Liberdade de Imprensa – Altos Toques de Ética e Moral I

by Francisco on domingo, 25 de abril de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



É a primeira aula de Filosofia sobre liberdade em sua dimensão ética e moral para os seguidores do DEM & PSDB & PIG. Aqui, pretendo construir um agradável diálogo com eles. Com alguns toques de ética e moral, em discussão, desejo despertar neles as virtudes da liberdade de imprensa.

Toque Um – Para iniciar o debate, pergunto: O que é o bem? O que é o mal? O que é ética? O que são as virtudes da confiança, do respeito e da integridade pessoal? Em seus meios de Comunicação, vocês cultivam valores morais e éticos? O Partido da Imprensa Golpista investe mesmo nos partidos da oposição? Com que interesse econômico agem assim? O DEM e o PSDB, entre outros, pagam a vocês para destruir a riqueza social produzida pelo atual Governo Lula? Que projetos políticos vocês produziram em benefício da cidadania brasileira? Acreditam no PAC, respeitam Minha Casa/Minha Vida? À luz da Ideologia, vocês camuflam a verdade? Têm medo da Soberania Popular que desperta confiança e segurança no poder com ética e moral de Lula, Dilma e a base desse governo?

Toque dois - Há uma palavra grega, que explica o sentido etimológico da concepção de ética com justiça: “ethos”. Significa “domicílio”, moradia, o abrigo permanente, o país onde alguém habita, a casa onde se mora, as Instituições, onde se constrói, pelo trabalho, a riqueza social, política e econômica; a prática da ética profissional em jornalismo e a felicidade do gênero humano.

Toque três - Por ética, então, entendemos todo esforço do espírito humano para formular juízos tendentes a iluminar a conduta das pessoas, sob a luz de um critério de bem e de justiça. Enquanto isso, a moral é um conjunto de normas que orientam o comportamento humano tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade. A casa/ética se dá sempre no singular: é a exigência do ser humano de habitar humanamente seu mundo. As morais se dão sempre no plural, porque as formas e modo de habitar o mundo são múltiplos e diferentes.

Toque quatro - E o que são virtudes? Significa a qualidade ou a ação digna do homem. É a prática constante do bem, correspondendo ao uso da liberdade com responsabilidade. É o hábito de viver bem com outras virtudes, por exemplo, da confiança, do respeito, da integridade.

Toque cinco – E para vocês - amantes deste site e dos demais espaços cibernéticos -, motivados pela construção da liberdade, ofereço mais dois toques. No bom combate da liberdade, assumamos o poder da responsabilidade ética e em busca da verdade que nos liberta, indico-lhes
mais três toques:

Toque seis - A ética tem a função de imprimir uma direção na vida, de mostrar estilos de vida. Ela é uma espécie de bússola que aponta os caminhos de realização pessoal e os perigos da autodestruição. A ética tem uma função de advertência: mostrar aos profissionais da comunicação, por exemplo, o caminho de construção ou destruição do homem. Ela também é um esforço de superação de conflitos inerentes à convivência com o mundo.

Toque sete - Pensa-se ainda hoje, que a atitude ético-virtuosa designa a maneira de ser “habitual”, o caráter, a disposição da alma. Caráter é marca. Sigilo, timbre ou disposição interna da vontade que a inclina a agir habitualmente, de determinada maneira. “Hábito”, para o bem ou para o mal, virtuoso ou vicioso. Ninguém nasce ético, confiante, único e íntegro.

Toque oito - E sobre isso, penso: quando a consciência moral dos indivíduos for mais cultivada, quando os indivíduos possuírem critérios próprios, a ética interiorizar-se-á. As virtudes da confiança, do respeito às pessoas e a integridade brotarão fortes no mundo das empresas no Congresso Nacional, na Blogosfera. Na Mídia. E a verdade libertará a perversidade PIG.

Ética, Reflexão e Ação

by Francisco on domingo, 18 de abril de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho



 



Nesta semana, os crackers assaltaram o sítio oficial do Partido dos Trabalhadores. Cometeram crimes cibernéticos. Ao acessar esse Portal do PT, percebi a presença dos crackers, ladrões violentos esses, com seus ataques: a página ficou várias vezes fora do ar com avisos de que se trata de um endereço “perigoso”. Tive um forte receio que esses perversos piratas da blogosfera pudessem danificar meu computador. Nesse ínterim, o cracker me conduziu maldosamente para uma entrevista com o secretário-geral do PSDB. Ele seria um hacker se tivesse me conduzido para aplaudir Dilma Rousseff em seus discursos e práticas por esse Brasil afora!

