Semíramis Alencar
Brincar é uma arte. É a arte que a criança desenvolve com sua imaginação. As pessoas se transformam quando criam.
Sabendo que a criança não está preparada para lidar com a frustração, se desanimando rapidamente quando percebem uma dificuldade de aprendizagem, o brinquedo poderá ser de grande valia para a estimulação do processo de aprendizagem, se usado como apoio pedagógico. No entanto, é imprescindível o apoio e a participação ativa de pais e professores que contribuirão para a melhora da criança.
A família deve participar da vida escolar da criança bem como do espaço físico da escola, onde eles se integrarão com professores e outros pais para melhor debater acerca das possibilidades de estímulos para seus filhos. O professor, sempre que observar qualquer dificuldade deverá sempre observar e questionar o comportamento da criança.
Cabe ao professor ainda ter um objetivo definido para estimular a atividade com brinquedos. O brinquedo obriga a criança a pensar, o brincar pedagógico exige atenção e orientação do professor. Quanto mais a criança brincar, mais abrangente será sua aquisição de linguagens e conceitos.
Trabalhar a carência afetiva é importante para o crescimento da criança. Com os brinquedos podemos fazer com que ela apreenda os conhecimentos, de forma socializada e estando feliz, uma vez que ela está fazendo o que mais gosta.
O brincar é uma atividade vital para a criança, é a maneira pela qual ela descobre seu mundo, levanta hipóteses, pensa e reflete sobre ele em consonância com a vida dos semelhantes. Toda criança tem no brinquedo a realidade que ela não pode viver. O brinquedo traduz para a vida real a própria realidade infantil.
Por exemplo, Quando a criança brinca de casinha ela está projetando a vida em família de várias maneiras: como ela vê sua relação com a família; como ela gostaria que fosse sua relação com a família; situações que ela já presenciou; situações que ela criou à partir de leituras ou desenhos animados.
Enfim, seja o que a criança esteja brincando, ela sempre levantará hipóteses, refletirá sobre os comportamentos e as ações dos adultos nos quais ela estará se espelhando para a formação de sua personalidade e seu processo de socialização.
Semíramis Alencar
Para que serve a escola?
Basicamente, a escola serve para:
• Ensinar conteúdos e habilidades necessárias à participação do indivíduo na sociedade;
• Através de seu trabalho específico, a escola deve levar o aluno a compreender a sua própria realidade, situar-se nela, interpretá-la e contribuir para sua transformação.
• A escola é fundamental para a formação da cidadania. Por isso, nenhuma criança pode ficar excluída de seus benefícios.
• Todas as crianças têm o direito a uma sólida formação escolar.Todas têm o direito de sonhar e seguir seus sonhos, realizando seus projetos individuais e coletivos.
• Isto acontece quando pensamos em:
“Criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo de riscos, por isso que se recusa o imobilismo.
A escola que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se advinha.
A escola que apaixonadamente diz “sim” a vida”.
Paulo Freire, educador pernambucano.
Como os processo de ensino-aprendizagem são muitos e variados, cada professor tem uma forma única de demonstrar e aplicá-los, uma vez que possuem uma idéia geral de como se dá o processo de aprendizagem dos alunos e assim como ele deve ensinar. Essas idéias orientam a forma de atuar em sala de aula.
Cada aluno é único e tem seu próprio ritmo de aprendizagem baseado nas suas experiências anteriores e externas à escola. A escola é o lugar de encontro dessas vivências, de alunos e professores e o debate acerca de temas de interesse comum à todos.
Preservar interesses, entender necessidades e tratar cada aluno de forma individualizada são aspectos centrais num ensino bem sucedido. A aprendizagem é o resultado de processos sociais e pessoais.