descobrir as pérolas de seu coração. Luciana, sua mãe, não deixava de olhar para você. Todo corpo e espírito materno no abraço da felicidade. E a bailarina dançava a música do amor com seu filho. Isso é tudo, dispensa fala. Enquanto isso, Tiago, seu pai, silenciosamente na sala do parto e nos corredores do Hospital, fotografava o tempo todo. As luzes de sua máquina não conseguiam ofuscar a pedra preciosa a luzir. Você é mais forte. É dotado de luz própria. Hábil, seu pai produziu retratos de pedras preciosas e as guardou naquele Álbum Divino – corpo e alma, coração íntegro de seu filho. Sacrário de ouro à vista. Com certeza, esses retratos revelam o olhar atento e cheio de amor que ele tem por você, Pedro Luiz.
À semelhança do ânimo de seus genitores, desejamos, também, tocar nessa rocha atraente para ver as pérolas cuidadosamente colocadas no seu interior. Nela, encontramos vários recados que luziam as palavras derramadas por seus amigos e parentes.
Foi assim que sua avó, Tânia Maria Gomes de Andrade, escreve: “Se ligue. Você é sua própria fortaleza, rocha de vida”. E mais, Tânia, rica de sentimentos verdadeiros e sempre observadora, lembra que, entre tantos outros elogios, “a Valderez só falava que Pedro Luiz é coisa mais linda do mundo; que ama demais esse neto e que Deus ouviu seu pedido de ser avó.” Além disso, com espírito de humor alegre, a Vó-Tânia confirma ainda que “a Valderez é uma uma avó toda revestida de virtudes! Basta observar os cuidados dela em não desgrudar os olhos de Pedro”. E assim, foi.
Por telefone, Lucas Gomes de Andrade, seu tio, fala.com seus pais. Diz que “se sente feliz com a vinda do sobrinho Pedro Luiz”. E Mateus, outro tio, percebe o brilho da rocha, ao dizer: “nas fotos, o Pedro parece tranquilo e centrado. Dá impressão que está só relaxando ou meditando. Lembrou até aqueles bonecos de bebês que fazem. Mas que bochechas rosadas hein”?
Outros parentes e amigos descobriram pedras preciosas nesta criança recém nascida. Seu tio-avô, Sérgio Gomes expressa: “Fiquei sabendo através da Didi, da sua alegria pelo nascimento do novo neto. Parabéns para todos vocês, principalmente para o Tiago e a esposa. Muita saúde para o bebê”. Didi, sua tia-avó, escreve: “Parabéns pela chegada do Pedro Luiz! Que Deus o abençoe com muita saúde e alegria para toda família. Felicidades e abraços para todos”. Da tia-avó, Irene: “É lindo, mesmo ! Bebezinho mais fofo esse !!! Deus o proteja sempre ! Também tem a quem puxar”!
Eugênia Cintra, ao ver uma foto, fica contente e envia uma mensagem: “Tânia, minha amiga, Pedro é grande. Que gracinha. Parabéns aos pais. Diga a eles que também tenho um filho Pedro. Que Jesus abençoe a todos vocês”.
Nessa trilha, seu avô paterno encontrou, dentro de seu Sacrário, alguns lindos diamantes com letras tremeluzindo e mostrando suas múltiplas cores. Pérolas maravilhosas a cintilarem no seu interior.
Relembrando Moisés na antiga escrita (Números, 20: 3 – 5), Este seu avô, Francisco Antônio de Andrade Filho, com o cajado filosófico na mão, toca na pedra a luzir. De repente, generosa, ela se abre e jorra diamantes. É você, Pedro Luiz; Vejo lá dentro, mais pérolas, entre outras, as letras “O Sol e a Terra são fontes de vida”. Eu as leio com atenção e reverência. Sua mensagem, Pedro Luiz, despertou em mim um forte desejo de descobrir o segredo das fontes da vida. Consciente, percebo que posso viver feliz aqui, integrado e confortado com nossa Mãe-Terra, mesmo ferida pelos seus inimigos. E perguntei a você, Pedro Luiz: como construir uma sociedade bem ordenada e justa, garantindo o equilíbrio entre natureza e produtos técnicos & científicos na atual “aldeia global”?
Meditando com você, amável neto, sinto o sol com sua luz a nos oferecer uma energia nova capaz de renovar desde a menor célula até nosso corpo inteiro. Ele ilumina nossa vida emanada de Deus. Verdade, vovô, “O sol é obra da Natureza. Faz o homem feliz e bom. É vida. E Deus é vida”.