Nesse momento, lembrei-me da minha experiência como professor de Ética Hackerteen. Aprendi muito com o diálogo que construímos para a formação do jovem hacker a serviço do bem na Informática em contraposição ao cracker que entram no mundo dos crimes cibernéticos.

A HackerTeen, no universo do saber de seu projeto, desenvolve um trabalho de “formação técnica e moral de jovens, entre 14 e 19 anos, com produção de conhecimentos em Segurança da Informação e Empreendedorismo”. Entre outros valores, os da Ética e da Moral são desta Instituição. É assim que se constrói um projeto com sucesso na Era da Informática.

E indagamos: Filosofia, para quê? Seria ela um saber inútil no universo do HackerTeen ,aqui praticado em benefício da humanidade? Que contribuição ético-filosófica poderá ser brotada para os dias de hoje, “refletindo e agindo”, com responsabilidade social, na Aldeia Global dos homens e das mulheres, construindo o mercado de trabalho para todos?

A Filosofia sente-se desafiada neste momento. É um novo desafio, aqui registrado, para uma ampla discussão: fazer da filosofia uma arte de colocar "questões" em cada domínio do saber e da ação; uma arte da "argumentação" capaz de permitir, aos seres humanos, em cada caso, resgatar o todo do pensamento, vale dizer abordar toda e qualquer questão segundo a perspectiva do HackerTeen, respeitando nossa capacidade de pensar e de falar.

Em todos os tempos, a Filosofia tem exercido atrativo mais ou menos intenso sobre os homens. Para Sócrates, "a vida sem reflexão não merece ser vivida". E para Aristóteles, "nada caracteriza melhor o homem do que o fato de pensar". Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos.

Então, por aí, podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes. Pois, com ela, abandona-se a ingenuidade e os preconceitos do senso comum. Busca-se compreender a significação do mundo, da cultura, da história. Dá-se a cada um de nós e a nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos. Com ela, fazemos juízos de valor. Indagamos. Questionamos. Buscamos respostas em aberto. Apelamos à reflexão crítica. E produzimos um tipo de saber, indo racionalmente às raízes das realidades.

Nesta mesma direção do pensar, da “reflexão e ação”, ainda questionamos: O que é ética no HackerTeen? Como esta Instituição expressa sua “ação responsável” no desenvolvimento educacional da juventude de hoje? No desenvolvimento nacional e regional?

Na realidade, o HackerTeen é sábio ao inserir a disciplina Ética e Moral em seu programa. Percebeu claramente que tinha a missão, de não apenas instruir tecnicamente seus alunos, mas também, com muito cuidado, prepará-los para uma profissão com formação ética. Assumiu a Educação como espaço de construção da liberdade e de instalação de uma Ética que dê conta dos desafios do mundo globalizado. Tornou a moradia, o abrigo permanente, o país onde alguém habita, a casa onde se mora, o projeto, onde se constrói, pelo trabalho, a felicidade do homem.

De fato, na Escola Hackerteen, á distância e tão perto, os jovens descobrem os caminhos da confiança, integridade e valores. Avançam e discutem a importância da ética e da moral na era da informática. Numa atitude de reflexão crítica, vêem os caminhos da felicidade dos hackers e percebem que não vale a pena cometer os crimes digitais e cibernéticos dos crackers.

E com as tecnologias da inteligência, a juventude se humanizará na segurança computacional das empresas. Segurança com Software Livre. Sociedade da informática com ética e moral.

Quando a Profecia é Silenciada, as Pedras Gritam!

by Francisco on segunda-feira, 12 de abril de 2010

por Jorge Vieira | Blog do Jorge



 



Nos dias, a pauta recorrente da mídia nacional e internacional, trata de denúncia de pedofilia praticada por membros da hierarquia da Igreja Católica. Pela produção dos noticiários, os fatos aparecem por vários os lugares e em todas as épocas. Parte da mídia, principalmente a ala das igrejas neo-pentecostais, transformaram os casos em matéria de propaganda religiosa e ideológica.

Entretanto, a mais alta hierarquia católica, em nível da Cúria Romana e local, não consegue colocar as questões de forma plausível e convincente. E isto tem provocada no seio da sociedade e, especialmente, entre a comunidade católica uma profunda desinformação, confusão e desolação. O bombardeio midiático atormenta, deprime e decepciona, mas a falta de orientação e de firmeza eclesial e teológica incomoda mais ainda.

