O Impacto Social Frente às Novas Tecnologias Aplicadas à Educação

by Francisco on sábado, 16 de julho de 2005

Semíramis Alencar


“Aprender é descobrir o que você já sabe; Fazer é demonstrar que você o sabe; Ensinar é mostrar aos outros que eles sabem tanto quanto você”.
Richard Bach – Ilusões. As Aventuras de um Messias Indeciso


Os novos tempos pedem um ensino individualizado, globalizado, mais informações em menos tempo. Todavia, o importante é integrar as diversas visões de mundo com equilíbrio, flexibilidade e organização: adaptando às diferenças individuais e locais, gerando condições de igualdade. A organização estabelece metas, regras, dissolução de conflitos e conciliação de divergências, os tempos e os conteúdos, estabelecendo desta forma, parâmetros fundamentais para a educação.

Pode ser que o ensino à distância, via Internet facilite o processo de ensino-aprendizagem de quem já concluiu o ensino médio: indivíduos preocupados em se especializar, graduar e obter maior conhecimento sobre determinadas áreas de seus interesses. Esta forma de ensino favorece a quem não tem tempo para o estudo convencional por estar garantindo sua sobrevivência trabalhando, favorecendo uma pós-graduação, um mestrado que aumentará suas chances de ascensão profissional.

E quanto às experiências pessoais? O lado humanitário? Como se pode pregar valores como cooperação, resolução de conflitos, respeito às opiniões alheias em prol de uma sociedade mais humana se na estrutura basilar da educação, o professor, condutor do conhecimento e do exemplo a ser seguido quer, simplesmente excluir-se do processo tornando-se apenas um agente “facilitador”, um mero simplificador? Se começar assim, não precisaremos mais de professores, nem de regras (uma vez que as primeiras regras ditadas na vida social, partiram da mão benevolente e enérgica da “tia” do ensino fundamental, na mais tenra infância).

Contudo, é necessário antes, educar o educador. Em primeiro lugar é preciso que ele seja competente na sua especialidade, que conheça a matéria, que esteja atualizado. Em segundo lugar, que saiba se comunicar com seus alunos, motivando-os, explicando o conteúdo, mantendo o grupo atento, entrosado, cooperativo e produtivo. São profissionais natos, verdadeiros educadores.

Os grandes educadores atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula chamam a atenção. Seus posicionamentos, suas atitudes, sua forma de olhar, agir, relacionar-se com todos causa admiração e confiança.

Mas, de qualquer maneira o aluno é o elemento principal desta busca. Muito pouco valerá métodos de ensino, materiais didáticos, modernas mecanografias ou tecnologias arrojadas se o cotidiano do aluno, sua forma de ver o mundo em que está inserido não for respeitada, se não forem levados em conta suas perspectivas de futuro. Todo estudo deverá respeitar os ritmos de aprendizagem do aluno e seu contexto econômico e cultural.

Transformar a sala de aula em campo fértil de investigações do conhecimento é um desafio: desafio dependente não só do interesse e curiosidade dos educandos (que lhes são naturais), mas do desempenho sacerdotal dos educadores, professores e facilitadores do processo educativo e, principalmente do Governo, nas ações de combate às desigualdades sociais.

O que dizer para um aluno de ensino médio das maravilhas da tecnologia, apresentá-lo a um microcomputador na escola com CD Rom’s, vídeos explicativos de diversas disciplinas sobre tudo que o cerca, se em seu retorno ao lar ele se depara com uma realidade de pobreza, abandono, dificuldades financeiras e baixa estima de seus pais e do lugar em que vive?

Se a igualdade social no País não for promovida, qualquer tentativa de educação, por mais utópica, prática ou séria que seja, não sortirá efeito algum, pois a sociedade como um todo não absorverá as inovações propostas, permanecendo a mesma.

As Plantas

by Francisco on quinta-feira, 14 de julho de 2005

Alexandre Severo Medeiro


Estão enraizadas no solo...
Estão enraizadas nos jarros...
Estão enraizadas nas paredes...
Estão enraizadas por toda parte...
Você está enraizada em meu coração...
Você entrou com tudo para sempre...
Você enraizou em cada veia ardentemente...
Enraizou-me em seus pensamentos...
Estou completamente apaixonado...
Sou um lírio...
Uma samambaia...
Uma rosa...
Um cravo...
Sou a planta que produz o seu oxigênio...
Sou o seu oxigênio...
Sou a sua vida...
Sou o seu amor...
Sou uma esperança desiludida da vida...
Sou um pássaro que voa...
Sou o rio que desce...
Sou a noite...
Sou o luar...
Sou o sol...
Sou tudo, apenas para você...

A Empresa Pensante

by Francisco on quarta-feira, 13 de julho de 2005

Semíramis Alencar


Analisemos o termo empresa pensante: é aquela em que o indivíduo é a razão de ser daquela instituição. Nas empresas pensantes, a interação dos membros é estimulada, bem vinda e recompensada, a comunicação direta entre todos os envolvidos e interessados em seu progresso é fundamental.