Pedro Luiz, eu desejo olhar para outra pedra-viva, guardada aí no Sacrário de sua vida. Posso? Em torno deste diamante, bem antes de você ser gerado, já ficou postada a mensagem espiritual de Dalai-Lama. Posso ler e escutar, vovô, este recado do líder espiritual? Está escrito e gravado no meu coração: “A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas”.
Querido neto, de novo eu volto o meu olhar para esta terceira pedra preciosa, a garantir sucesso em sua vida. Depois, por favor, você me conta como descobriu O SEGREDO de Ronda Byrne. Tenho interesse de entendê-lo. De antemão – curioso isto -, sinto agora raios de luzes ondulando em direção ao meu Cérebro. Capto o forte significado deste Segredo:
”Todos nós lidamos com um poder infinito e nos guiamos exatamente pelas mesmas leis. As leis naturais do Universo são tão precisas, que não há dificuldade em construir espaçonaves. Podemos enviar pessoas à Lua, marcando a hora do pouso com a precisão de frações de segundo. Tudo o que entra em sua vida é você quem atrai, por meio de imagens que mantém em sua mente. É o que você está pensando. Você atrai para si, o que estiver se passando em sua mente [...] O Segredo é a lei da atração!”
Desta vez, vovô, desejo mostrar-lhe duas jóias, entre tantas outras da minha vida. Olhe para esta aqui: “Carta aos Formandos de Biologia 2010”. Autoria de meu pai, Tiago Gomes de Andrade. Fiquei maravilhado diante desta escrita com letras de ouro puro. Escolhi um parágrafo para agora. Pai escreve: “Biodiversidade pode ser definida como a variedade de organismos vivos e a complexidade de interações que se estabelecem entre eles. Considera-se ainda conjunto, ou coletividade (quantidade e categorias) dos seres vivos existentes no planeta. É a diversidade genética de indivíduos e populações que interagem em uma cadeia histórica de eventos e inter-relações ecológicas”.
A segunda jóia preciosa, vô, é da minha prima e sua neta, Sofia Brito de Andrade. Guardei na pasta de meu coração. Está aqui: “Sofia – Você é a sabedoria divina”. Leia comigo, vô, os destaques seguintes:
E Sofia, iluminada, integrada e vivida na sabedoria divina, abre o livro Transparências da Eternidade, de Rubem Alves. E medita: “Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com olhos de criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar [...]
E, contente, resolvi conversar com você, Sofia. Quero registrar nesta página os sentimentos de amor, confiança, benignidade, lealdade e compaixão. Espero não aprisioná-la em gaiolas de palavras. Você é você. Livre para voar como pássaros nas verdes florestas de seu mundo e de sua vida [...].
Assim, Sofia, você é a sabedoria divina. Beleza inefável e pura naquele seu olhar inocente, atento e risonho frente às portas da casa. Quando se diverte com seus brinquedos e se relaciona com os seus, você é sábia sem palavras. Simplesmente, você é vida na alegria de seus lábios. Expressão da menina do “reino dos céus” (Mt. 19.13), no movimento de seu corpo e de sua alma. E Deus é vida, paz das crianças. [...]
Sofia continua com a palavra: sinto na pele que “água é vida”. A Natureza sopra ar para meus pulmões, oxigena meu cérebro, massageia minha coluna e navega por todo meu corpo-mente. Inspiro e expiro. E o sopro divino, diurnamente, entra e sai do meu corpo É a sabedoria divina do oxigênio na Terra. Do Respirar. Viver”.
Pronto, Pedro Luiz. Confesso que eu me senti tão bem, conversar com meu neto. Agradeço-lhe a descoberta da pedra preciosa a luzir no universo. É você. Cuide-se. Aquele abraço.
Obrigado, vô.
Diálogo com Leonardo Boff [Ágora da Democracia]
by Francisco on quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Comentado por Francisco Antônio de Andrade Filho
O Recado da Pesquisa abre uma nova pasta, cognominada “Ágora da Democracia”. Em Atenas, Grécia Antiga, os cidadãos se reuniam no Fórum público, onde se realizavam seus negócios e outras atividades. Inspirado nesta cultura grega, eu vi no meu site algo semelhante: é espaço virtual, celeiro cibernético, símbolo da democracia na internet. Aqui, a liberdade de expressão será fortalecida nas discussões políticas e de cidadania.