Historicamente, a Igreja nasceu do martírio do próprio Jesus Cristo e de seus seguidores, por defenderem a causa do Reino de Deus e da Justiça. Do sangue dos mártires jorrou a força do cristianismo contra poderosos e dominadores. Do Concílio Vaticano, pastores e teólogos, movidos pela do Espírito, resgatou a Igreja voltada para os problemas do mundo e para a causa do Reino: a Justiça dos pobres, dos marginalizados e excluídos pelo sistema dominante. A Igreja renasce despojada do ufanismo, das vestes pomposas, dos intramuros palacianos e das benesses concedidas pelos poderosos.

A Igreja latino-americana e caribenha, nas Conferências de Medellin e Puebla, humilde e caminhante, se volta comprometida com a causa dos pobres e da justiça. Os pastores deixam a comodidade de seus palácios episcopais e se embrenharam pelos sertões, matas, floresta e rios afora, para ouvir os clamores do povo. O testemunho da missão motivou o surgimento de novas lideranças e comunidades e a construção de uma nova sociedade. Basta lembrar dons: Hélder Câmara, Oscar Romero, Pedro Casaldáliga, Paulo Evaristo Arns, e tantos outros.

Lamentavelmente, nas últimas três décadas, a Igreja da Utopia do Reino, seguidora do Jesus histórico e inserida no meio dos pobres, foi violentamente silenciada. Em contraposição e paralelamente, foi incentivado o surgimento de movimentos de cunho de libertação individualistas e espiritualista, com grande enfoque no moralismo e na administração sacramental. Nesse contexto revisionário, a formação do clero e, consequentemente, dos membros comunidades, é direcionada às preocupações ad intra, de cunho administrativo e burocrático, a igreja dos palanques eletrônicos e dos pregadores midiáticos.

Com o silêncio das Grandes causas do Reino, a profecia quase que desaparece, destacando-se as denúncias contra segmentos do clero envolvidos com casos de pedofilia, homossexualismo ou heterossexualismo.

É nesse contexto que a igreja deixou-se abater. Atitude que, em hipótese alguma, corresponde à sua ação missionária. Na América Latina e, especialmente, no Brasil, o papel da Igreja é um dos mais marcantes e destacados na construção do que há de mais digno e valoroso na história desse país.

E, no caso das acusações que pesam sobre alguns membros da hierarquia, se comprovadas, devem ser julgadas e, os envolvidos, penalizados de acordo com os seus atos cometidos. Mas é inadmissível que, sob pena de agir de má-fé, penalizar a Instituição e a multidão que dela faz parte. E, que das cinzas ressoem os gritos dos profetas, o compromisso com os pobres e a força da justiça do Reino de Deus.



* Jorge Vieira é Jornalista.

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Comentários:
(por Francisco Antônio de Andrade Filho)

I – O jornalista Jorge Vieira discute as denúncias de pedofilia praticada pelos padres da Igreja Católica. De um lado, critica a dubiedade e o silêncio da hierarquia eclesiástica. De outro percebe a postura da propaganda religiosa e ideológica por parte da ala das igrejas neo-pentecostais. Sem deixar de criticar os erros do poder sacro da Igreja Católica, ele exalta os seguidores da teologia latino America de libertação e suas vivências espirituais dos cristãos.

II – Na verdade, surge um debate importante para os dias de hoje e no mundo religioso. Com o nascimento da teologia de libertação, pesquisava-se uma nova práxis da fé cristã que fosse fator de transformação e libertação. Exigia-se uma nova prática da mensagem do bem em contraposição a do mal. Surgia um novo tipo de inteligência da fé, uma reflexão sobre os compromissos assumidos pelos cristãos em situação de conflitos sociais. . As injustiças, a miséria, a falta de respeito para com a riqueza social e as liberdades da coletividade, praticadas pela oligarquia política e religiosa levam a América Latina tomar consciência de seus direitos e deveres.

III – Na atualidade, porém, há um grito de indignação ética contra os abusos e as injustiças dos poderes sacros da Igreja Católica. Ela ainda não se deu conta que os tempos mudaram. Ela não consegue mais camuflar os graves crimes de pedofilia, entre outros, cometidos pelos Padres, Monsenhores, Bispos, Arcebispos, Cardeais e Papas. Eles silenciam crimes sagrados no confessionário. Enquanto isso, as tecnologias da inteligência descobrem e divulgam em questão de segundos para toda aldeia global.