Desde que nascemos à comunicação é fonte para todo o aprendizado da criança. Não se resolve um problema sem diálogo, a troca de experiências é essencial para a interação entre os funcionários.

As situações de diálogo devem ser constantemente estimuladas, o que é um importante passo para o crescimento de uma empresa.A conversa com os colegas de trabalho contribui para descontrair e compartilhar informações importantes para o desempenho de suas funções profissionais.

Aquilo que fazemos na empresa com os erros é função do pensamento da organização. Podemos optar por punir os erros ou aprender com eles.

Cada empresa tem uma forma de agir quando acontece algum erro na jornada de trabalho. Existem empresas que encaram os erros como fonte de aprendizado, enriquecimento e aperfeiçoamento. Outras condenam o erro sempre como uma falha grave, sem ter aproveitamento algum. Empresas com este conceito sobre o erro desconhecem a teoria de que todo aprendizado provém do erro.

Aprender com os erros é fundamental se estivermos comprometidos com o aprendizado contínuo. O aprendizado resulta da tentativa e erro; podemos descobrir resultados positivos errando.

Devemos refletir e questionar acerca dos erros que cometemos na vida profissional e pessoal. Aprender com a tentativa de buscar o que é certo. O que idealizamos é eliminar nas empresas o medo de errar e assim optar por um caminho de aprendizado contínuo, num ambiente de confiança e respeito entre todos os envolvidos na tarefa de ensinar aprendendo.

Os problemas que possam ocorrer por falta de motivação ou stress, pela

pressão e as cobranças dentro do ambiente de trabalho devem ser analisados e resolvidos dentro da empresa, com atitudes conciliatórias que aliem o dialogo a melhores condições de trabalho.

Estes problemas devem ser constantemente levantados de forma a garantir o bem-estar de seus profissionais e assim o sucesso da empresa.

As empresas exigem estrutura, ordem e regras para funcionar: oposto do ambiente propício à criatividade humana. Caos, flexibilidade e estruturas menos rígidas são básicas para o desenvolvimento de idéias e planos inovadores.

As empresas precisam oscilar entre a ordem e o caos, processo que fomenta o pensamento criativo. A ordem excessiva sufoca a criatividade e o caos excessivo não fornece as estruturas básicas para que suas idéias alcancem um estagio inteligível, logo, palpável.

Na empresa pensante, a criatividade não é delegada a determinada divisão da estrutura corporativa nem designada como uma das funções de determinados níveis da gerência.

A criatividade torna a cultura corporativa alimentada, encorajada e recompensada em todos os níveis, principalmente nos setores ativos da empresa, diretamente em contato com o cliente.

Democratização da Cultura na Escola

by Francisco on sábado, 9 de julho de 2005

Semíramis Alencar


A função da escola é formar indivíduos aptos para escrever, ler e se relacionar com outros indivíduos, à partir da compreensão do léxico. Mais do que isso, a escola forma o cidadão para interagir e transformar o seu meio.

Garantir a democracia é tornar a cultura acessível à todos, fornecendo informações necessárias para melhor compreensão do universo em que vivem. Sem a escola não há base cultural mínima necessária para que o indivíduo acompanhe os progressos da sociedade e progrida intelectualmente.

A democratização da cultura começa na escola. Desde as primeiras séries do Ensino Fundamental, quando incentivamos a criança a pensar sobre o seu cotidiano, sobre os núcleos e filosofias que a cercam até, e principalmente, o Ensino Médio quando o aluno já deverá de ter as bases de conhecimento do mundo para que possa agir em sua transformação,no contato democrático com seus semelhantes.

No entanto, a escola deverá estar consciente de que a educação é mais do que o repasse sistemático de informações e conceitos. A escola é onde acontece o preparatório para a vida em sociedade e a formação do ser humano com bases na ética e no conhecimento sócio-histórico de seu país.

Como desenvolver a democracia cultural dentro da escola? à partir das vivências dos próprios alunos, vindas de sua própria comunidade, através de questionamentos sobre suas principais necessidades à níveis municipais, estaduais ou nacionais na medida em que o alunado vai transcendendo os níveis escolares.

A criança tem um interesse natural por sua cultura. Ela manifesta isso à cada momento: ao pedir para uma estória ser contada, ao perguntar pelo passado de seus pais ou avós e para saber suas raízes. A cultura começa a ser democratizada à partir do momento em que a criança divide estas experiências com outras.

Quando adolescente, seu interesse em compreender as tradições e as transformações de sua cidade são de suma importância para a preservação de sua tradição regional e para a fruição das discussões acerca dos problemas sociais daquela comunidade em sentido mais amplo, traçar um paralelo com os problemas sociais do país.

Favorecendo a compreensão da realidade do educando e o incentivando à participação nas questões sociais é que se torna possível a democratização da cultura, possibilitando uma visão ampla e consistente da realidade brasileira e sua inserção no mundo, aliado ao desenvolvimento de um trabalho educativo que possibilite uma participação ativa dos alunos.