Para exercer este novo espaço - “Ágora da Democracia”-, escolhi Leonardo Boff. Desejo dialogar com ele, estimular os leitores com destaques especiais sobre a mesma crítica. Com as manchetes em negrito e em itálico, questiono o que ele afirma em seu excelente artigo “A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma”, in: Agência Carta Maior
A liberdade de expressão vivida pelo escritor é massacrada pelos poderes sacros da Igreja Católica e do poder político na Ditadura Militar. Autoridades podres e hipócritas, das religiões organizadas e dos golpes aos regimes constitucionais no Brasil?
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Abuso da liberdade de imprensa contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff seria baixaria do PIG? Quem está censurando o direito de se comunicar?
Esta história de vida me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
A vez e a voz de Jean-Jacques Rousseau que, numa nova leitura nos dias de hoje, provoca Leonardo Boff: “Na política, como na moral, é um grande mal não se fazer de algum modo o bem e todo cidadão inútil pode ser considerado pernicioso (...) Os antigos políticos falavam constantemente de costumes e virtudes, os nossos só falam de comércio, de dinheiro e de poder (...) Avaliam os homens como gado. Segundo eles, um homem só vale para o Estado pelo seu consumo”
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Montesquieux contribui também com esse diálogo sobre a liberdade política: “A liberdade política num cidadão, é esta tranqüilidade de espírito que provém da opinião que cada um possui de segurança ; e, para que se tenha esta liberdade cumpre que o governo seja de tal modo, que um cidadão não possa temer outro cidadão [...] A liberdade é um bem tão apreciado que cada qual quer ser dono até da alheia”.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Platão dá seu recado sobre democracia em diálogo com Glauco
“– A que bem te referes?
– À liberdade – repliquei. – Pois, numa cidade democrática ouvirás
dizer que este é o mais belo de todos os bens; daí por que um homem
nascido livre não poderia habitar alhures exceto nesta cidade”
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
E Aristóteles diz que ética é justiça na cidade. “[...] a cidade feliz é a melhor e a mais próspera, mas é impossível ser próspero sem agir bem, e nem os homens nem as cidades agem bem sem qualidades morais e bom senso; então a coragem, a justiça e o bom senso presentes numa cidade têm o mesmo efeito e forma daquelas qualidades morais cuja posse confere a cada homem os títulos de justo, sensato e sábio”.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
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Leia mais: Agência Carta Maior
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“Trago hoje uma técnica de defesa contra possíveis influências energéticas. Pratique-a todas as noites ou quando surgirem situações difíceis. Vamos lá? Feche os olhos e imagine que o astral é algo escuro que fica logo atrás e acima de você. Vamos mandar tudo o que é do astral para o astral. Você pode até perguntar: “Mas, Gasparetto, não sei o que é astral!”. Não importa: o seu corpo sabe e vai mandar embora só o que tem que sair. Se você propuser isso, ele vai fazê-lo.
Imagine, agora, a energia que vem debaixo da terra, passando pelo seu corpo e sendo jogada para esse escuro. Para que esse caminho da energia seja realizado rapidamente, use a respiração: inspire profundamente e expire rapidamente. Dá até uns arrepios…
Concentrada, diga: “sai de mim. Quero que saia tudo isso de mim. Não interessa o quê. Eu quero que saia”. Fale com raiva. A energia da raiva é energia de domínio. Estamos chamando nossa força para limpar nosso campo energético. Trata-se de uma força poderosa, pois é severa. O corpo inteiro ouve e faz o que você manda.
Continue a mentalizar: “sai, sai, sai’. Observe como seu corpo vai tendo sensações. Às vezes, a gente chega até a tremer. Se você sente que, em determinado local, a dor aumenta, é porque tem alguém grudado ali. Encosto mesmo! “Esse corpo é meu e pronto”. Aos poucos você sente que vai acalmando, até experimentar uma descontração, um relaxamento.
Vamos agora fazer uma captação positiva. Leve as mãos ao alto e puxe o prana. Agora suas mãos são antenas parabólicas que estão voltadas para o universo infinito. E diga: “Quero me abrir para esse infinito. Me vejo no meio dos astros, das estrelas, um lugar superluminoso”.
Mentalize, porque o corpo vai para onde a mente sintoniza. Um lugar lindo, cheio de paz. Traga as mãos para o peito e sinta que você é da paz. Pense que você é forte e boa, mas não boba. Que aprende a dizer não, que se responsabiliza por si mesma.
Abençoe-se! Que parta de você mesma um carinho, um elogio, um gesto de amor. Olhe para si como se olhasse para o próprio filho. Abençoe-se por todas as vitórias e pelos fracassos também, porque eles foram grandes tentativas. É abençoando-nos que somos abençoados. E essa benção é profunda”.
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Medite mais: coluna Gasparetto e Você