III – Na verdade, esses herdeiros dos poderes sacros e podres da Inquisição Medieval, representam Deus neste massacre de violência sexual. Deus? Deus é vida. Violência daqueles eclesiásticos é a encarnação do mal, inferno na terra. E por que eles, no confessionário, absolvem pedófilos pedófilos, estupradores de crianças, meninos e mocinhas adolescentes, e quando as engravidam cometem outros crimes?

IV -De outro, autoridades políticas, filósofos e teólogos; fiéis católicos ou não, representantes de diversos movimentos sociais e feministas manifestam indignação ética contra a ingerência e desobediência de eclesiásticos da Igreja Católica nas leis constitucionais do Estado laico. Estranha conduta essa, prioridade ao Código do Direito Canônico? E onde fica o Direito Civil da Ordem Constitucional no Brasil?

V – Quando da visita do Papa Bento XVI a este País, maio de 2007, os católicos curvavam-se aos pés e veneravam o pastor-magistrado na cidade paulista. É o poder eclesiástico, identificado como autoridade divina. É o mito dos pastores divinos. E, segundo Platão, é o Deus-Pastor em sua relação com o rebanho, dando-lhe e garantindo uma terra. Exerce o poder sobre ele. Reúne, guia e conduz seu rebanho. Garante a salvação. Toma decisões no interesse de todos. Pois, segundo o mesmo filósofo, “… em se tendo por pastor a divindade, a humanidade não precisava de constituição política”. Deus providenciava tudo: frutos da terra, moradia, vida. Não era preciso se preocupar com nada. Deus satisfazia suas necessidades materiais.

VII - Enquanto isso, o atual Papa e outros da alta hierarquia - quais reis tiranos -, existem maus e cruéis pastores que dispersam o rebanho, deixam morrer de fome e sede, tosam-no exclusivamente para obter lucro.

VIII – Os pedófilos eclesiásticos esquecem que Deus - e Deus somente -, é o Pastor de seu povo, o único e exclusivo pastor autêntico. Seus fiéis perdem a confiança nesses falsos pastores. Abandonaram sua missão divina: reunir o rebanho, velar por ele, conhecê-lo. Prestar atenção e perscrutar cada um deles.

IX - Para quem quiser discutir mais, consulte:
- Teologia latino-americana de libertação em diálogo com a dos conquistadores
- Bento XVI no Brasil: poder magistrado na cidade
- CNBB: O Poder e o Sagrado na Cidade
- Indignação Ética Contra a Violência do Arcebispo de Olinda e Recife

Veja, Recôncavo, Sertão e UFRB

by Francisco on sexta-feira, 9 de abril de 2010

por Emiliano José



 



O pensamento conservador, à falta de argumentos mais consistentes para criticar empreendimentos que melhoram a vida do povo, busca sempre dizer que aquilo poderia ser muito melhor e já que não é melhor significa que não presta.

É assim que age a revista Veja quando se refere ao extraordinário crescimento do ensino superior que vem ocorrendo sob o governo Lula, que já conseguiu inaugurar 14 novas universidades federais. Como não há como contestar esse crescimento, como não há como comparar o governo Lula com o de Fernando Henrique Cardoso, então se trata de tentar desqualificar o que vem sendo feito. Foi o que fez a revista no exemplar de 7 de abril, numa matéria inconsistente, com um evidente viés ideológico, com um claríssimo objetivo político. É a campanha de Serra em pleno desenvolvimento, sacando-se, para isso, das aparentes armas objetivas do jornalismo.

De modo particular, quero me referir ao ataque sofrido pela Universidade Federal do Recôncavo. Soube que o repórter, ao entrevistar o reitor Paulo Gabriel, chegou a perguntar-lhe se ele achava que se justificava uma universidade no Sertão. É, no sertão. O repórter não sabia distinguir o Recôncavo Baiano, de tantas e magníficas histórias, um dos berços do País, do Sertão Baiano, também palco da construção do Brasil. A pergunta revelou ignorância e preconceito. Quem disse que uma universidade no Sertão não se justificaria? E por que não no Recôncavo? É o pensamento de nossa elite, com os olhos postados exclusivamente no Centro-Sul, que faz com que repórteres raciocinem assim, de modo tão preconceituoso. Criação de universidades no Nordeste não cabe.

Era assim que pensava a oligarquia baiana também. Durante décadas, orgulhava-se de o Estado contar com apenas uma instituição de ensino superior, a Universidade Federal da Bahia. Foi preciso chegarmos ao governo Lula, ao presidente operário, para que começássemos a valorizar efetivamente o ensino público superior e para, no caso da Bahia, superarmos a triste condição de contarmos somente com a UFBA.

O presidente-professor, FHC, não deu a mínima para a educação no País, e estava se lixando para a universidade pública. Disso, a Veja não fala. Insinua que seria muito melhor subsidiar as faculdades particulares do que criar novas universidades públicas, que só envolveria, na opinião de Veja, "altos gastos e baixa produtividade". O pensamento neoliberal ali fez e faz escola. De cima a baixo.

A criação da Universidade Federal do Recôncavo foi fruto de um impressionante movimento da sociedade civil de todos os municípios da região. Assembléias e mais assembléias sacudiram o Recôncavo, e ela se tornou uma realidade em 2005. Conta atualmente com 4.735 alunos na Graduação, 36 alunos no Doutorado, 159 em cursos de Mestrado. São, portanto, quase 5 mil alunos, e mais 435 professores, 552 servidores e 32 cursos até 30 de março de 2010. E a UFRB tem participado ativamente do programa Todos Pela Alfabetização (Topa), do governo da Bahia, formando mais de 2.200 alfabetizadores e coordenadores de turmas.

Uma pergunta inocente: não seria o caso de o repórter se preocupar com esses dados, perguntar sobre eles, ao menos informar os leitores sobre os números, mesmo que os distorcesse, como é da rotina de Veja? Não, mas aí ficaria evidente o benefício que a UFRB traz à população, ao Recôncavo, à Bahia, ao Brasil. E a pauta naturalmente não pedia isso. Seguia a linha Ali Kamel, do teste de hipóteses. Não importa a realidade. Importa o que a pauta pede. Os fatos que se danem.

O repórter não quer saber de estudantes, de professores, de funcionários, do significado de tudo isso para a população e para toda a região. Não quer porque é orientado para não querer. Segue a pauta, tal e qual lhe foi entregue. Tem que provar a hipótese da chefia.

E talvez coubesse outra pergunta inocente: e será que uma instituição universitária como a UFRB surge assim do nada, de repente, se afirma com a rapidez de uma fábrica, como uma linha de montagem? Claro que não. Quem conhece uma instituição acadêmica sabe que ela tem que dar passos, às vezes não tão rápidos, para se consolidar. Para criar uma cultura em torno dela. Mas, para que perguntar isso, refletir sobre isso, se o importante é tentar desqualificar aquilo que o governo Lula está fazendo?
Penso que a UFRB, nesses poucos anos de existência, sob a direção do professor Paulo Gabriel, já conseguiu feitos impensáveis, como os próprios números que adiantamos indicam.

E não são apenas aqueles números. A instituição está presente em Cruz das Almas, onde se localiza a Reitoria, Amargosa, Santo Antonio de Jesus e Cachoeira, municípios que somados totalizam quase 215 mil habitantes.

Chegará proximamente a Santo Amaro da Purificação, por decisão do ministro Fernando Haddad, e depois a Nazaré das Farinhas e Valença, que estavam originalmente no projeto da instituição. O mínimo de sensibilidade indicaria o quanto foi importante para essa região da Bahia a criação da UFRB. Mas, não. À Veja o que interessa é a campanha do Serra, é desqualificar qualquer ação do governo Lula, e não importa que desonestamente, e não importa que contrariando os padrões mais elementares do bom jornalismo.

Certamente, o repórter, seguindo a pauta, não queria saber qual o impacto social, econômico, cultural que uma universidade traz a uma região. Sem exagero, a UFRB está mudando o Recôncavo. Cruz das Almas foi a segunda cidade da Bahia com maior saldo de empregos no primeiro quadrimestre de 2009, perdendo somente para Salvador, e isso seguramente tem a ver com a presença da UFRB. Cachoeira hoje é outra cidade, belíssima, com a impressionante recuperação de prédios históricos decorrente da chegada da UFRB. A região ganhou dinamismo e vitalidade. O comércio foi alavancado, o ramo de materiais de construção cresceu. E universidade representa cultura. E educação. E o resgate do sentimento do Recôncavo, aumento da auto-estima, identidade coletiva que se afirma.

E a alegria da juventude, que não precisa viajar para outros rincões para estudar. E há estudantes de vários cantos do País chegando à UFRB. Mas que interesse tem Veja nisso? Nenhum. Quer apenas fazer campanha, não importa tenha de mentir, escamotear, deixar o jornalismo de lado. Sorte que os estudantes, os professores, os servidores, todo o Recôncavo, o orgulhoso Recôncavo de hoje, sabem da importância da universidade, da UFRB que veio para ficar. Ela é bem maior do que as mentiras e omissões de Veja.



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via Terra Magazine, Blog do Saraiva.


COMENTÁRIO por Francisco Andrade: Escrito por Emiliano José, o texto aborda a importância da Universidade Federal do Recôncavo para o sertão baiano. Ao mesmo tempo, inteligentemente critica a falta de ética da revista Veja. O autor revela sua indignação com a postura da referida revista, em reconhecer o trabalho do Governo do Presidente Lula na criação de novas universidade no Brasil. A Veja, manipulada pelos partidos da oposição, não consegue ver a realidade. Camufla a verdade e fica alienada . É o abuso da liberdade na imprensa. Com a imprensa assim, a Democracia se dilui.

Lula & Dilma – Trabalhar é Sinal de Sucesso Político

by Francisco on quarta-feira, 7 de abril de 2010

por Francisco Antônio de Andrade Filho

foto por Nino Pavisic

 



Dia 31 de março de 2010. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despede de dez ministros que livremente deixam o governo federal para se candidatarem nas eleições desse ano. Auto-realizado e satisfeito com seu trabalho, fala: "Quem quiser me derrotar, vai ter que trabalhar mais do que eu. Quem quiser dormir até as 10h, achar que deve fazer relação com formador de opinião pública, para me derrotar vai ter que pôr o pé no barro, viajar esse país. As pessoas têm que aprender que esse país não aceita mais ser tratado como país de segunda classe".

Na verdade, consta-se que Lula se consagrou, com ética, no poder político. “Esse Cara” é reconhecido pelo seu trabalho na produção da riqueza social no Brasil: desenvolvimento econômico; distribuição de renda e da geração de empregos.

Por sua vez, na mesma cerimônia, a Ministra Dilma Rousseff, com entusiasmo, criatividade e cheia de energia, exalta seu trabalho na Casa Civil. Sentiu-se privilegiada de ter trabalhado com o Lula. Irresistivelmente ela afirma: “Com o senhor nós vencemos. Vencemos a miséria, a pobreza ou parte dela, vencemos a submissão, a estagnação, o pessimismo, o conformismo e a indignidade”.

Nessa postura, Lula e Dilma descobriram o significado do trabalho, souberam a se tratarem como são. Escolheram o melhor para eles. Ao se valorizar, atraíram para si a confiança da soberania popular.

Pelos caminhos da Democracia, eles descobriram que trabalhar é sinal de sucesso político, esse novo olhar para se celebrar o trabalho como expressão de sua humanização. Nesse meditar, Lula & Dilma sentir-se-ão bem aqui em nossa Pátria e neste ato de celebrar a vida.

Na mesma trilha, com novos e ricos traços da inteligência feminina, Dilma encontrará condições - também com sua experiência política de trabalho na Casa Civil -, para conquistar os corações dos homens e das mulheres deste querido País. Com a força da vontade geral do Povo Brasileiro, ela cantará vitória nas eleições deste ano 2010.

Com efeito, o homem compreende o mundo, quando o transforma pelo trabalho, descobrindo outro sentido do curso histórico: o reino da liberdade só será efetivo quando a natureza for humanizada pelo trabalho. Com isso, abre-se o caminho à consciência da liberdade.

Sobre a mesma perspectiva de reflexão, vejam o que já trabalhei sobre o assunto, e constate o conteúdo da fala Lula & Dilma. Aconteceu em Minas Gerais. Mais uma vez, em diálogo com os leitores e eleitores neste ano 2010, vejo que Lula & Dilma descobrem e discutem propostas que constroem confiança e responsabilidade como o maior bem desse governo. Edificam a riqueza social em nosso país. Revelam-se sábios pelas suas habilidades políticas, garantidas pela soberania popular.

Assim como Lula, pelo trabalho, garante sucesso político; assim também a Ministra da Casa Civil, na construção de Minha Casa, Minha Vida; e por extensão, na edificação da Democracia do Meu Brasil, Minha Pátria, é competente, responsável e respeitada entre os homens e as mulheres.

A Mãe do PAC se reveste de virtudes políticas. Ela é também sábia. Sinto que com Dilma Presidenta, o Brasil se transformará se transformou um Estado de Ética Social. E mais ainda, uma expressão da sabedoria divina. Verdade, amigos. O Presidente e sua Ministra foram e serão sempre ovacionados pelo povo e reconhecidos como sábios nas palavras e nas ações.